quarta-feira, 27 de maio de 2020
Estava lendo um livro e...
O pecado é como o câncer, ele mata, mas antes disso gera sintomas muito fortes. Ao chegar em uma consulta e o médico constatar que há um tumor, ele não irá mandar a pessoa pra casa com uma orientação de que a partir de agora ela precisa fazer coisas que se sinta bem, comer coisas que gosta ou coisas semelhantes para vencer uma doença que não pode ser combatida apenas com essas atitudes.
Jesus não nos deixou enganados com relação ao pecado, nenhum médico deixaria de nos avisar da gravidade do problema, Jesus não seria diferente, na maioria das vezes não gostamos de ser confrontados, ter nossos erros apontados, mas precisamos levar em consideração uma coisa, que não é fazendo o que mais gostamos ou tendo aquilo que nos faz sentir bem que podemos vencer esse "tumor" que quer nos matar.
Somente Ele (Jesus) pode fazer essa operação em nossa vida e remover o pecado que como um tumor tem matado muita gente, uns de forma lenta e dolorosa, outros instantaneamente.
Não se engane, não se deixe levar pelas alegrias dessa vida, quando Jesus remove nossos pecados temos qualidade de vida nessa terra e mais, certeza de que teremos alegria eterna com o Pai.
O que uma pessoa com um tumor mais quer na vida???
Creio que ela entende a seriedade da coisa e por isso, o que ela mais deseja é ser curada, é ter esse tumor removido. A bíblia é tão clara quanto ao pecado, quanto ao resultado do pecado, será que temos tanta vontade de vencer o pecado quanto temos para vencer uma doença?
Isso talvez revele o quanto estamos vivendo apenas para essa vida é não para o porvir.
1 João 2:1 Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
Todos nós estamos sujeitos a pecar assim como estamos sujeitos a ter câncer, mas em todos os casos temos algo em comum, não queremos sentir os sintomas nem morrer por causa deles, por isso podemos hoje buscar em Jesus nosso advogado, perdão e cura para nossas almas.
Receita: Clame o nome Dele, confesse seus pecados, leia e pratique sua palavra, certamente vencerás o pecado e será feliz, nessa vida e no porvir.
(Pensamento tirado do livro Kripitonita de Jonh Bevere)
Os gibeonitas enganam Josué
Texto de referência - Js
9.1-6; 15,16
1
E souberam disso todos os reis que viviam a oeste do Jordão, nas montanhas, na
Sefelá e em todo o litoral do mar Grande até o Líbano. Eram os reis dos
hititas, dos amorreus, dos cananeus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.
2 Eles se ajuntaram para guerrear contra
Josué, contra Israel.
3 Contudo, quando os habitantes de Gibeom
souberam o que Josué tinha feito com Jericó e Ai,
4 recorreram a um ardil. Enviaram uma
delegação, com jumentos carregados de sacos gastos e vasilhas de couro velhas, rachadas
e remendadas.
5 Os homens calçavam sandálias gastas e
remendadas e vestiam roupas velhas. Todos os pães do suprimento deles estavam
secos e esmigalhados.
6 Foram a Josué, ao acampamento de Gilgal, e
disseram a ele e aos homens de Israel: "Viemos de uma terra distante.
Queremos que façam um acordo conosco".
15 Então Josué fez um acordo de paz com eles,
garantindo poupar-lhes a vida, e os líderes da comunidade o ratificaram com
juramento.
16 Três dias depois de fazerem o acordo com os
gibeonitas, os israelitas souberam que eram vizinhos e que viviam perto deles.
Após as
vitórias de Israel sobre Jericó e Ai, os povos cananeus ficaram alarmados e
preocupados em serem os próximos dizimados da terra, com isso buscaram
estratégias para lutar, esta lição vai nos mostrar que o inimigo é sagaz e vai
usar de muitos meios para não perder. Mais uma vez nossa lição vai nos ajudar a
abrir a mente para não cometermos os mesmos erros e sofrer consequências
semelhantes.
Os inimigos se unem contra Israel
Israel
estavam agora vivendo um momento muito bom, a confiança estava em alta, estavam
super-otimistas e com isso menos atento também, dois inimigos foram vencidos,
muito mais ainda iriam enfrentar e eles não se renderiam tão fácil, alguns
iriam aproveitar o momento “pós-vitória”, pode parecer estranho, mas isso é uma
realidade até hoje.
A cantora
Ludimila Ferber canta o louvor “Nunca pare de lutar” e na letra desse louvor
tem uma parte que diz:
“cansaço,
desânimo, logo após uma vitória, a mistura de um desgaste com um contra ataque
do mal”.
Fala de um
momento de fraqueza após uma grande vitória, no caso do louvor temos o cansaço
e o desânimo, no caso de Israel após a vitória sobre Ai, temos a imprudência,
eles não estavam fracos fisicamente ou mentalmente, mas sim no discernimento,
estavam prestes a agir imprudentemente.
Hititas,
amorreus, cananeus, ferezeus, heveus e jebuseus se uniram para guerrear contra
Josué e Israel, estes povos que constantemente viviam em guerra entre si
entenderam que não poderiam lutar contra Israel se estivessem sozinhos,
entenderam que a causa era maior que suas diferenças e que por ela valeria
estarem unidos, repensaram suas divergências, romperam preconceitos, esqueceram
diferenças, perdoaram mágoas e assim fizeram uma grande aliança.
Jesus disse
que os filhos das trevas são mais prudentes do que os filhos da luz (Lc 16.8), não é a primeira vez que
isso acontece, e é muito importante nós entendermos como igreja, corpo de
Cristo o poder da unidade.
Gênesis 11:5 O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.
6 E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer.
7 Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros".
8 Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade.
O Senhor
disse, “eles são um só povo, e falam uma só língua, o que começaram a construir
isso, nada poderá impedi-los o que planejam”. Em Babel temos um ajuntamento de
pessoas por uma causa que não glorificava a Deus, mas essa regra serve para nós
e ela está bem clara na Bíblia para nós quando a igreja recebeu o poder do alto
e foram cheios do Espírito Santo.
Atos dos Apóstolos 2:42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.
44 Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.
45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.
46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração,
47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.
Só que em
Atos não temos uma unidade que tem como propósito se rebelar contra Deus, pelo
contrário, temos um corpo que revelava Deus a partir da comunhão que viviam, é
muito forte saber que na igreja independente de suas variadas diferenças tinham
tudo em comum, precisamos entender que este era o desejo do Senhor Jesus.
Jo 7.21 – “Para que todos sejam um, como Tu
ó Pai, o és em mim e eu em Ti; que eles também sejam um em nós, PARA QUE O
MUNDO CREIA QUE TU ME ENVIASTE.”
