quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Série Parábolas de PRONTIDÃO - Bodes e ovelhas




Prontidão para a volta de Jesus:
        Mt 24.45-50 – Dos servos
        Mt 25.1-13 – As 10 virgens 
        Mt 25.14- 30 – Dos talentos
        Mt 25. 31-46 – Bodes e ovelhas

Parábola dos bodes e das ovelhas

  Nesta parábola vamos entender que não apenas ficarão de fora aqueles que fizerem o que é errado, mas que, aqueles que deixarem de fazer o certo também ficarão de fora, uma lição que já aprendemos na Parábola dos Talentos.
  “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17).”
  Vamos começar esse estudo com uma pergunta? Em sua opinião quais são os piores pecados?
  Geralmente temos uma lista de pecados e classificamos em níveis onde uns são piores do que outros. Pecados como adultério, fornicação, sodomia, como qualquer outro tipo de pecado sexual estão sempre encabeçando essa lista, mas ainda temos pecados como vícios que destroem o nosso corpo, roubo, tráfico e até mesmo homicídio que assumem os primeiros lugares dessa lista em nossa mente, porém nesta parábola de prontidão vamos observar que Jesus está nos chamando a atenção para um pecado que podemos cometer não por escolhermos, mas que cometemos por conta do nosso coração caído que ainda não foi transformado.
  O texto diz que “Deus reunirá todas as nações diante dele, e ele separará uma das outras como o pastor separa os bodes das ovelhas. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda (Mt 25.32,33).”  
  Quais seriam as características de um bode? Fedorento, inconsequente, desobediente, brigão... O que mais? Você colocaria o egoísmo como uma característica do bode?
   Pois é exatamente nisso que Jesus enfatiza a diferença entre os bodes e as ovelhas e ao ler o texto veremos que os bodes não dão assistência aos necessitados de forma espontânea, ou seja, é natural não servir aos outros em suas necessidades.
  Outro dia eu ouvi um pastor dizendo algo que me deixou muito chocado, pois em seu ensino dizia que “as ações sociais de algumas igrejas ao atender algumas carências dos mais pobres é uma herança do socialismo marxista, que a igreja não tem obrigação de fazer ação social, mas têm apenas a obrigação de pregar o Evangelho”. Porém eu vejo que toda ação social onde se busca atender os necessitados provém do próprio Cristo, Ele não salvou almas, ele salvou vidas, a alma é o centro das emoções e Cristo não tratou apenas das emoções dos pecadores, Cristo curou enfermidades físicas, psicológicas e emocionais, alimentou quem tinha fome, restaurou famílias, os maiores serviços de ações sociais são encontrados nos Evangelhos de Jesus Cristo, depois copiado por sua igreja, não temos como referência filósofos ou políticos, mas o Mestre do amor.
  Algumas necessidades básicas do ser humano foram colocadas nessa parábola por Jesus, o que precisamos dar ou receber de alguém quando temos falta. Aqui Jesus fala às ovelhas:
  Comida – “Quando tive fome, vocês me deram de comer”.
  Bebida – “Quando tive sede, vocês me deram de beber”.
  Hospitalidade – “Fui estrangeiro, e vocês me acolheram”.
  Roupas – “Necessitei de roupas, vocês me vestiram”.
  Cuidado – “Estive enformo, vocês cuidaram de mim”.
  Presença constante e perseverante – “Estive preso, e vocês me visitaram”.

