quarta-feira, 27 de maio de 2020

Estava lendo um livro e...



 O pecado é como o câncer, ele mata, mas antes disso gera sintomas muito fortes. Ao chegar em uma consulta e o médico constatar que há  um tumor, ele não irá mandar a pessoa pra casa com uma orientação de que a partir de agora ela precisa fazer coisas que se sinta bem, comer coisas que gosta ou coisas semelhantes para vencer uma doença que não pode ser combatida apenas com essas atitudes.
  Jesus não nos deixou enganados com relação ao pecado, nenhum médico deixaria de nos avisar da gravidade do problema, Jesus não  seria diferente, na maioria das vezes não gostamos de ser confrontados, ter nossos erros apontados, mas precisamos levar em consideração uma coisa, que não  é  fazendo o que mais gostamos ou tendo aquilo que nos faz sentir bem que podemos vencer esse "tumor" que quer nos matar.
  Somente Ele (Jesus) pode fazer essa operação em nossa vida e remover o pecado que como um tumor tem matado muita gente, uns de forma lenta e dolorosa, outros instantaneamente.
  Não se engane, não se deixe levar pelas alegrias dessa vida, quando Jesus remove nossos pecados temos qualidade de vida nessa terra e mais, certeza de que teremos alegria eterna com o Pai.
  O que uma pessoa com um tumor mais quer na vida???
  Creio que ela entende a seriedade da coisa e por isso, o que ela mais deseja é  ser curada, é ter esse tumor removido. A bíblia é  tão clara quanto ao pecado, quanto ao resultado do pecado, será  que temos tanta vontade de vencer o pecado quanto temos para vencer uma doença?
  Isso talvez revele o quanto estamos vivendo apenas para essa vida é não para o porvir.
  1 João 2:1 Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
  Todos nós estamos sujeitos a pecar assim como estamos sujeitos a ter câncer, mas em todos os casos temos algo em comum, não queremos sentir os sintomas nem morrer por causa deles, por isso podemos hoje buscar em Jesus nosso advogado, perdão e cura para nossas almas.
  Receita: Clame o nome Dele, confesse seus pecados, leia e pratique sua palavra, certamente vencerás o pecado e será feliz, nessa vida e no porvir.

    (Pensamento tirado do livro Kripitonita de Jonh Bevere)

Os gibeonitas enganam Josué




 Texto de referência - Js 9.1-6; 15,16

 1 E souberam disso todos os reis que viviam a oeste do Jordão, nas montanhas, na Sefelá e em todo o litoral do mar Grande até o Líbano. Eram os reis dos hititas, dos amorreus, dos cananeus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.
 2 Eles se ajuntaram para guerrear contra Josué, contra Israel.
 3 Contudo, quando os habitantes de Gibeom souberam o que Josué tinha feito com Jericó e Ai,
 4 recorreram a um ardil. Enviaram uma delegação, com jumentos carregados de sacos gastos e vasilhas de couro velhas, rachadas e remendadas.
 5 Os homens calçavam sandálias gastas e remendadas e vestiam roupas velhas. Todos os pães do suprimento deles estavam secos e esmigalhados.
 6 Foram a Josué, ao acampamento de Gilgal, e disseram a ele e aos homens de Israel: "Viemos de uma terra distante. Queremos que façam um acordo conosco".
 15 Então Josué fez um acordo de paz com eles, garantindo poupar-lhes a vida, e os líderes da comunidade o ratificaram com juramento.
 16 Três dias depois de fazerem o acordo com os gibeonitas, os israelitas souberam que eram vizinhos e que viviam perto deles.

  Após as vitórias de Israel sobre Jericó e Ai, os povos cananeus ficaram alarmados e preocupados em serem os próximos dizimados da terra, com isso buscaram estratégias para lutar, esta lição vai nos mostrar que o inimigo é sagaz e vai usar de muitos meios para não perder. Mais uma vez nossa lição vai nos ajudar a abrir a mente para não cometermos os mesmos erros e sofrer consequências semelhantes.