Paulo fala
sobre o problema da divisão na igreja, muitos podem ser os argumentos que
defendam uma divisão, mas ela sempre será prejudicial para a igreja, somos
todos membros do corpo de Cristo, temos nossas diferenças, mas isso não
significa que temos um problema, o corpo só pode funcionar bem por conta das
propriedades particulares de cada parte, um braço fora do corpo é inútil e está
fadado a apodrecer, mas quando ligado ao corpo tem utilidade e vida.
Em 1Co 1.10-17 Paulo fala dos danos
causados a igreja de Corinto por conta das facções que se formaram dentro dela,
Paulo é duro em suas Palavras e as torna mais amargas em 1Co 3.1-4, chama os irmãos de Corinto de carnais, crianças,
invejosos e mundanos por conta dessas divisões, se somos corpo e Cristo é o
cabeça, como o mundo poderá contemplar o Senhor se Ele subiu ao céu? Será que o
mundo pode reconhecer Cristo olhando para nós igreja como corpo hoje? Ou o que
se pode contemplar da igreja atual são divisões, políticas, ideológicas,
denominacionais e etc. Acho que está na hora de repensarmos o nosso
cristianismo, pois nas muitas manifestações de que partido, ideologia ou até
mesmo do líder espiritual que escolho “seguir” posso estar com isso esvaziando
a cruz de Cristo (1Co 1.17b).
A astúcia dos gibeonitas.
Os Gibeonitas usaram de
astúcia contra Josué e Israel, foram diante de Josué vestidos como se fossem
pobres homens, vestes surradas, sapatos remendados pães secos e bolorentos,
queriam apelar para a bondade de Josué e conseguiram, o inimigo da nossa alma
usa a mesma estratégia ao nos enganar sobre o que devemos ou não fazer, nossa
última lição destacou o erro de Josué em tomar decisões sem consultar à Deus,
nesta ocasião com os gibeonitas ele repetiria o erro.
Eu aprendo
com esse fato que precisamos ter o coração aberto para ajudar as pessoas
necessitadas, o amor sem atitudes de amor não passa de poesia cantada por
pessoas que já morreram, podemos ouvi-lo, mas não podemos sentir, com Josué
aprendo que até mesmo na hora de fazer boa ação preciso estar de acordo com a
vontade de Deus, não no fato de alimentar o faminto ou coisas semelhantes, mas
ao fazer alianças, que não venhamos cair neste engano, satanás é o pai da
mentira e às vezes pode apelar até para nosso lado bom para poder entrar e
fazer arruaça em nossas vidas.
Após fazer
aliança com os gibeonitas sem saber que faziam parte dos povos inimigos, três
dias se passaram até que a verdade veio a tona, o povo se levantou a reclamar
desta aliança que foi feita no nome do Senhor e Josué mais uma vez reuniu os
representantes das tribos para tomarem uma séria decisão sobre o que seria
feito com os gibeonitas. Eles faziam parte do povo inimigo, mas uma aliança foi
feita no nome do Senhor e agora devia ser honrada, decidiram que os gibeonitas
não seriam atacados na guerra, mas seriam escravos do povo, tendo
responsabilidade por alguns trabalhos específicos.
Talvez você
se pergunte, por que Josué não acabou com aqueles homens e todos os gibeonitas
já que mentiram? Eles mentiram, é característica de quem não tem o Deus
verdadeiro como Senhor de suas vidas, mas desde o Antigo Testamento o servo de Deus deveria honrar com sua palavra e que Deus não tem prazer naquele que faz uma
aliança e não cumpre, Jesus nos ensinou que nossa palavra deve ser sim, sim e não, não, o que passar disso é de procedência maligna (Mt 5.37), que não devemos fazer um voto se não estamos dispostos a cumpri-lo (Ec 5.5), tem sido muito comum em nossos dias os homens desonrarem a Deus ao não cumprirem seus votos, ao não serem fiéis as alianças que fizeram diante do altar.
Queria falar de pelo menos duas situações em que fazemos aliança, primeiro no dia do nosso casamento, depois no dia que descemos às águas batismais, em ambas as situações dizemos sim e devemos honrar com essa aliança, o fato é que em nossos dias as pessoas tem dito não para as responsabilidades que assumiram diante de Deus.
Que possamos dizer sim para o Senhor, sim para o chamado de Deus para nossas vidas, sim para a oração é leitura da palavra. Volte a dizer sim e viva uma vida abundante na presença de Deus.
Deus te abençoe!!!
Queria falar de pelo menos duas situações em que fazemos aliança, primeiro no dia do nosso casamento, depois no dia que descemos às águas batismais, em ambas as situações dizemos sim e devemos honrar com essa aliança, o fato é que em nossos dias as pessoas tem dito não para as responsabilidades que assumiram diante de Deus.
Que possamos dizer sim para o Senhor, sim para o chamado de Deus para nossas vidas, sim para a oração é leitura da palavra. Volte a dizer sim e viva uma vida abundante na presença de Deus.
Deus te abençoe!!!
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Milagres em meio a crise.
2 Reis 3:9 Então o rei de Israel partiu com
os reis de Judá e de Edom. Depois de uma marcha de sete dias, já havia acabado
a água para os homens e para os animais.
10 Exclamou, então, o rei de Israel: "E
agora? Será que o Senhor ajuntou a nós, os três reis, para nos entregar nas
mãos de Moabe? "
11 Mas Josafá perguntou: "Será que não
há aqui profeta do Senhor, para que possamos consultar o Senhor por meio dele?
" Um conselheiro do rei de Israel respondeu: "Eliseu, filho de
Safate, está aqui. Ele era auxiliar de Elias".
12 Josafá prosseguiu: "A palavra do
Senhor está com ele". Então o rei de Israel, Josafá e o rei de Edom foram
falar com ele.
13 Eliseu disse ao rei de Israel: "Nada
tenho a ver com você. Vá consultar os profetas de seu pai e de sua mãe".
Mas o rei de Israel insistiu: "Não, pois foi o Senhor que ajuntou a nós,
estes três reis, para entregar-nos nas mãos de Moabe".
14 Então Eliseu disse: "Juro pelo nome
do Senhor dos Exércitos, a quem sirvo, que se não fosse por respeito a Josafá,
rei de Judá, eu não olharia para você nem mesmo lhe daria atenção.
15 Mas agora tragam-me um harpista".
Enquanto o harpista estava tocando, o poder do Senhor veio sobre Eliseu.
Toda
revelação divinamente inspirada serve para nos corrigir, instruir, direcionar
principalmente em tempos de crise, esses são os momentos que devemos recorrer
às Escrituras a fim de encontrar nelas conselhos seguros.
