quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Série Parábolas de PRONTIDÃO - Bodes e ovelhas




Prontidão para a volta de Jesus:
        Mt 24.45-50 – Dos servos
        Mt 25.1-13 – As 10 virgens 
        Mt 25.14- 30 – Dos talentos
        Mt 25. 31-46 – Bodes e ovelhas

Parábola dos bodes e das ovelhas

  Nesta parábola vamos entender que não apenas ficarão de fora aqueles que fizerem o que é errado, mas que, aqueles que deixarem de fazer o certo também ficarão de fora, uma lição que já aprendemos na Parábola dos Talentos.
  “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17).”
  Vamos começar esse estudo com uma pergunta? Em sua opinião quais são os piores pecados?
  Geralmente temos uma lista de pecados e classificamos em níveis onde uns são piores do que outros. Pecados como adultério, fornicação, sodomia, como qualquer outro tipo de pecado sexual estão sempre encabeçando essa lista, mas ainda temos pecados como vícios que destroem o nosso corpo, roubo, tráfico e até mesmo homicídio que assumem os primeiros lugares dessa lista em nossa mente, porém nesta parábola de prontidão vamos observar que Jesus está nos chamando a atenção para um pecado que podemos cometer não por escolhermos, mas que cometemos por conta do nosso coração caído que ainda não foi transformado.
  O texto diz que “Deus reunirá todas as nações diante dele, e ele separará uma das outras como o pastor separa os bodes das ovelhas. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda (Mt 25.32,33).”  
  Quais seriam as características de um bode? Fedorento, inconsequente, desobediente, brigão... O que mais? Você colocaria o egoísmo como uma característica do bode?
   Pois é exatamente nisso que Jesus enfatiza a diferença entre os bodes e as ovelhas e ao ler o texto veremos que os bodes não dão assistência aos necessitados de forma espontânea, ou seja, é natural não servir aos outros em suas necessidades.
  Outro dia eu ouvi um pastor dizendo algo que me deixou muito chocado, pois em seu ensino dizia que “as ações sociais de algumas igrejas ao atender algumas carências dos mais pobres é uma herança do socialismo marxista, que a igreja não tem obrigação de fazer ação social, mas têm apenas a obrigação de pregar o Evangelho”. Porém eu vejo que toda ação social onde se busca atender os necessitados provém do próprio Cristo, Ele não salvou almas, ele salvou vidas, a alma é o centro das emoções e Cristo não tratou apenas das emoções dos pecadores, Cristo curou enfermidades físicas, psicológicas e emocionais, alimentou quem tinha fome, restaurou famílias, os maiores serviços de ações sociais são encontrados nos Evangelhos de Jesus Cristo, depois copiado por sua igreja, não temos como referência filósofos ou políticos, mas o Mestre do amor.
  Algumas necessidades básicas do ser humano foram colocadas nessa parábola por Jesus, o que precisamos dar ou receber de alguém quando temos falta. Aqui Jesus fala às ovelhas:
  Comida – “Quando tive fome, vocês me deram de comer”.
  Bebida – “Quando tive sede, vocês me deram de beber”.
  Hospitalidade – “Fui estrangeiro, e vocês me acolheram”.
  Roupas – “Necessitei de roupas, vocês me vestiram”.
  Cuidado – “Estive enformo, vocês cuidaram de mim”.
  Presença constante e perseverante – “Estive preso, e vocês me visitaram”.

  Temos muitos movimentos governamentais e não governamentais engajados com algumas destas ações, porém o que vamos deixar claro com esse estudo é que não precisamos fazer parte de nenhum deles para nos sentirmos responsabilizados em praticar boas obras aos necessitados, não que não possamos fazer parte de algum movimento ou projeto social, mas digo que antes de fazermos parte de qualquer movimento é nossa natureza de ovelha que nos levará a prática das boas obras, a salvação que recebemos leva-nos às boas obras (Ef 2.10), não como algo automatizado ou forçado pela religião, pois até os ímpios e os pagãos fazem ações sociais motivados por alguma coisa, nós porém fazemos aquilo que provém do coração de um cristão que tem o mesmo sentimento que Cristo (Fl 2.5) e que ama como Ele amou (Jo 13.34).
  Isso fica tão claro que, quando Jesus os chama (as ovelhas) e diz que passou por essas necessidades, eles o atenderam e cuidaram, mas eles não sabiam que tinham feito, não tinham um caderno de registro de suas boas obras, ou fotos, não ficavam divulgando como se fosse grande coisa, pois tais atitudes eram parte da vida normal dessas ovelhas. Aqui temos uma grande lição, principalmente para nossos dias onde tudo se posta nas redes sociais, as ovelhas não buscam reconhecimento, não fazem para serem reconhecidas, elas fazem porque essa é a natureza delas e nós que somos salvos também, é natural que façamos boas obras, o que é inconcebível é um cristão que não estende a mão ao necessitado, ou que só faz quando isso será divulgado, reconhecido ou premiado de alguma maneira.
  Diferente das ovelhas, Jesus apresenta aqueles que são bodes as mesmas necessidades, porém estes não atenderam suas necessidades, não deixaram de fazer porque não puderam, eles não fizeram por conta de seus corações egoístas, pois Jesus não vai cobrar algo que nunca fomos capazes de dar ou fazer, no caso dos bodes, foram ocasiões que deixaram claro o que estava por baixo de suas vidas religiosas, o egoísmo, ele é uma das piores marcas do coração caído de um pecador, por isso o princípio para seguirmos Jesus é negarmos a nós mesmos e nisso começaremos a testemunhar ao mundo um coração restaurado.