  Os inimigos se unem contra Israel
  Israel estavam agora vivendo um momento muito bom, a confiança estava em alta, estavam super-otimistas e com isso menos atento também, dois inimigos foram vencidos, muito mais ainda iriam enfrentar e eles não se renderiam tão fácil, alguns iriam aproveitar o momento “pós-vitória”, pode parecer estranho, mas isso é uma realidade até hoje.
  A cantora Ludimila Ferber canta o louvor “Nunca pare de lutar” e na letra desse louvor tem uma parte que diz:
  “cansaço, desânimo, logo após uma vitória, a mistura de um desgaste com um contra ataque do mal”.
  Fala de um momento de fraqueza após uma grande vitória, no caso do louvor temos o cansaço e o desânimo, no caso de Israel após a vitória sobre Ai, temos a imprudência, eles não estavam fracos fisicamente ou mentalmente, mas sim no discernimento, estavam prestes a agir imprudentemente.
  Hititas, amorreus, cananeus, ferezeus, heveus e jebuseus se uniram para guerrear contra Josué e Israel, estes povos que constantemente viviam em guerra entre si entenderam que não poderiam lutar contra Israel se estivessem sozinhos, entenderam que a causa era maior que suas diferenças e que por ela valeria estarem unidos, repensaram suas divergências, romperam preconceitos, esqueceram diferenças, perdoaram mágoas e assim fizeram uma grande aliança.
  Jesus disse que os filhos das trevas são mais prudentes do que os filhos da luz (Lc 16.8), não é a primeira vez que isso acontece, e é muito importante nós entendermos como igreja, corpo de Cristo o poder da unidade.
  
Gênesis 11:5 O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.
 6 E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer.
 7 Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros". 
 8 Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade.

   O Senhor disse, “eles são um só povo, e falam uma só língua, o que começaram a construir isso, nada poderá impedi-los o que planejam”. Em Babel temos um ajuntamento de pessoas por uma causa que não glorificava a Deus, mas essa regra serve para nós e ela está bem clara na Bíblia para nós quando a igreja recebeu o poder do alto e foram cheios do Espírito Santo.

  
Atos dos Apóstolos 2:42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
 43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 
 44 Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.
 45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. 
 46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, 
 47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.

  Só que em Atos não temos uma unidade que tem como propósito se rebelar contra Deus, pelo contrário, temos um corpo que revelava Deus a partir da comunhão que viviam, é muito forte saber que na igreja independente de suas variadas diferenças tinham tudo em comum, precisamos entender que este era o desejo do Senhor Jesus.

  Jo 7.21 – “Para que todos sejam um, como Tu ó Pai, o és em mim e eu em Ti; que eles também sejam um em nós, PARA QUE O MUNDO CREIA QUE TU ME ENVIASTE.”

  Paulo fala sobre o problema da divisão na igreja, muitos podem ser os argumentos que defendam uma divisão, mas ela sempre será prejudicial para a igreja, somos todos membros do corpo de Cristo, temos nossas diferenças, mas isso não significa que temos um problema, o corpo só pode funcionar bem por conta das propriedades particulares de cada parte, um braço fora do corpo é inútil e está fadado a apodrecer, mas quando ligado ao corpo tem utilidade e vida.
  Em 1Co 1.10-17 Paulo fala dos danos causados a igreja de Corinto por conta das facções que se formaram dentro dela, Paulo é duro em suas Palavras e as torna mais amargas em 1Co 3.1-4, chama os irmãos de Corinto de carnais, crianças, invejosos e mundanos por conta dessas divisões, se somos corpo e Cristo é o cabeça, como o mundo poderá contemplar o Senhor se Ele subiu ao céu? Será que o mundo pode reconhecer Cristo olhando para nós igreja como corpo hoje? Ou o que se pode contemplar da igreja atual são divisões, políticas, ideológicas, denominacionais e etc. Acho que está na hora de repensarmos o nosso cristianismo, pois nas muitas manifestações de que partido, ideologia ou até mesmo do líder espiritual que escolho “seguir” posso estar com isso esvaziando a cruz de Cristo (1Co 1.17b).