Ao ler este
texto vejo o quanto a cegueira como a precipitação podem ser danosas para
nossas vidas e para quem nos segue. Temos três personagens principais nesta
história, Jorão rei de Israel (filho de Acabe), Josafá rei de Judá e o profeta
Eliseu. Jorão se propôs fazer guerra contra os moabitas e convidou Josafá para
acompanhá-lo, até então não vemos nenhum problema nisso, vemos união por uma
causa, mas precisamos saber se essa causa é justa diante de Deus.
Acabe foi um
rei que deixou um legado muito negativo para a nação de Israel e principalmente
ao seu filho Jorão que seguiu o mesmo caminho de erros de se pai, Deus não
estava com ele em suas empreitadas, isso era ruim para toda a nação, mas
poderia ficar pior, pois não somente Israel estava caminhando de acordo com os
propósitos de Jorão, Josafá estava sendo chamado mais uma vez para caminhar
junto ao infiel e isso o traria consequências desastrosas.
Josafá tinha
uma aliança com Acabe no passado, e em uma situação muito semelhante Acabe o
chamou para acompanhá-lo em uma batalha, Josafá aceitou ir junto, mas acrescentou
algo para que pudesse ir.
1Rs 22.5 - Mas acrescentou: “Peço-te que
busque primeiro o conselho do Senhor.”
Josafá
demonstra um temor muito grande por Deus e que não está disposto a fazer nada
sem a direção do Senhor quando é chamado por Acabe, mas ao ser chamado por
Jorão não vemos a mesma atitude de Josafá, certamente isso o levaria por um
caminho de perdição, ao ser chamado para a guerra por Jorão, Josafá disse:
2Rs 3.8 - “Por qual caminho atacaremos?”.
Seguir nosso
caminho sem consultarmos a Deus é muito perigoso. E por que não dizer fatal?
Acabe morreu na ocasião, pois o profeta havia dito que se fosse à guerra
certamente não retornaria com vida, Acabe até tentou se disfarçar, tirou suas
vestes reais e ficou no meio dos soldados, uma só flecha foi lançada pelo
exército inimigo na ocasião e foi a que acertou acabe por entre a brecha de sua
armadura.
Como ficou
claro que precisamos tomar esse cuidado de não fazer as coisas sem consultar a
Deus e sem nos precipitarmos, era de se esperar que um erro assim não mais se
repetisse, tanto nas histórias bíblicas que viriam após o fato, como na nossa
vida após lermos a história, nisso vemos como o pecado age nas nossas vidas,
não é por falta de informação das consequências que se repete esses erros, mas
por pura rebeldia e precipitação.
Jorão então
partiu para a batalha junto com Josafá e o rei de Edom, três reis seguiam um
caminho com seus exércitos contra Moabe sem o favor de Deus.
Esses três
reis marcharam no deserto com seus exércitos por sete dias e nada de encontrar
os moabitas, a água havia acabado e tanto os soldados como os animais começaram
a cair, então Jorão solta a primeira “pérola”:
2Rs 3. 10 - “E agora? Será que o Senhor
ajuntou a nós, os três reis, para nos entregar nas mãos de Moabe?”.
Jorão estava
cometendo um erro muito comum em nossos dias, quando responsabilizamos à Deus
pelos nossos erros. Isso começou no Éden quando Adão lança sobre Deus a culpa
de haver pecado, Adão disse que foi a mulher que Deus deu que o fez pecar.
Josué
cometeu este erro quando sofreram uma derrota ao lutar contra a cidade de Ai,
Acã havia tomado para si e escondido em sua tenda algumas coisas que Deus
considerava malditas, Josué não teve a mesma preocupação de santificar o povo
antes de lutar como fizeram contra Jericó e acabou sofrendo essa derrota, quando
isso aconteceu Josué disse:
Js 7.7 - “Ah Soberano Senhor, por que fizeste
este povo atravessar o Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e
nos destruir? Antes nos contentássemos viver do outro lado do Jordão!
Talvez seja
difícil de aceitar um homem como Josué cometendo um erro grosseiro como este,
claro que a situação era bem diferente da situação de Jorão, porém precisamos
entender o quanto o pecado é danoso e que não adianta contar com Deus e
responsabilizá-lo lá na frente quando as coisas começarem a dar errado, quando
desprezamos totalmente seu conselho e direção no início de nossa empreitada.
Isso serve para tudo o que fazemos na vida, para a construção dos nossos
relacionamentos, estudos, vida profissional, não são poucos os casos daqueles
que se deixam levar pela empolgação, emoção e precipitação, e quando tudo dá
errado responsabilizam a Deus pelos seus fracassos.
(2Rs 6.24-33) - Isso também aconteceu em um outro momento
quando Samaria, capital do Reino do Norte (Israel) estava cercada e havia fome
na cidade, a ponto de uma mãe estar preparando seu filho para comer
(canibalismo), o rei nesta ocasião disse:
2Rs 6.33 - “Essa desgraça vem do Senhor.
Por que devo ainda ter esperança no Senhor?”.
É muito
difícil digerir essas palavras quando conhecemos o contexto da vida de quem as
está usando, no caso de Josué, ele não sabia sobre o pecado de Acã e ainda
assim foi um erro, mas o rei de Israel é descarado e por isso eu digo que a
Palavra serve para nos corrigir, para nos repreender e nos direcionar com seus
conselhos, ao ler essas histórias e refletir nestes versículos, eu não só penso
nos personagens da história, eu penso em mim, se por acaso não estou cometendo
os mesmos erros, se não estou sendo rebelde ou precipitado nas coisas que faço,
se não estou me deixando levar pelas amizades e alianças que não me edificam e
não me acrescentam nada da parte de Deus, são exemplos de relacionamentos
iniciados sem a aprovação de Deus, são as comidas que prejudicam a saúde, são
as bebedeiras que trazem vários prejuízos.
Lendo sobre
o que aconteceu com Acabe, vejo uma diferença com relação ao que aconteceu com
Jorão, Jorão não recebeu uma mensagem de um profeta dizendo “não faça”, ainda
que ele mesmo não tenha procurado, mas Acabe, este ouviu da boca do profeta e
este foi, achou que seu disfarce o salvaria, este tentou à Deus e pagou um
preço alto por isso, Acabe é o tipo de gente que Deus fala expressamente “não
faça” e a pessoa vai lá e faz, é triste quando estamos com pessoas que tentaram
a Deus e ouvimos suas histórias, geralmente são pessoas que Deus falou quando
ainda eram jovens, o preço sempre é muito alto.
Mas nem
todos os casos são como o de Acabe, às vezes temos casos como o de Jorão, nunca
se preocupou em consultar a Deus e também não recebeu uma ordem expressa sobre
algo que não deve fazer, mas no meio do caminho a colheita sempre chega, e é
aqui neste lugar que chegamos que temos a chance de colocar a “mão na
consciência” e buscar a direção de Deus, mesmo depois de já termos caminhado
muito tempo sem um rumo certo na vida.