  “Mas Senhor quando tiveste fome e te demos de comer? Ou, Quando tiveste fome e não te demos de comer?”

   O que é legal nesta parábola, é o fato de que fazendo para as pessoas fazemos a Cristo, então não podemos oferecer o pior de nós ou nada de nós, mas sempre o nosso melhor. Já reparou que sempre foi muito comum ter mendigos em portas de igrejas pedindo esmola e em portas de banco, por que será? Assim como é muito difícil alguém convencer que está entrando em um banco, mas que não tem dinheiro é muito difícil alguém entrar na porta de uma igreja e virar o rosto para um necessitado, é incoerente.
  Lembra da parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37)? Sempre quando penso nesta parábola, penso no local onde o homem estava caído, e questiono a mim mesmo: “Será que o sacerdote e o levita que ensinavam sobre amor no templo deixariam um homem caído, quase morto no chão, quando poderiam ajudar?”. Será que passariam de largo se a comunidade de fé deles os estivessem olhando?
  A verdade é que, as pessoas que necessitam de ajuda buscam lugares estratégicos para que possam receber ajuda, pois se não formos forçados por alguma coisa a praticar o bem talvez não o façamos quando não somos vistos ou se não vamos ganhar algo com aquela ação. Jesus está nos deixando claro com essa parábola que quem é ovelha faz, quem é bode, não adianta, não faz e quem faz, faz a Cristo e quem não faz, deixa de fazer para Ele.
  Na parábola aprendemos que uma necessidade básica que podemos ter ou podemos oferecer a quem precisa é a hospitalidade e na Carta aos Hebreus temos um conselho importantíssimo:

  “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos (Hb 13.2).”

  Assim como na parábola quem fez a Cristo, o fez sem saber, quem não o fez, também não o fez sem saber, neste versículo aos Hebreus aprendemos que estamos sempre correndo o risco de fazer um bem a nós mesmos quando nos privamos de oferecer o bem a quem precisa.
  Existe muita maldade no mundo, creio que você concorda comigo e Jesus não fundou mais uma religião para provar ser melhor que as outras, a verdade é que Jesus nos trouxe o Reino de Deus e amar ao próximo além das palavras é a cultura do Reino, quando uma pessoa no mundo se diz ser neutra, como o homem que escondeu o talento da parábola anterior que estudamos, ele não perdeu o talento, mas também não multiplicou, ou seja, ele não fez o mal, mas também não fez o que era bom, e por não fazer o que seu senhor esperava que, ele foi chamado de servo mau, não fazer nada é somar no número dos bodes, dos maus e a esses está reservado o castigo eterno (Mt 25.46)
  Creio que com essas palavras em toda essa série de mensagens sobre nossa prontidão quanto a volta de Jesus você será levado a buscar mais para que esta fé esteja queimando em seu coração, para que seu serviço como cristão seja excelente e sobre tudo, para que seu amor por Deus e pelo próximo seja crescente de forma que o resultado de tudo isso se reverterá em vidas salvas.
  Obrigado por chegar até aqui, se puder, deixe um comentário dizendo o que achou, compartilhe com um amigo.
  Deus te abençoe!  
Acompanhe as outras mensagens dessa série:

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Série Parábolas de PRONTIDÃO - Talentos



Prontidão para a volta de Jesus:
        Mt 24.45-50 – Dos servos
        Mt 25.1-13 – As 10 virgens 
        Mt 25.14- 30 – Dos talentos
        Mt 25. 31-46 – Bodes e ovelhas