  A astúcia dos gibeonitas.
  Os Gibeonitas usaram de astúcia contra Josué e Israel, foram diante de Josué vestidos como se fossem pobres homens, vestes surradas, sapatos remendados pães secos e bolorentos, queriam apelar para a bondade de Josué e conseguiram, o inimigo da nossa alma usa a mesma estratégia ao nos enganar sobre o que devemos ou não fazer, nossa última lição destacou o erro de Josué em tomar decisões sem consultar à Deus, nesta ocasião com os gibeonitas ele repetiria o erro.
  Eu aprendo com esse fato que precisamos ter o coração aberto para ajudar as pessoas necessitadas, o amor sem atitudes de amor não passa de poesia cantada por pessoas que já morreram, podemos ouvi-lo, mas não podemos sentir, com Josué aprendo que até mesmo na hora de fazer boa ação preciso estar de acordo com a vontade de Deus, não no fato de alimentar o faminto ou coisas semelhantes, mas ao fazer alianças, que não venhamos cair neste engano, satanás é o pai da mentira e às vezes pode apelar até para nosso lado bom para poder entrar e fazer arruaça em nossas vidas.
  Após fazer aliança com os gibeonitas sem saber que faziam parte dos povos inimigos, três dias se passaram até que a verdade veio a tona, o povo se levantou a reclamar desta aliança que foi feita no nome do Senhor e Josué mais uma vez reuniu os representantes das tribos para tomarem uma séria decisão sobre o que seria feito com os gibeonitas. Eles faziam parte do povo inimigo, mas uma aliança foi feita no nome do Senhor e agora devia ser honrada, decidiram que os gibeonitas não seriam atacados na guerra, mas seriam escravos do povo, tendo responsabilidade por alguns trabalhos específicos.
  Talvez você se pergunte, por que Josué não acabou com aqueles homens e todos os gibeonitas já que mentiram? Eles mentiram, é característica de quem não tem o Deus verdadeiro como Senhor de suas vidas, mas desde o Antigo Testamento o servo de Deus deveria honrar com sua palavra e que Deus não tem prazer naquele que faz uma aliança e não cumpre, Jesus nos ensinou que nossa palavra deve ser sim, sim e não, não,  o que passar disso é de procedência maligna (Mt 5.37), que não devemos fazer um voto se não estamos dispostos a cumpri-lo (Ec 5.5), tem sido muito comum em nossos dias os homens desonrarem a Deus ao não cumprirem seus votos,  ao não serem fiéis as alianças que fizeram diante do altar.
  Queria falar de pelo menos duas situações em que fazemos aliança,  primeiro no dia do nosso casamento, depois no dia que descemos às águas batismais, em ambas as situações  dizemos sim e devemos honrar com essa aliança, o fato é  que em nossos dias as pessoas tem dito não  para as responsabilidades que assumiram diante de Deus.
  Que possamos dizer sim para o Senhor, sim para o chamado de Deus para nossas vidas, sim para a oração é leitura da palavra. Volte a dizer sim e viva uma vida abundante na presença  de Deus.
  Deus te abençoe!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Milagres em meio a crise.







   2 Reis 3:9 Então o rei de Israel partiu com os reis de Judá e de Edom. Depois de uma marcha de sete dias, já havia acabado a água para os homens e para os animais.
  10 Exclamou, então, o rei de Israel: "E agora? Será que o Senhor ajuntou a nós, os três reis, para nos entregar nas mãos de Moabe? "
  11 Mas Josafá perguntou: "Será que não há aqui profeta do Senhor, para que possamos consultar o Senhor por meio dele? " Um conselheiro do rei de Israel respondeu: "Eliseu, filho de Safate, está aqui. Ele era auxiliar de Elias".
  12 Josafá prosseguiu: "A palavra do Senhor está com ele". Então o rei de Israel, Josafá e o rei de Edom foram falar com ele.
  13 Eliseu disse ao rei de Israel: "Nada tenho a ver com você. Vá consultar os profetas de seu pai e de sua mãe". Mas o rei de Israel insistiu: "Não, pois foi o Senhor que ajuntou a nós, estes três reis, para entregar-nos nas mãos de Moabe".
  14 Então Eliseu disse: "Juro pelo nome do Senhor dos Exércitos, a quem sirvo, que se não fosse por respeito a Josafá, rei de Judá, eu não olharia para você nem mesmo lhe daria atenção.
  15 Mas agora tragam-me um harpista". Enquanto o harpista estava tocando, o poder do Senhor veio sobre Eliseu.