Josafá antes tarde do que nunca diz:
2Rs 3.11 - “Será que não há aqui profeta do
Senhor, para que possamos consultar o Senhor por meio dele?”.
Antes tarde
do que nunca chegamos a mesma conclusão de que, somente o Senhor para nos tirar
das enrascada que nos colocamos, o detalhe é que, entramos em algumas
enrascadas com nossos próprios pés, mas se não for o Senhor para nos tirar
delas, certamente morreremos nelas, algumas nos matam lentamente. Enquanto o
“sem - noção” do Jorão está culpando Deus pelo fracasso, tem um Josafá
acreditando que ainda dá para buscar de Deus uma solução.
No tempo da
crise nos dividimos entre esses três tipos de gente, uns questionam e culpam a
Deus, outros se aproximam dele apelando para sua misericórdia e outros como o
profeta, nunca se movimentam sem ter Deus como seu guia. Naquele deserto temos
soldados caindo, animais caindo, reis caindo sem água, mas naquele mesmo
deserto tem um profeta buscando a Deus, ou seja, o lugar é o mesmo para todos,
mas uns morrem, outros se aproximam de Deus e outros ainda, nunca estiveram
longe do Pai.
A figura do
profeta Eliseu neste contexto da história deve ser um exemplo a ser seguido por
nós, como enfrentar nossos desertos, como deve estar nossa vida espiritual
neste momento e emocional, Eliseu estava se fortalecendo em Deus no lugar em
que exércitos estavam morrendo, como isso é incrível!!!
O caminho
que Jorão, Josafá e o rei de Edom estava caminhando facilitava muito o trabalho
dos Moabitas, na nossa vida não é diferente, facilitamos para o inimigo da
nossa alma quando assumimos nossa independência de Deus, nossa obstinação e teimosia
se tornam inimigos tão fatais quanto o diabo.
Ao chegarem
onde o profeta estava, Jorão assumiu a frente e falou mais uma vez ao profeta
que Deus havia levado os três reis com seus exércitos para os entregar nas mãos
dos Moabitas, mas antes que este falasse, legal foram as palavras de Eliseu.
2Reis 3:13 Mas Eliseu disse ao rei de Israel:
Que tenho eu contigo? Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de tua mãe.
Porém o rei de Israel lhe disse: Não, porque o SENHOR chamou a estes três reis
para entregá-los nas mãos dos moabitas.
Eliseu sabia
bem que tipo de pessoa Jorão era, mas a vida de temor a Deus de Josafá iria
fazer toda diferença agora, apesar de ter cometido um grande erro, valorizava
toda direção vinda de Deus e estava disposto a buscá-la agora. Mesmo assim não
seria fácil entender os planos de Deus na crise em que se encontravam, é
preciso ter muita sensibilidade a Deus para entender os seus desígnios, o que o
povo carecia era água, estavam fracos e sedentos, o profeta então pede algo que
surpreende todos, inclusive nós que lemos a história bíblica.
2 Reis 3:15 Mas agora tragam-me um
harpista". Enquanto o harpista estava tocando, o poder do Senhor veio
sobre Eliseu, 16 e ele disse: "Assim diz o Senhor: Cavem muitas cisternas
neste vale.
Eu fico
imaginando como foi a reação dos reis e dos soldados após o profeta pedir um
músico, alguém que tocasse harpa, fico pensando no que passava pela cabeça dos
homens, “Esse profeta é louco? Estamos precisando de água e ele quer alguém para
tocar harpa?”, outro talvez diria que “música não vai saciar nossa sede, não
resolve nossos problemas”. Por isso precisamos ter sensibilidade, o problema
daqueles três exércitos não era falta de água, era falta da presença de Deus,
Eliseu sabia isso, e também sabia que adorar o nome do Senhor é uma das formas
que temos para atraí-lo, Eliseu não gritou, apenas usou o som daquela harpa
para entrar na presença de Deus e algo glorioso aconteceu, “O poder veio sobre
Eliseu”, em outras traduções diz que a “mão do Senhor veio sobre ele”.
Este é o
segredo de como devemos viver na crise, o deserto não é um lugar de morte para
quem adora a Deus, para quem consegue atraí-lo, não precisamos de gritos, de
palavras bonitas, só precisamos de completa entrega, em espírito e em verdade.
2 Reis 3:16 E disse: Assim diz o SENHOR:
Fazei neste vale muitas covas.
17 Porque assim diz o SENHOR: Não vereis
vento, e não vereis chuva; todavia este vale se encherá de tanta água, que
bebereis vós, o vosso gado e os vossos animais.
18 E ainda isto é pouco aos olhos do SENHOR;
também entregará ele os moabitas nas vossas mãos.
Pedir um
harpista já era algo muito incomum para aquele momento não acha? Agora Eliseu
pede para os soldados que estavam nas suas últimas forças para cavarem covas no
meio do deserto, mais uma vez fico a pensar no que se passava na cabeça
daqueles homens, talvez pensavam “Pronto, viemos pedir ajuda ao profeta, agora
ele quer que cavemos nossas próprias covas”. Confesso que é até engraçado de se
pensar nestas cenas, mas os homens fizeram o que o profeta disse, e da forma
como ele falou, sem vento e nem chuva aquelas covas se encheram de água.
Deus deu o
livramento no meio do deserto, os homens puderam beber daquela água e também
dar aos seus animais, mas não acaba aí, Deus deu a estratégia, eles não teriam
muito esforço para vencer os moabitas, saíram de cena e quando os moabitas
chegaram naquele lugar Deus havia transformado o cenário, transformou as águas
vermelhas como o sangue e quando chegaram, isso os fez pensar que os três reis
feriram uns aos outros e estavam indefesos ao ataque deles, mas ao chegarem no
arraial de Israel foram atacados pelos exércitos e vencidos na batalha.
Essa
história realmente é fascinante, inspiradora. Que ela nos sirva sempre de
orientação da parte de Deus, de que não vale a pena dar nem mesmo um passo sem
que estejamos certos de que é a vontade de Deus e que Ele está conosco. Não sei
em que estágio você está em sua vida, se tomando decisões ou no calor de um
deserto cheio de desesperança e culpando a Deus pelos seus fracassos, esse
texto foi uma revelação de Deus para te convidar a ser como o profeta Eliseu,
nessa crise onde muitos estão perecendo você pode se tornar mais íntimo de
Deus, pode atravessar esse deserto, não com derrotas para contar, mas com
experiências de milagres vividos em meio a uma vida completamente entregue a
adoração.
Pense
nisso!!!
Deus
te abençoe!!!
sábado, 23 de maio de 2020
A
batalha contra Ai
Js
7.1-11
Mas
os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de
Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas
delas. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel.