Parábola dos talentos
  Nesta parábola falaremos mais uma vez a toda a igreja, mas de forma específica, falaremos sobre o que faremos com a salvação que nos foi oferecida por Cristo, pois todos aqueles que se tornam servos de Jesus são também capacitados por Ele com seus “Talentos”.
  Vamos primeiro entender o que é talento, talento não é como na maioria das vezes entendemos de maneira literal na nossa língua portuguesa, talento aqui nessa parábola se trata de um valor que era medido em peso, onde 1 talento equivalia a aproximadamente 35 kg de prata, ou 6000 denários, e 1 denário equivalia à 1 dia de trabalho de um servo na época de Jesus, ou seja, um servo para conseguir arrecadar 1 talento em sua conta bancária precisaria trabalhar mais de 16 anos e sem gastar nada. É importante entendermos o valor de 1 talento para não parecer que há injustiça na hora em que o Senhor reparte os talentos e até mesmo para evitar de termos pena daquele que recebeu 1 talento achando que recebeu pouco.
  Precisamos considerar que todos receberam a mesma coisa, mas para entender isso precisaremos ilustrar. Se eu tenho um copo com capacidade de 500ml, um copo de 300ml e outro de 200ml e enche-los até seus limites, a todos estarei dando a capacidade máxima, e foi isso que o Senhor fez, deu os talentos de acordo com a capacidade de cada um.
  É importante ressaltarmos que Deus não se engana e que todos nós temos alguma capacidade, visto que somos criação de Deus, feitos à sua imagem de acordo com a sua semelhança, antes desconfigurados pelo pecado, mas agora restaurados através de Cristo. A parábola começa com Deus dando talentos a cada um de seus servos conforme a capacidade ou utilidade que viu em cada um, mas no fim ao que escondeu na terra o talento, Deus o chama de servo inútil, Deus não tem servos inúteis, mas podemos decidir assumir esse perfil neutro e infrutífero.

  A Bíblia NVI nos traz um detalhe muito interessante, aqueles que receberam 5 e 2 saíram imediatamente para trabalharem na administração dos talentos e dobraram os talentos que tinham, isso fala de prontidão e comprometimento com aquilo que lhes foi confiado e conseguiram provar que o seu Senhor não estava errado ao confiar a eles seus bens.
  Já o que recebera 1 talento e escondeu, fica uma pergunta no ar:
  O que ele fez em todo esse tempo até que seu Senhor voltasse?
  A resposta é fácil, ele continuou vivendo, mas não ocupado com os bens que o seu Senhor lhe confiou, ou seja, ele viveu sua vida, fez suas coisas, só não fez o que Deus esperava que ele fizesse. Isso nos ensina sobre a administração do nosso tempo, dos nossos dons, sejam eles naturais ou sobrenaturais, qual o nível de envolvimento que eu estou tendo com as coisas do Reino de Deus e qual o nível de envolvimento que tenho com as coisas da minha própria vida, mais uma vez, só será possível viver o que os dois primeiros servos viveram se estivermos dispostos a negar a nós mesmos e nos dedicarmos com a mentalidade de que servir ao nosso Senhor éa principal missãoda nossa vida.
  As qualidades que o Senhor destaca nos servos que multiplicaram os talentos foram as mesmas, servo bom e fiel, essas qualidades estão ao alcance de todos, eles também receberam a mesma palavra, “Fostes fiel sobre o pouco, sobre o muito te colocarei, venha e participa da alegria do seu Senhor”. É importante lembrarmos a conta que fizemos no início dessa parábola, que 1 talento não é pouca coisa, não na realidade daquele servo, onde 1 talento custaria mais de 16 anos de trabalho, mas aqui o Senhor diz ser pouco, pois está comparando aos demais, podemos cometer esse erro, nos deixarmos convencer de que estamos fazendo muito, mas haverá um dia que outros servos assumiram responsabilidades muito maiores do que as nossas, mas que mesmo assim permaneceram fiéis.
  Outra coisa muito importante para observarmos é que, o que recebera 5, como o que recebera 2, ao dobrarem os seus talentos, um ficou com menos do que o outro no valor total, mas a recompensa foi a mesma no final. Uma das grandes vilãs da caminhada no ministério é a comparação, onde o meu esforço não é trabalhar focado no que o Senhor me confiou e crescer de acordo com isso, é olhar para alguém que está crescendo e desenvolvendo algo aparentemente maior do que eu e buscar isso como “sucesso no ministério”, não estou falando de buscarmos inspiração no outro, mas uma busca pela superação do outro movidos por inveja e vaidade.
  Isso é uma grande ilusão e um mal com o advento da internet e redes sociais, onde muitos ministérios buscam fazer eventos a altura dos que estão sendo apresentados, claro que não estou sendo radical e repito, podemos nos inspirar no que o outro faz para também apresentarmos o nosso melhor, mas entendendo que o fato de eu não conseguir crescer como o que tem mais talentos não significa que não estou sendo excelente naquilo que faço para Deus, preciso ter um coração bem resolvido quanto a isso, pois essa “vilã” chamada comparação pode me levar a sujar o meu coração com a inveja. Perceba que apesar da diferença do resultado final dos dois primeiros servos, ambos receberam a mesma recompensa.
  O servo que escondeu, fez isso porque disse que conhecia o Senhor e que isso o fez agir dessa forma. Quero aqui ressaltar um grande perigo em nossos dias, pois conhecer a Deus de forma equivocada pode nos levar a atitudes muito semelhantes, pois da forma que este servo disse conhecer ao seu senhor o fez agir completamente ao contrário do que o senhor esperava.
  O servo disse ter medo do senhor, o conhecimento que temos de Deus não nos faz ter medo, mas temor, no sentido de respeito pela sua santidade e retidão. Ele entregou exatamente o que recebeu do Senhor, aqui há outro ponto que devemos considerar, pois Deus espera que nossa vida seja transformada dia após dia, que possamos crescer e avançar no Reino.
  O que você fazia quando começou sua caminhada cristã? Como você se envolvia com as coisas de Deus no início? E hoje como está sua vida comparada ao início?
  Deus espera que nós venhamos a dar frutos ao longo do tempo que vivemos até sua volta, não dar frutos nos caracteriza como servos maus, negligentes e inúteis.
  Jesus deixa isso muito claro quando diz ser a videira e nós as varas, que nós estando n'Ele é certo que daremos muito fruto e que sem Ele nada podemos fazer, disse mais, "que o Pai é glorificado nisso, em nós darmos muito fruto (Jo 15.1-8).
  Precisamos entender o que quer dizer dar frutos ou multiplicar talentos, isso nada a ver tem com o quanto vamos pregar, cantar ou algo desse tipo, mas isso fala do resultado da nossa salvação, o quanto iremos multiplicar isso que foi dado a nós, sim, quantas pessoas vão ser salvas através do nosso trabalho e ganhar vidas para o Senhor nem sempre se resume ao que prega, pois para que um pregador chegue ao púlpito, muito já foi feito por pessoas que não aparecem, mas que contribuíram de alguma forma, trabalhando com as mãos, orando, contribuindo financeiramente. 
  Essa parábola têm de nos dar uma noção precisa do quanto que, não fazer nada é fazer algo com resultados tão negativos quanto se fôssemos pessoas más, dadas a fazer maldade. Deus nos salvou para que façamos boas obras, isso está claro nesta parábola, está claro nas palavras de Thiago (Tg 4.17), está claro na Parábola do Bom Samaritano e está claro na próxima Parábola de Prontidão que trataremos que fala sobre os bodes e as ovelhas, não deixe de ler.
  Seja um servo bom e fiel, útil para a obra que o Senhor te chama. 
  Acompanhe também as outras mensagens da série:
https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao.html