  Temos muitos movimentos governamentais e não governamentais engajados com algumas destas ações, porém o que vamos deixar claro com esse estudo é que não precisamos fazer parte de nenhum deles para nos sentirmos responsabilizados em praticar boas obras aos necessitados, não que não possamos fazer parte de algum movimento ou projeto social, mas digo que antes de fazermos parte de qualquer movimento é nossa natureza de ovelha que nos levará a prática das boas obras, a salvação que recebemos leva-nos às boas obras (Ef 2.10), não como algo automatizado ou forçado pela religião, pois até os ímpios e os pagãos fazem ações sociais motivados por alguma coisa, nós porém fazemos aquilo que provém do coração de um cristão que tem o mesmo sentimento que Cristo (Fl 2.5) e que ama como Ele amou (Jo 13.34).
  Isso fica tão claro que, quando Jesus os chama (as ovelhas) e diz que passou por essas necessidades, eles o atenderam e cuidaram, mas eles não sabiam que tinham feito, não tinham um caderno de registro de suas boas obras, ou fotos, não ficavam divulgando como se fosse grande coisa, pois tais atitudes eram parte da vida normal dessas ovelhas. Aqui temos uma grande lição, principalmente para nossos dias onde tudo se posta nas redes sociais, as ovelhas não buscam reconhecimento, não fazem para serem reconhecidas, elas fazem porque essa é a natureza delas e nós que somos salvos também, é natural que façamos boas obras, o que é inconcebível é um cristão que não estende a mão ao necessitado, ou que só faz quando isso será divulgado, reconhecido ou premiado de alguma maneira.
  Diferente das ovelhas, Jesus apresenta aqueles que são bodes as mesmas necessidades, porém estes não atenderam suas necessidades, não deixaram de fazer porque não puderam, eles não fizeram por conta de seus corações egoístas, pois Jesus não vai cobrar algo que nunca fomos capazes de dar ou fazer, no caso dos bodes, foram ocasiões que deixaram claro o que estava por baixo de suas vidas religiosas, o egoísmo, ele é uma das piores marcas do coração caído de um pecador, por isso o princípio para seguirmos Jesus é negarmos a nós mesmos e nisso começaremos a testemunhar ao mundo um coração restaurado.

  “Mas Senhor quando tiveste fome e te demos de comer? Ou, Quando tiveste fome e não te demos de comer?”

   O que é legal nesta parábola, é o fato de que fazendo para as pessoas fazemos a Cristo, então não podemos oferecer o pior de nós ou nada de nós, mas sempre o nosso melhor. Já reparou que sempre foi muito comum ter mendigos em portas de igrejas pedindo esmola e em portas de banco, por que será? Assim como é muito difícil alguém convencer que está entrando em um banco, mas que não tem dinheiro é muito difícil alguém entrar na porta de uma igreja e virar o rosto para um necessitado, é incoerente.
  Lembra da parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37)? Sempre quando penso nesta parábola, penso no local onde o homem estava caído, e questiono a mim mesmo: “Será que o sacerdote e o levita que ensinavam sobre amor no templo deixariam um homem caído, quase morto no chão, quando poderiam ajudar?”. Será que passariam de largo se a comunidade de fé deles os estivessem olhando?
  A verdade é que, as pessoas que necessitam de ajuda buscam lugares estratégicos para que possam receber ajuda, pois se não formos forçados por alguma coisa a praticar o bem talvez não o façamos quando não somos vistos ou se não vamos ganhar algo com aquela ação. Jesus está nos deixando claro com essa parábola que quem é ovelha faz, quem é bode, não adianta, não faz e quem faz, faz a Cristo e quem não faz, deixa de fazer para Ele.
  Na parábola aprendemos que uma necessidade básica que podemos ter ou podemos oferecer a quem precisa é a hospitalidade e na Carta aos Hebreus temos um conselho importantíssimo:

  “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos (Hb 13.2).”

  Assim como na parábola quem fez a Cristo, o fez sem saber, quem não o fez, também não o fez sem saber, neste versículo aos Hebreus aprendemos que estamos sempre correndo o risco de fazer um bem a nós mesmos quando nos privamos de oferecer o bem a quem precisa.
  Existe muita maldade no mundo, creio que você concorda comigo e Jesus não fundou mais uma religião para provar ser melhor que as outras, a verdade é que Jesus nos trouxe o Reino de Deus e amar ao próximo além das palavras é a cultura do Reino, quando uma pessoa no mundo se diz ser neutra, como o homem que escondeu o talento da parábola anterior que estudamos, ele não perdeu o talento, mas também não multiplicou, ou seja, ele não fez o mal, mas também não fez o que era bom, e por não fazer o que seu senhor esperava que, ele foi chamado de servo mau, não fazer nada é somar no número dos bodes, dos maus e a esses está reservado o castigo eterno (Mt 25.46)
  Creio que com essas palavras em toda essa série de mensagens sobre nossa prontidão quanto a volta de Jesus você será levado a buscar mais para que esta fé esteja queimando em seu coração, para que seu serviço como cristão seja excelente e sobre tudo, para que seu amor por Deus e pelo próximo seja crescente de forma que o resultado de tudo isso se reverterá em vidas salvas.
  Obrigado por chegar até aqui, se puder, deixe um comentário dizendo o que achou, compartilhe com um amigo.
  Deus te abençoe!  
Acompanhe as outras mensagens dessa série:

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