Sucedeu
que Josué enviou homens de Jericó a Ai, que fica perto de Bete-Áven, a leste de
Betel, e ordenou-lhes: "Subam e espionem a região". Os homens subiram
e espionaram Ai.
Quando
voltaram a Josué, disseram: "Não é preciso que todos avancem contra Ai.
Envie uns dois ou três mil homens para atacá-la. Não canse todo o exército,
pois eles são poucos".
Por
isso cerca de três mil homens atacaram a cidade; mas os homens de Ai os puseram
em fuga,
chegando
a matar trinta e seis deles. Eles perseguiram os israelitas desde a porta da
cidade até Sebarim, e os feriram na descida. Diante disso o povo desanimou-se
completamente.
Então
Josué, com as autoridades de Israel, rasgou as vestes, prostrou-se, rosto em
terra, diante da arca do Senhor, cobrindo de terra a cabeça, e ali permaneceu
até à tarde.
Disse
então Josué: "Ah, Soberano Senhor, por que fizeste este povo atravessar o
Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir? Antes nos
contentássemos em continuar no outro lado do Jordão!
Que
poderei dizer, Senhor, agora que Israel foi derrotado por seus inimigos?
Os
cananeus e os demais habitantes desta terra saberão disso, nos cercarão e
eliminarão o nosso nome da terra. Que farás, então, pelo teu grande nome?
"
O
Senhor disse a Josué: "Levante-se! Por que você está aí prostrado?
Israel
pecou. Violaram a aliança que eu lhes ordenei. Eles se apossaram de coisas
consagradas, roubaram-nas, esconderam-nas, e as colocaram junto de seus bens.
Nesta lição
iremos estudar tanto a derrota, como a restauração e vitória de Israel contra a
cidade de Ai. Israel havia vencido Jericó e agora estava caminhando em direção
a cidade de Ai, mais uma vez Josué usaria espias para trazerem relatório do
lugar que atacariam em breve, Josué estava
prestes a cometer alguns erros que custariam um preço muito caro para a nação
de Israel.
O
perigo do pecado (Acã)
Deus havia garantido vitória a Josué antes mesmo de
atravessarem o Jordão, isso era algo que estava no coração daquele líder desde
o dia que foi enviado como espia por Moisés, mas ao atravessar o Jordão Josué
quis responder ao favor de Deus com uma atitude que identificaria a nação de
Israel como sendo povo de Deus, Josué chamou o povo à santificação, pois Deus
faria maravilhas no meio deles (Js 3.5) e de fato isso aconteceu, mas ao
tomarem Jericó Acã tomou para si e escondeu alguns utensílios que haviam sido
proibidos, sendo eles maldição para o povo caso alguém os tomasse.
Acã tomou
para si e escondeu, acreditou que por ser um segredo não haveria problemas ou
consequências. Todo pecado vai gerar consequências negativas em nossas vidas,
sendo a pior delas a morte e condenação, os pecados que mais pesam em Acã
geralmente são os pecados que pesam em nossa vida, a desobediência e a
hipocrisia, Deus não se surpreende quando pecamos, Ele é misericordioso e está
sempre pronto a nos perdoar, pois sabe que nosso coração é mau e inclinado ao
pecado, então após a desobediência deveríamos mostrar arrependimento, mas Acã
escondeu seu pecado e agiu como se não tivesse nada de errado.
Quando os
espias foram enviados por Moisés, oito não acreditavam ser possível conquistar
a terra, mas Josué e Calebe rasgaram suas vestes e expressaram confiança na
promessa de Deus, Josué disse que só bastava “o Senhor se agradar de Israel” e “não serem rebeldes diante de Deus” (Nm 14.6-9), Acã desagradou ao
Senhor fazendo ao contrário do que foi estabelecido, se rebelou contra a
vontade de Deus e por conta disso Deus se irou com o povo (Js 7.1).
Deus se
mostra justo contra o pecado, da mesma forma que trouxe juízo aos cananeus por
conta dos seus pecados, estava agora tratando a mesma altura com seu povo, é
importante destacarmos isso, pois Israel precisa entender que Deus não tem dois
pesos e duas medidas quanto ao pecado, não tem filhos prediletos que passará a
mão na cabeça quando errarem, todo pecado gera consequências e a restauração só
pode vir por meio de arrependimento e confissão.
1
Jo 1.9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.
Lembro-me de
uma pregação do Pr Luciano Subirá que falava “Quando Deus se torna inimigo”, nesta pregação ele usa o exemplo do
povo de Israel que estava sendo alvo dos ataques de Balaque, este havia
contratado Balaão para amaldiçoar o povo, mas as maldições não caíam sobre o
povo de Israel, pois Deus os guardava, mas Balaão encontrou uma forma de Israel
perder o favor e proteção de Deus, enviariam mulheres moabitas e com elas o
povo pecaria, assim conseguiram uma brecha contra Israel (Nm 25). Com Acã não
foi diferente, sua desobediência e sua hipocrisia trouxe a ira de Deus sobre o
povo e fez com que naquele momento Israel não pudesse contar com seu favor,
logo o tamanho do exército de Ai não importava, Israel perderia a batalha por
conta do pecado.
Podemos
viver o autoengano se não considerarmos nossos pecados como o maior de nossos
inimigos, aquele que nos faz perder nossas guerras, sejam elas grandes ou
pequenas, Josué acreditou que a vitória contra Ai seria fácil por conta da
expressão de sua força comparada a Jericó, mas não tinha conhecimento de que
qualquer exército é poderoso quando lutamos em pecado, Israel enviou 3000
soldados nessa feita e perdeu 36 e podemos entender que a perda poderia ser
ainda maior.
No
autoengano ignoramos até o que Deus fala, lembra-se de Pedro quando Jesus falou
que ele o negaria três vezes? Pedro não aceitou as palavras de Jesus (Mt
26.31-35), às vezes estamos tão autoconfiantes que não consideramos nem as
palavras de Deus, Acã cometeu um grande erro e Josué estava indo por um caminho
que traria consequências terríveis, o mesmo caminho escolhido por Sansão no
futuro, estava tão confiante que poderia continuar usando sua força mesmo
cometendo tantos erros, sem perceber foi-lhe tirado seu cabelo, sinal do pacto
de nazireado e quando tentou se levantar para ser vitorioso mais uma vez, foi
vencido (Jz 16).
Aplicação: Às vezes estamos como Josué
diante de Jericó, cheios de fé em Deus diante de uma muralha maior do que
podemos superar e superamos, mas as vezes estamos como Josué diante da cidade
de Ai, uma cidade pequena e sem muita expressão de resistência, e problemas
menores acabam nos tornando derrotados, às vezes responsabilizamos à Deus por
essas derrotas, mas as palavras de Jeremias no Livro das Lamentações são as
verdade em que precisamos nos apegar nestas derrotas, “De que se queixa o homem? Se queixa dos seus próprios pecados” (Lm
3.39).