https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao-as-dez.html



Série Parábolas de PRONTIDÃO - As dez virgens



Prontidão para a volta de Jesus:
        Mt 24.45-50 – Dos servos
        Mt 25.1-13 – As dez virgens 
        Mt 25.14- 30 – Dos talentos
        Mt 25. 31-46 – Bodes e ovelhas

A Parábola das dez virgens
  Nesta parte das parábolas de prontidão iremos falar de um detalhe extremamente importante ao observarmos considerando o contexto do número de desigrejados no Brasil, nela FALAREMOS A TODA A IGREJA.
Antes disso é importante ressaltarmos as semelhanças que há entre as dez virgens.
·        Todas eram virgens.
·        Todas tinham candeias / lâmpadas.
·        Todas saíram para encontrar o noivo, pois todas tinham ciência de que ele viria.
·        Todas tosquenejaram e adormeceram.
·        Todas ouviram o clamor que dizia “Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro!”
Agora vamos considerar as diferenças entre elas:
·        5 eram loucas e 5 sábias / prudentes.
·        5 levaram azeite reserva em vasilhas e 5 só levaram o azeite da própria lamparina.
·        As lamparinas das 5 prudentes permaneceram acesas, as 5 das loucas apesar de acesas, estavam se apagando.
·        As prudentes entraram pelas portas com o esposo, as loucas ficaram de fora.
  É muito importante observarmos que em toda a parábola Jesus não faz menção da noiva, pois ele usa a figura das virgens, que geralmente eram amigas da noiva que ficavam a espera do noivo no dia do casamento no meio do caminho, ele seguia o restante do caminho acompanhado com as virgens até o encontro com a noiva. Nós temos outros textos onde a figura que é usada para representar a igreja é uma noiva, uma mulher amada, mas aqui é usada a figura das virgens.
  O que mais me chama a atenção nesta parábola dentre tantas coisas que poderíamos falar, é que, as loucas eram loucas desde o início e as prudentes eram prudentes desde o início também, ou seja, ninguém mudou no meio do tempo em que esperavam, a forma que iniciaram a espera já estava revelando como seria o final de cada virgem.
  Por isso eu disse que esta parábola revela muito sobre a nossa situação no Brasil com relação aos desigrejados, pois existe um grande problema na forma como as pessoas ingressam sua carreira cristã hoje na nossa nação, muitos não estão tomando a decisão com a conscientização necessária de que antes de seguirmos a Jesus precisamos fazer as contas do preço que precisaremos pagar para continuar a obra até o fim, e que ao nos tornarmos parte da igreja, estaremos automaticamente entrando em uma guerra e que pra isso precisaremos sentar e pensar se estamos dispostos a lutar contra o reino do mal que será nosso adversário. Jesus fala sobre isso com muita clareza em Lc 14.25-34.
  Alguns acabam não aceitando nossa expressão ao dizermos que temos um preço a pagar, pois afirmam que Jesus pagou todo o preço, concordo que Jesus pagou o preço que nós não tínhamos condições de pagar, o preço da nossa salvação, porém é evidente o preço que cada cristão tem pagado ao longo da história para desenvolver a salvação que os foi dada pela graça de Jesus, muitos pagaram e pagam com a própria vida até hoje e das formas mais dolorosas que possamos imaginar.
  A deficiência que quero apontar aqui é a falta de fundamentação dos cristãos que ingressam a fé, irmãos que ao longo da jornada não terão combustível suficiente para permanecer no propósito, precisamos entender que isso geralmente não acontece no meio da caminhada, mas no início, ao começarem sem uma fundamentação sólida no conhecimento do Evangelho. O que quero dizer é que, por mais que comecemos nossa caminhada com fogo, com gás, mas sem buscar reservas para resistir a “demora”, independente do quanto tempo seja ela, certamente pereceremos no meio do caminho.
  Eu particularmente não sei quanto de combustível eu precisaria para ir de carro do Rio de Janeiro até São Paulo, mas tenho certeza que algumas pessoas que fazem essas viagens já tenham essa noção, então vamos exemplificar:
  Exemplo (as informações não são precisas, são apenas ilustrativas):
  “Um amigo me disse que com 1 tanque de combustível eu chego de carro em São Paulo, mas que é bom levar dinheiro para colocar mais um pouco, pois pode ser que precise abastecer novamente no caminho, mas eu vou por apenas um tanque e acreditar que conseguirei chegar lá e também não me preocuparei em levar dinheiro reserva para colocar combustível. Perceba que é uma decisão minha”.
  Você iria comigo para São Paulo nessas condições? Ou você consideraria isso uma loucura?.
  Muitos sem perceber estão cometendo loucuras ao começarem sua caminhada cristã sem reservas para suportarem e esperarem quanto tempo for necessário, mas permanecerem acesos com a mesma fé e esperança. Na parábola das virgens o conselho para que façamos parte do grupo dos sábios é que desde o início tenhamos o cuidado em ter reservas.
  Vale reparar que o problema das loucas não era o fato de elas estarem apagadas, pois ainda estavam acesas, mas apagando. Esse é um problema que precisa nos deixar atentos em nossa vida espiritual, pois ainda que estejamos acesos, ou seja, ativos de alguma forma na obra do Senhor, a chama em nosso coração pode estar apagando. Precisamos manter essa chama em constante ardor assim como era mantido o candelabro no Tabernáculo. Meu pastor Natanael sempre fala uma coisa muito interessante nesse sentido, ele fala que o ventilador, mesmo após ser desligado permanece girando por algum tempo, mas o fato de estar girando não significa estar ligado, na verdade ele está parando.
 Todas tosquenejaram e dormiram, Jesus disse que foi um processo, pois poderia dizer simplesmente que dormiram, mas tosquenejar é o mesmo que dizer que houve uma luta contra o sono que pesava nos olhos, como bocejos e cochilos. Eu costumo dizer que existe algo tão pesado que os homens mais fortes da terra não podem suportar, o peso dos olhos daqueles que estão com sono, não importa quão musculoso sejamos, quando o sono chega, não suportamos.
  Há uma outra passagem bíblica onde vemos essa grande luta, o momento em que Jesus está orando em forte angústia por sentir a aproximação do momento em que seria entregue nas mãos dos homens que o iriam crucificar, Jesus chamou os três discípulos mais íntimos e mesmo sendo eles os mais íntimos não conseguiram vencer o sono, creio que eles viveram essa luta, primeiro tosquenejaram e depois dormiram, é quando a carne vence o nosso desejo de espírito de ficar ligado, mas assim como as virgens os discípulos ouviram o clamor, no Getsemani “Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai (Mt 26.46)”, na parábola das virgens “Aí vem o esposo saí-lhe ao encontro (Mt 25.6).
  Esta parábola também nos ensina algo muito importante, que a salvação é individual, pois por mais que essas virgens estiveram juntas em todo o tempo de espera, por fim ninguém podia compartilhar do seu próprio azeite. É muito triste saber que essa é uma realidade na igreja e que tem muito a ver também com a forma que ingressamos na caminhada, sempre existirão pessoas que se colocam em uma situação de dependência de outras, mas que no final essa forma de espiritualidade pode ser trágica.
  Não podemos deixar de considerar a importância do discipulado, onde estamos cuidando de “recém-nascidos na fé”, que são pessoas que vão precisar de acolhimento e acompanhamento, mas como no processo normal de desenvolvimento da vida, cada um em dado momento vai caminhar com suas próprias pernas e este é o chamado de Deus para nós, hoje somos cuidados para amanhã cuidar de vidas, existem pessoas que já deveriam estar cuidando de outras, mas se mantém em total dependência espiritual de outras.
  Eu entendo que todas essas parábolas que estudaremos ao longo dessa série fala diretamente para crentes e não para ímpios, pois o mesmo Jesus disse que “Todo aquele que crer e for batizado será salvo, mas quem não crer já está condenado (Mt 16.16) e no caso dessas parábolas é perceptível que todos tem consciência da volta de Jesus e o esperam, mas que, alguns se esforçam para entrar pelas portas, outros vivem como se essa porta não fosse real, como se Jesus não fosse voltar. Não se dê por satisfeito pelo fato de estar fazendo parte de uma comunidade cristã, ter conhecimento da volta de Jesus, fazer parte do ministério, essa parábola também nos deixa claro o sofrimento e a decepção daqueles que não poderão entrar, uma sensação reservada para todos aqueles que vivem em nossos dias inconsequentemente sua vida cristã. 
  “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia e nem a hora (Mt 25.13).”