Nós corremos um risco
muito grande quando cometemos o erro de Israel, ao se acharem extremamente
autoconfiantes, também estavam subestimando o inimigo e se auto enganando, é
uma armadilha formidável do inimigo das nossas almas, por isso Jesus nos
ensinou que devemos ser humildes, até mesmo na hora de considerarmos nosso
inimigo, nossa confiança deve sempre estar posta em Deus, seja contra
adversários fortes ou aparentemente fracos.
O povo
diante daquela derrota estava agora tomado pelo medo, mas Deus trouxe ânimo a
Josué ao mostrar como obteriam novamente vitória contra o inimigo.
“Antes
de lutarmos contra os inimigos externos, precisamos tratar do inimigo interno,
o pecado.”
O caminho da restauração, a vitória contra
Ai.
Deus deu uma estratégia
diferente para lutar contra Ai, isso nos deixa claro que nas batalhas que
vivemos na vida sempre precisaremos de direcionamento de Deus, os princípios
que devemos guardar são sempre os mesmos, porém na luta precisamos de sabedoria,
pois nossas ações possivelmente serão diferentes. Contra Jericó agiram de uma
forma, já contra Ai agiram de outra. No dia da batalha contra os Amalequitas,
Moisés ficou com suas mãos erguidas segurando seu cajado, Arão e Hur o ajudaram
a permanecer com as mãos erguidas (Ex
17.8-16), com Josué foi semelhante, este ficou com sua lança nas mãos
erguidas até que venceram completamente Ai (Js
8.26).
Este é o
caminho da vitória, resolver o pecado em nós, assim nos tornamos imbatíveis,
isso me faz lembrar o livro Kripitonita de Jonh Bevere, fazendo referencia ao
Super- Homem, pois este era forte, mas aquela pedra o tornava fraco, mortal,
assim é o pecado em nossas vidas, ele nos mata espiritualmente e nos torna
homens carnais e fracos diante do nosso adversário, ao vencer o pecado em nós
estamos no caminho certo para as vitórias em nossa vida.
domingo, 17 de maio de 2020
A des-graça de Lameque, o perigo do autoengano.
"Se Caim é vingado sete vezes, Lameque o será setenta e sete" (Lameque)
Estes dias
tenho pensado muito sobre o tema “Minha vida antes e depois de Cristo” e muitas
coisas me vieram ao coração, inclusive essa questão do autoengano, o que pra
mim é perigosíssimo podendo levar uma pessoa ao inferno crente que está indo
para o céu.
Talvez um
dos grandes males causadores desse autoengano seria o relativismo que tomou
conta da consciência da nossa geração, onde não são considerados alguns pecados
como pecado que nos excluem da graça de Deus e talvez isso seja resultado da
carência bíblica e consequentemente de transformação da mente do indivíduo que
pensa ter vivido este momento decisivo em sua vida, esse antes e depois de
Cristo, mas que na verdade nunca deixou de viver escravo do pecado.
Uma vez
estudando sobre o Fruto do Espírito, mas falando especificamente da paz, entendi que essa paz se trata de uma vida consciente de que não somos mais
inimigos de Deus, mas filhos, que antes éramos filhos da ira e que o juízo
eminente não nos permitiria ter paz independente da vida que tivéssemos, a paz
não é fruto de uma vida sem problemas financeiros ou de saúde, mas se trata de
uma mente transformada e uma consciência de que há uma eternidade na presença
de Deus para nós. Porém há outras características que entendemos ser Fruto de
uma vida que agora (após esse encontro com Deus) tem o Espírito Santo, nós
vamos viver livres do domínio da carne que outrora nos levava a fazer todo tipo
de maldade, a santidade é obra do Espírito Santo na vida de quem teve esse
encontro que dividiu sua vida em dois momentos, aC e dC.
Ao ler o
Livro de Genesis vejo a história de Caim, matou seu irmão Abel, recebeu de Deus
um sinal da graça, mas rejeitou esse favor ao fugir da presença de Deus. Caim
levou seus descendentes por um caminho de rebeldia contra Deus, pois seus
filhos cresceram sem um referencial que os ensinasse os princípios e valores
estabelecidos por Deus, percebemos claramente como os padrões estabelecidos por
Deus foram se modificando nas gerações que se seguiram na família de Caim.
Já parou pra
pensar no favor imerecido que Deus concedeu a Caim?
Ele havia
matado seu irmão, certamente o que ele merecia era a morte, seria uma balança
justa e ele entendia isso, disse que “qualquer um que o encontrasse o mataria”,
mas Deus disse que não seria assim, pois Ele mesmo colocaria uma marca de
identificação em Caim e qualquer um que matasse Caim seria vingado por Deus
sete vezes (Gn 4.15), Deus estava dando pra Caim uma segunda chance, mas Caim
fugiu da presença de Deus carregando consigo aquela marca. Tenho certeza que
foi preciso sempre explicar sobre aquela marca aos seus descendentes e quem
sabe ela tenha sido mal entendida, quem sabe seus descendentes interpretaram
erradamente o significado da marca que um dia Deus colocara em Caim, vamos
entender o motivo.
As palavras
de Lameque me causam espanto, pois elas representam com força a expressão de
alguém que entendeu errado a graça uma vez oferecida a Caim, uma graça que não
foi aproveitada e nem desfrutada.
Lameque
representa um perfil com comportamentos egocêntricos em dois sentidos, tomou
para si duas mulheres quando o padrão que Deus havia estabelecido para o
casamento não era dessa forma, “serão os dois
uma só carne”, não três, não somente
isso, também matou um homem e um menino por o terem ferido, a forma como o texto
está descrito para nós mostra como estava a consciência de Lameque, ele estava
certo de que a mesma proteção um dia oferecida a Caim seria agora oferecida a
ele.
Não podemos
deixar de considerar que Lameque podia estar se referindo a vingança que seus
filhos poderiam trazer se algo lhe acontecesse, mas ao fazer referência a Caim
entendemos que está fazendo referência ao que Deus falou sobre aqueles que por
acaso viessem buscar vingança matando Caim após ter assassinado seu irmão,
Lameque estava convicto de que seria vingado também por assassinar aquelas duas
pessoas.
Vejo tantas
pessoas e às vezes nós mesmos convictos de que podemos fazer de nossas vidas o
que bem entendemos e que mesmo assim Deus sempre vai relevar nossos atos, o que
coloca Deus em uma situação muito difícil, considerando que o assassino usou
uma balança extremamente injusta, foi ferido e matou duas pessoas e ainda
acredita que está coberto por uma proteção até maior que a de Caim. Isso se
chama autoengano.
No autoengano usamos uma balança injusta.