  Acompanhe também as outras mensagens da série:
https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao.html


https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao-talentos.html



Série Parábolas de PRONTIDÃO - Dos servos



Prontidão para a volta de Jesus:
·        Mt 24.45-50 – Dos servos
·        Mt 25.1-13 – As 10 virgens  
·        Mt 25.14- 30 – Dos talentos
·        Mt 25. 31-46 – Bodes e ovelhas

A parábola dos servos
  Nesta sessão vamos observar que o senhor trata especificamente de um grupo específico que compõe o seu povo, AQUELES QUE ASSUMIRAM RESPONSABILIDADES NO SERVIÇO DA SUA CASAOBREIROS.
  O Senhor começa falando sobre o servo fiel, e por que é fiel?
Com toda certeza esse servo foi experimentado e visto como fiel e apto para assumir responsabilidade na casa do seu senhor. É assim que assumimos lugar no ministério, não começamos a ser ativos e relevantes após sermos colocados em funções, acontece que antes de sermos postos nestas posições já somos comprometidos com excelência  ao serviço da casa do Senhor e somos observados.
  Servo fiel:
·        Encarregado de alimentar os outros servos.
Esta é a maior missão de um obreiro, sempre dedicado a alimentar e fortalecer os demais servos da casa de Deus, seu coração precisa estar voltado para isso.
·        Comprometido com o que seu Senhor colocou em suas mãos
Este servo não conseguirá cumprir essa missão se colocar seus prazeres antes da missão, um bom servo sabe renunciar a si em prol do outro e isso até que o Senhor volte.
  O servo mau:
·        Conseguiu alcançar patente na casa de Deus sem mudar o caráter.
Note que no fim o lugar deste servo é com os hipócritas, pois como vimos o servo fiel, ele só conseguiu alcançar tal posição por conta do serviço prestado antes de ser nomeado, o problema dele foi isso, com seu exterior convenceu de que estava pronto para assumir responsabilidade, mas seu interior ainda estava preso ao pecado.
·        Pensa que dá tempo de pecar antes que Jesus volte.
·        Este não alimenta os demais servos, ele oprime.
O Senhor nesta parábola deixa claro que voltará e encontrará muitos servos nessa real condição e punirá com severidade ao levá-los para um lugar específico para quem comete este tipo de erro, com os hipócritas.
Neste estudo das parábolas de prontidão vemos Deus começando a prestar contas com os obreiros, pois como o próprio Jesus disse: “A quem muito é dado, muito também lhes será cobrado (Lc 12.48)”.
  A hipocrisia é um pecado gravíssimo considerando a forma como Jesus combateu esse pecado. Ao lermos Mt 23 vemos como Jesus foi direto e claro ao confrontar os escribas e fariseus ao chamá-los de hipócritas. 
  Que esta parábola, junto com essa aplicação nos desperte para uma tão importante realidade, o servo mau até conseguiu alcançar um lugar de liderança na casa do seu Senhor, mas era questão de tempo para que aquilo que estava dentro dele fosse evidenciado exteriormente.
  Infelizmente nós nos entristecemos quando um líder espiritual cai e traz escândalo e sempre que isso acontece muitos servos que estão sob sua liderança acabam sentindo, isso pode acontecer com qualquer um, repito as palavras de Paulo, “somos homens iguais e sujeitos as mesmas paixões (At 14.15)”, mas a verdade é que muitos estão despreparados para assumirem determinadas responsabilidades, temos uma falha em levantar pessoas ao ministério sem o mínimo das exigências que encontramos na bíblia e temos também o grande problema da vaidade e da busca pelo “sucesso ministerial”, hoje temos cantores e pregadores que são ovelhas sem pastor e sem rebanho, pois isso é para eles indiferente, pois a marca do sucesso do  ministério em nossos dias têm se resumido ao quanto seu trabalho tem destaque midiático, quanto sua agenda é corrida e o quanto isso tem sido lucrativo. 
  "Esta é a descrição de um mau ministro, que, apesar disso, ainda pode ter os dons do ensino e do discurso sobre os demais; e, como foi dito sobre alguns, este tipo de obreiro pode pregar tão bem no púlpito, que seja uma pena que ele deva sair dali, e ainda assim viver de maneira tão má fora do púlpito, que seja uma pena que ele deva subir ali." (M Henry)
  Deixo essa reflexão ciente de que existem pessoas sérias e comprometidas com o chamado e ministério que o Senhor os entregou e que não serão encontrados desfrutando dos bens do seu Senhor inconsequentemente, mas que vivendo do altar, vivem para honrar o altar que lhes supre as necessidades.
  Mateus 24:50 O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe.
  A condenação de quem vive na hipocrisia não será uma surpresa, mas o dia em que ela acontecerá sim, ainda que na mente dos hipócritas esse dia seja adiado para um futuro distante, esse dia não pode ser adiado e muitos são aqueles que serão pegos de surpresa.

  Acompanhe também as outras mensagens da série:
https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao-as-dez.html


https://irmaojcarlos.blogspot.com/2020/09/serie-parabolas-de-prontidao-talentos.html



segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Como vejo o pecado dos outros?





  Como Davi viu o pecado de alguém que não era ele:
2 Samuel 12:5 Então, Davi encheu-se de ira contra o homem e disse a Natã: "Juro pelo nome do Senhor que o homem que fez isso merece a morte! 6 Deverá pagar quatro vezes o preço da cordeira, porquanto agiu sem misericórdia".

  Como realmente era a situação:
7 Então Natã disse a Davi: "Você é esse homem! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Eu o ungi rei de Israel, e livrei-o das mãos de Saul.

  Como Jesus ensinou:
Mateus 7:1 "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. 2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. 5 Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.

  Como Paulo reafirmou no seu ensinamento baseado no que Jesus disse:
Romanos 2:1 Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. 2 Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. 3 Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? 4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?

  Como nós vemos, julgamos e nos sentimos referente ao pecado dos outros hoje???

  Não podemos deixar de ter senso do que é certo e errado, santo e profano, mas também precisamos ter consciência do que está neste último versículo (Rm 2.4)...

  Não despreze a riqueza da bondade de Deus ao se achar bom se comparando ao pecador que foi exposto, tente se comparar a Jesus e veja como se sentirá.

  Não despreze a tolerância e paciência do Eterno por você, pois se não fosse isso, todos (inclusive eu) estaríamos agora no inferno.

  Não despreze a bondade de Deus que te levou ao arrependimento...

  Quando alguém peca, me entristeço, oro para que Deus tenha misericórdia, pois aprendi com Davi, com as palavras de Jesus e com Paulo. Agradeço a Deus por não ter sido eu, pois se fosse por minha carne, eu também cairia, também o desonraria e escandalizaria.
Por fim, não é o quanto sou bom que fica evidente quando alguém cai, quando alguém é exposto, o que fica evidente quando isso acontece é A GRAÇA ABUNDANTE QUE ME SALVOU E QUE ME MANTÉM.

  Que Deus abençoe a todos🙌🏻🙏🏻❤

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O cordão de três dobras, a Matemática do Reino




Eclesiastes 4:7 Outra vez me voltei, e vi vaidade debaixo do sol.
8 Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação.
9 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.
10 Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.
11 Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará?
12 E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.

  Diante dos acontecimentos recentes da minha vida, senti de falar sobre isso, pois com a chegada do meu filho Pedro, muitos amigos se alegraram juntos comigo, me parabenizaram, e eu disse para muitos deles que “agora era a vez deles”, foi muito engraçado, pois a maioria disse que não queria ter filhos, é claro que eu estou bem ciente de que não tenho direito algum de falar pra ninguém a hora que devem ter filhos, ainda que sejam amigos, todos sabem o tempo propício para isso de acordo com seus planejamentos e acima de tudo, Deus sabe o tempo certo. Em Ec 3 o sábio diz que “Existe um tempo determinado para todas as coisas debaixo do céu”.
  Mas o que me surpreendeu foi o fato de que parece a todos que casar ou ter filhos é o maior prejuízo que alguém pode ter na vida, quando foi o próprio Deus que disse “Que não é bom que o homem viva só (Gn 2.18)”. Neste texto gostaria de falar sobre a diferença da MATEMÁTICA HUMANA, para a MATEMÁTICA DO REINO.
  No Édem o próprio Deus viu que não era bom o homem viver só, pois este se acharia o centro do universo, como dizem, "a última Coca-Cola do deserto", o homem se sentiria um deus. O que precisamos entender é que seria um grande erro teológico afirmarmos que Adão estava triste por estar só, o texto bíblico não fala isso, geralmente ouvimos isso nas pregações quando os pregadores dramatizam essa cena.
 Com o casamento deixamos de ser um para ser dois em uma só carne, para um casamento dar certo os propósitos precisam se fundir, entender que, o sucesso e realização do outro é meu sucesso e realização, onde aquecer o outro é ser aquecido, proteger, cuidar, fazer bem é receber o bem, pois faço isso a minha própria carne.
  Com o casamento, renunciamos muito pelo outro, com os filhos, renunciamos um pouco mais. E essa renúncia acontece dessa forma, deixamos de investir em nossos prazeres, para investir no bem estar e prazer do cônjuge e dos filhos, se isso não lhe trouxer prazer, a vida de casado e de paternidade e maternidade será um fardo difícil de carregar durante sua vida e pode revelar o quanto curto ou longo será um relacionamento, e isso serve para todas as áreas da nossa vida.