Esse é um
dos problemas recorrente do autoengano, nós não pesamos nossos atos na balança
de Deus, mas na nossa. Deus diz em sua Palavra que todos os nossos atos de justiça
são como trapos de imundícia (Is 64.6). Naturalmente nossa consciência é
tranquila quanto a determinados pecados, somente uma transformação em nossa
mente nos fará enxergar com olhos espirituais e considerar o pecado como sendo
pecado.
Relativismo.
Nossa geração pós-
moderna caiu em um laço terrível que chamamos de Relativismo, onde a Filosofia
dominou as mentes no sentido de que tudo deve ser questionado, não vamos
desprezar o fato de que somo seres racionais e que talvez na própria bíblia
encontramos trechos de difícil interpretação e que questioná-los pode nos levar
ao entendimento deles em nossas pesquisas e claro com a iluminação do alto, mas
existem verdades claras nas Escrituras que são fundamentais para nos mantermos
em um relacionamento com Deus e sermos também identificados como filhos de
Deus.
Só que chegamos a um tempo em que as verdades
contidas na Bíblia são questionadas até por quem diz acreditar que ela é a
Palavra de Deus, que existem coisas que podem ser vistas e aceitas com um
“outro ponto de vista”, e que mesmo que seja pecado, precisamos entender que a
graça que foi oferecida a Caim é também oferecida a mim, mesmo que eu esteja
fazendo coisas bem piores.
Acreditar que sou coberto pela graça sem me
arrepender.
Lameque não demonstrou
em suas palavras o mínimo de arrependimento, uma das condições para darmos
testemunho de termos sido salvos pela graça é reconhecer que Jesus nos
constrangeu com tamanho amor ao nos oferecer uma marca que nos protegeria de
pagar pelos nossos pecados do passado e que isso nos levou ao arrependimento,
Lameque parece dizer que Deus era obrigado a vingá-lo caso algo lhe
acontecesse. Talvez aqui encontramos um problema recorrente em nossa geração
onde confunde-se liberdade com
libertinagem, Paulo na Carta aos Romanos fala da natureza caída dos homens
e que mesmo sendo o mais zeloso na religião, havia uma guerra em seu interior e
que sempre perdia as batalhas para a carne que o dominava (Rm7.24), se não
entendermos isso que ocorre em nossa vida corremos o risco de cair no que
chamamos “antinomismo”, o antinomismo transforma a graça de Deus em
libertinagem, isso já acontecia na igreja do primeiro século, nós encontramos
os relatos dos prejuízos que causavam os falsos mestres que pregavam essa “des-graça”
no livro de Judas.
Jd.4b
– Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam
Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor.
O perigo de
interpretarmos a graça equivocadamente nos coloca nesta posição de ímpios que
negam a Jesus, Paulo mais uma vez nos diz que onde abundou o pecado,
superabundou a graça, mas que não devemos continuar pecando para que a graça
seja abundante, mas entender que a graça nos tornou filhos de Deus, mas não só
isso, ela nos santificou e nos deu uma nova vida. (Confira a leitura em Rm 5.20/
6.1-4).
O autoengano e a des- graça de achar que
sou mais importante do que os outros.
Ainda que tenha matado duas pessoas, Lameque
se sente digno de proteção e vingança caso alguém revide o que foi feito, em
nenhum momento ele considera aquele homem e o menino, só consegue olhar para o
seu próprio umbigo, o comportamento de Lameque é uma expressão clara da queda
do homem no Jardim, não conseguia enxergar seu próprio erro, apontou a mulher
como responsável, se coloca como a vítima da história.
Não importa o quanto alguém nos feriu um dia,
mesmo no AT a forma de resolver a questão seria olho por olho e dente por
dente, quem feriu seria ferido, mas Lameque matou aquelas pessoas, fez justiça
com suas próprias mãos. Jesus nos ensinou a lidar com situações parecidas, se
alguém lhe ferir, dá-lhe a outra face, não revide, não busque vingança, não
seja um homicida (Mt 5.38). Mas ainda que não tiremos literalmente a vida de
quem nos feriu de alguma maneira, ainda corremos um risco grande de sermos vingativos
e homicidas no coração, isso tudo por causa da amargura, quando somos feridos
por alguém tendemos a guardar nos nossos corações a amargura, que nos leva ao
desejo de vingança, mesmo que não a façamos com nossas próprias mãos, o simples
fato de desejarmos que tudo dê errado na vida do outro nos torna vingativos,
Jesus também disse que o simples fato de nos irarmos com nosso irmãos nos torna
homicidas (Mt 5.21).
Esse é o
evangelho da graça de Deus, o que passar disso deve ser considerado maldito (Gl
1.9), infelizmente muitos não compreenderam a mensagem do evangelho, pensam ter
tido um encontro com Jesus, mas não se deram conta de que esse encontro é
marcado pela transformação que acontece, sua mente transformada o levará a uma transformação
em todas as áreas de sua vida, onde o pecado é pecado não porque eu julgo ser,
mas porque agora existe uma voz que fala e um poder que me governa a viver em
santidade.
Is
30.21 – “Quer você se volte para a direita, quer para a esquerda, uma voz atrás
de você lhe dirá: ESTE É O CAMINHO, SIGA-O”.
Deus
te abençoe
sábado, 16 de maio de 2020
DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO.
Enfim chegamos à lição em que vamos
falar da derrubada dos muros de Jericó, viemos ao longo das últimas seis lições
esperando para contar sobre esta grande vitória que está cheia de lições
poderosas para a nossa vida. Acompanhe o texto de referência:
Josué 6. 1-10
1 Jericó estava completamente fechada
por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava.
2 Então o Senhor disse a Josué:
"Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de
guerra.
3 Marche uma vez ao redor da cidade, com
todos os homens armados. Faça isso durante seis dias.
4 Sete sacerdotes levarão cada um uma
trombeta de chifre de carneiro à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos
sete vezes ao redor da cidade, e os sacerdotes toquem as trombetas.
5 Quando as trombetas soarem um longo
toque, todo o povo dará um forte grito; o muro da cidade cairá e o povo
atacará, cada um do lugar onde estiver".
6 Josué, filho de Num, chamou os
sacerdotes e lhes disse: "Levem a arca da aliança do Senhor. Sete de vocês
levarão trombetas à frente da arca".
7 E ordenou ao povo: "Avancem!
Marchem ao redor da cidade! Os soldados armados irão à frente da arca do
Senhor".
8 Quando Josué terminou de falar ao
povo, os sete sacerdotes que levavam suas trombetas perante o Senhor saíram à
frente, tocando as trombetas. E a arca da aliança do Senhor ia atrás deles.
9 Os soldados armados marchavam à frente
dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e o restante dos soldados seguia a
arca. Durante todo esse tempo tocavam-se as trombetas.