  Entendendo o propósito de Deus…
  Há pessoas que não tem ninguém e como diz o texto, não cessa de buscar riqueza, ou seja, está sempre trabalhando para conseguir coisa para si mesmo, a questão é, pra quem está trabalhando? Pois está privando a alma do bem.
  Muitos estão enganados ao escolherem viver só, por não querer dividir o que tem com outra ou outras pessoas (no caso dos filhos), segundo Deus, não é bom estar só, segundo Ec 3, há um tempo determinado para cada coisa, de acordo com Jesus, há aqueles que são eunucos por conta dos homens e outros que se fizeram eunucos (Mt 19.12), mas que isso é um dom.
  Ainda que alguém escolha ser eunuco não se casando, isso não o impede de ter amigos e para isso é necessário aprender essa lição da criação onde não vamos enxergar a mulher apenas como aquela que supriria as necessidades sexuais dentre outras coisas que uma esposa corresponde ao marido, mas enxergaremos uma pessoa semelhante.
  O texto diz que é melhor serem dois do que um, pois tem melhor paga em seu trabalho, agora eu te pergunto: Se você tiver um serviço que te renderá 100 reais se fizer o trabalho sozinho e te custará 50 reais caso alguém te ajude, pois você terá de repartir, você terá melhor paga no seu trabalho ou você terá menor lucro? Se você fizer essa conta usando a MATEMÁTICA DO HOMEM, você se sentirá em prejuízo.
  A MATEMÁTICA DO REINO é diferente, para o cristão, trabalhar, ter alguém para ajudar e receber pelo trabalho é sempre o melhor, pois assim como eu preciso o outro também precisa. Exemplo: Se sozinho eu ganho 100 reais, Eu e minha esposa, cada um ganhando 50 reais, juntos ganhamos 100 reais, se eu, minha esposa, meus dois filhos, cada um ganhar 25 reais, juntos ganhamos 100 reais. Eu só posso entender a matemática do Reino se eu compreender também a palavra de Jesus quando disse “Negue-se a si mesmo e siga-me (Mt 16.24)”. O princípio aqui ensinado por Jesus vai nos levar a uma vida abençoada nas mais diversas áreas da nossa vida.
  Outra coisa que é valorizada no texto é o fato de que há mais garantia de segurança quando não estou só, que funcionando a recíproca do cuidado, tenho suporte do meu amigo, caso venha a cair.
  "Ai do que estiver só", é doloroso, pois alguns tombos que derrubam pessoas para nunca mais levantarem poderiam ser histórias diferentes se houvesse alguém ao lado para ajudar o caído. Muitos caíram e não se levantaram por conta do seu orgulho somado ao egoísmo, esse sentimento individualista é terrível e que está levando muitas pessoas a problemas de alma gravíssimos, o próprio texto diz que viver assim é “privar a alma do bem”.
  O texto diz que se forem dois, um aquentará o outro, mas um sozinho, isso não será possível. Esta parte do texto é muito profunda, pois fala do que recebemos quando decidimos oferecer o bem ao outro, pois quando aquecemos alguém, automaticamente somos aquecidos, cuidados, parafraseando o que Jesus disse “Melhor coisa é dar do que receber (Lc 6.38/ At 20.35), só poderemos entender e desfrutar isso se vivermos o princípio ensinado por Jesus de negar a nós mesmos, decida fazer alguém feliz e isso provavelmente vai voltar pra você.
  O sábio sempre usou duas pessoas, mas no fim ele termina dizendo que “o cordão de três dobras é mais difícil de arrebentar”. Aqui vemos claramente a maior benção que recebemos quando conseguimos viver em unidade, Deus é essa terceira corda, Ele habita no meio da unidade de um casal, de uma família, de uma amizade.
  O plano de Deus era que o homem não só ficassem em dois, mas que se multiplicassem, talvez seja mesmo uma despesa muito grande e que não tenhamos condições de ter tantos filhos, dessa forma entendemos a questão do planejamento, mas busque, trabalhe, se esforce, mas nunca seja o centro do seu mundo, viva sua vida no propósito de Deus, viva para servir alguém, enquanto casado e pai sirvo a minha casa, mas se você está solteiro sirva a Deus, faça como Paulo, não tinha esposa, mas nos ensinou que deveríamos viver para servir, pois o próprio Jesus fez assim nos ensinando com sua própria vida (Fl 2).
#PenseNisso
#DeusTeAbençoe


Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...