10 Mas, Josué tinha ordenado ao povo:
"Não dêem o brado de guerra, não levantem a voz, não digam palavra alguma,
até ao dia em que eu lhes ordenar. Então vocês gritarão!".
A primeira batalha dos hebreus.
Jericó
era uma cidade forte
A área
ocupada pela cidade era de aproximadamente 32km e sua muralha tinha cerca de 9
metros de altura e 6 de espessura.
Josué havia ido ao pé de Jericó, como falamos
em nossa última aula, certamente refletiu sobre o que havia visto na terra de
Canaã quando fora enviado por Moisés e os outros nove espias quando oito deles
ficaram atemorizados com o poder do povo de Canaã, mas Josué confiou nas
promessas de Deus e que Ele garantiria a vitória. Mas agora Josué não é mais um
espia, ele é o líder da investida militar sobre os inimigos, talvez ao olhar
para a cidade percebia que existiam desafios superáveis, mas ao olhar para a grandeza
e resistência da muralha, com certeza em seu coração dizia serem elas
impossíveis para ele, com certeza questionava à Deus como faria para vencer as
muralhas.
Foi aí que aquele encontro glorioso com o
Senhor fez toda a diferença, pois não se sabe ao certo de onde Josué tirou a
estratégia de rodear os muros, mas tudo indica que foi do próprio Senhor
naquele encontro que o revelou a estratégia.
Assim é também em nossa vida, existem
promessas e objetivos nossos que inevitavelmente vamos enfrentar obstáculos,
existirão aqueles que diremos sermos capazes de passar por cima, porém
existirão outros como as muralhas de Jericó, somente Deus poderá nos ajudar a vencê-los.
O rei de Jericó não estava Brincando
Percebemos a seriedade com que o rei de Jericó
estava tratando a situação pela rapidez com que os espias foram descobertos na
casa da prostituta Raabe, não somente isso, mas pelo fato de enviar
imediatamente soldados para prendê-los. Raabe escondeu os espias e mentiu para
os soldados que foram atrás deles em uma direção fazendo uma busca intensa por
eles. Raabe desceu os espias pela muralha e os aconselhou a ficarem escondidos
por três dias, isso tudo nos revela o quanto o rei de Jericó estava armado
contra o povo de Israel, seu serviço de inteligência funcionou bem, se não fora
Raabe os espias teriam sido pegos, claro que sabemos que o Senhor estava no
controle de tudo, inclusive no que diz respeito a prostituta que haveria de se
tornar uma mulher importante na história da humanidade.
É muito
importante aprendermos as lições que nos são passadas nesta história, nosso
adversário não brinca e nunca irá facilitar as coisas para nós, mas precisamos
entender que Deus está no controle de tudo e que os seus caminhos e seus
pensamentos são sempre maiores do que os nossos (Is 55.8,9).
A estratégia de Deus para a batalha
em Jericó
Corte
dos suprimentos do inimigo.
Js 6.1 nos mostra que
ninguém saía ou entrava de Jericó, isso os fez ficarem, sem alimento, essa era
uma estratégia muito comum nas guerras, ao sitiar uma cidade e cortar seus
suprimentos certamente iria enfraquecer o inimigo.
Mais uma vez
temos uma lição poderosa para nossa vida espiritual, lembro-me muito bem de
quando era novo e minha dificuldade para comer, apanhei bastante de minha mãe e
das senhoras que cuidaram de mim na infância, sempre foi comum ouvir “Come se não você vai ficar doente”, “Come
se não você não cresce”, “Come, muitos gostariam de ter um prato de comida que
nem esse e não têm nada para comer”, de fato isso tudo tem um significado
espiritual.
Amós
8.11
“Estão
chegando os dias”, declara o Senhor o Soberano, “em que enviarei fome a toda
esta terra; não fome de comida nem sede de água, mas fome e sede de ouvir as
palavras do Senhor.
A lição que
este fato nos traz é simples e clara, o que Josué fez à Jericó o inimigo faz
conosco todos os dias, sempre nos cercando com um monte de coisas e impedindo-
nos de nos alimentarmos da Palavra de Deus. Mais uma vez as palavras que eu
ouvi ecoaram, mas agora nos nossos corações, se não nos alimentarmos, certamente
não seremos cristãos saldáveis, seremos fracos e qualquer coisa vai nos
derrubar, se não nos alimentarmos da Palavra, seremos sempre imaturos ou pior,
infantis na nossa vida espiritual, sempre nos comportando como crianças na fé,
e por fim, precisamos pensar muito nisso, muitos gostariam de ter a
oportunidade que temos de ter uma bíblia nas mãos, de poder lê-la, mas são
impedidos por vários motivos, ouvi outro dia um mulçumano dizer que Alá havia
dado a eles o livro que consideram sagrado, seria um pecado grosseiro não
lê-lo.
Ao sitiar a
cidade Josué tornou as muralhas em prisões para o povo de Jericó, talvez as
muralhas até aquele momento fossem o motivo de se sentirem fortes e superiores
aos possíveis inimigos, porém agora sofriam internamente pela separação do
mundo exterior. Defesa / Prisão.
Pv 18.19a diz que “ Um irmão ofendido é mais
inacessível do que uma cidade fortificada (murada)”.
Percebe-se
muito isso nas pessoas, principalmente aquelas que sofreram decepções em seus
relacionamentos, que foram ofendidas um dia, geralmente essas pessoas criam
sistemas de defesa para não mais sofrerem, então levantam muralhas que impedem
de possíveis inimigos entrem, mas sem perceber acabam se tornando prisioneiros
de suas defesas, claro que não nesta situação de Josué, mas tiramos dela uma
lição, precisamos de controle em quem acessa nossa vida e nosso coração, e não a
atitude de nos isolarmos dos nossos relacionamentos por conta das decepções do
passado. (Livro recomendado: “A isca de satanás – John Bevere”).
A espera de um milagre
Deus havia garantido a
vitória, mas o povo deveria obedecer e ser paciente para cumprir a estratégia,
seis dias deveriam rodear a cidade e no sétimo deveriam rodear sete vezes e no
fim tocar as buzinas e gritar. Ao pensar nesta cena imaginamos como ficou o
coração dos moradores de Jericó ao verem a procissão com a Arca, mas ao olhar
para esta cena percebo não apenas o tratar de Deus com Jericó, mas
principalmente com o povo de Israel, pois aquela batalha não era travada apenas
com os braços dos guerreiros, mas principalmente com a fé, a fé não é só
acreditarmos que vai dar tudo certo, mas a forma como vamos nos comportar ao
confiar em Deus, nossa obediência, nossa paz, nosso caminhar precisa continuar
firme, pois temos convicção de que “há tempo determinado para todas as coisas”
(Ec 3), inclusive para a vitória.
Lição da Revista CPAD para jovens, ano de 2020.
Lição da Revista CPAD para jovens, ano de 2020.
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