  Toda revelação divinamente inspirada serve para nos corrigir, instruir, direcionar principalmente em tempos de crise, esses são os momentos que devemos recorrer às Escrituras a fim de encontrar nelas conselhos seguros.
  Ao ler este texto vejo o quanto a cegueira como a precipitação podem ser danosas para nossas vidas e para quem nos segue. Temos três personagens principais nesta história, Jorão rei de Israel (filho de Acabe), Josafá rei de Judá e o profeta Eliseu. Jorão se propôs fazer guerra contra os moabitas e convidou Josafá para acompanhá-lo, até então não vemos nenhum problema nisso, vemos união por uma causa, mas precisamos saber se essa causa é justa diante de Deus.
  Acabe foi um rei que deixou um legado muito negativo para a nação de Israel e principalmente ao seu filho Jorão que seguiu o mesmo caminho de erros de se pai, Deus não estava com ele em suas empreitadas, isso era ruim para toda a nação, mas poderia ficar pior, pois não somente Israel estava caminhando de acordo com os propósitos de Jorão, Josafá estava sendo chamado mais uma vez para caminhar junto ao infiel e isso o traria consequências desastrosas.
  Josafá tinha uma aliança com Acabe no passado, e em uma situação muito semelhante Acabe o chamou para acompanhá-lo em uma batalha, Josafá aceitou ir junto, mas acrescentou algo para que pudesse ir.
   1Rs 22.5 - Mas acrescentou: “Peço-te que busque primeiro o conselho do Senhor.”
  Josafá demonstra um temor muito grande por Deus e que não está disposto a fazer nada sem a direção do Senhor quando é chamado por Acabe, mas ao ser chamado por Jorão não vemos a mesma atitude de Josafá, certamente isso o levaria por um caminho de perdição, ao ser chamado para a guerra por Jorão, Josafá disse:
  2Rs 3.8 - “Por qual caminho atacaremos?”.
  Seguir nosso caminho sem consultarmos a Deus é muito perigoso. E por que não dizer fatal? Acabe morreu na ocasião, pois o profeta havia dito que se fosse à guerra certamente não retornaria com vida, Acabe até tentou se disfarçar, tirou suas vestes reais e ficou no meio dos soldados, uma só flecha foi lançada pelo exército inimigo na ocasião e foi a que acertou acabe por entre a brecha de sua armadura.
  Como ficou claro que precisamos tomar esse cuidado de não fazer as coisas sem consultar a Deus e sem nos precipitarmos, era de se esperar que um erro assim não mais se repetisse, tanto nas histórias bíblicas que viriam após o fato, como na nossa vida após lermos a história, nisso vemos como o pecado age nas nossas vidas, não é por falta de informação das consequências que se repete esses erros, mas por pura rebeldia e precipitação.
  Jorão então partiu para a batalha junto com Josafá e o rei de Edom, três reis seguiam um caminho com seus exércitos contra Moabe sem o favor de Deus.
  Esses três reis marcharam no deserto com seus exércitos por sete dias e nada de encontrar os moabitas, a água havia acabado e tanto os soldados como os animais começaram a cair, então Jorão solta a primeira “pérola”:
  2Rs 3. 10 - “E agora? Será que o Senhor ajuntou a nós, os três reis, para nos entregar nas mãos de Moabe?”.
  Jorão estava cometendo um erro muito comum em nossos dias, quando responsabilizamos à Deus pelos nossos erros. Isso começou no Éden quando Adão lança sobre Deus a culpa de haver pecado, Adão disse que foi a mulher que Deus deu que o fez pecar.
  Josué cometeu este erro quando sofreram uma derrota ao lutar contra a cidade de Ai, Acã havia tomado para si e escondido em sua tenda algumas coisas que Deus considerava malditas, Josué não teve a mesma preocupação de santificar o povo antes de lutar como fizeram contra Jericó e acabou sofrendo essa derrota, quando isso aconteceu Josué disse:
  Js 7.7 - “Ah Soberano Senhor, por que fizeste este povo atravessar o Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir? Antes nos contentássemos viver do outro lado do Jordão!
  Talvez seja difícil de aceitar um homem como Josué cometendo um erro grosseiro como este, claro que a situação era bem diferente da situação de Jorão, porém precisamos entender o quanto o pecado é danoso e que não adianta contar com Deus e responsabilizá-lo lá na frente quando as coisas começarem a dar errado, quando desprezamos totalmente seu conselho e direção no início de nossa empreitada. Isso serve para tudo o que fazemos na vida, para a construção dos nossos relacionamentos, estudos, vida profissional, não são poucos os casos daqueles que se deixam levar pela empolgação, emoção e precipitação, e quando tudo dá errado responsabilizam a Deus pelos seus fracassos.
 (2Rs 6.24-33) -  Isso também aconteceu em um outro momento quando Samaria, capital do Reino do Norte (Israel) estava cercada e havia fome na cidade, a ponto de uma mãe estar preparando seu filho para comer (canibalismo), o rei nesta ocasião disse:

 2Rs 6.33 - “Essa desgraça vem do Senhor. Por que devo ainda ter esperança no Senhor?”.
  É muito difícil digerir essas palavras quando conhecemos o contexto da vida de quem as está usando, no caso de Josué, ele não sabia sobre o pecado de Acã e ainda assim foi um erro, mas o rei de Israel é descarado e por isso eu digo que a Palavra serve para nos corrigir, para nos repreender e nos direcionar com seus conselhos, ao ler essas histórias e refletir nestes versículos, eu não só penso nos personagens da história, eu penso em mim, se por acaso não estou cometendo os mesmos erros, se não estou sendo rebelde ou precipitado nas coisas que faço, se não estou me deixando levar pelas amizades e alianças que não me edificam e não me acrescentam nada da parte de Deus, são exemplos de relacionamentos iniciados sem a aprovação de Deus, são as comidas que prejudicam a saúde, são as bebedeiras que trazem vários prejuízos.
  Lendo sobre o que aconteceu com Acabe, vejo uma diferença com relação ao que aconteceu com Jorão, Jorão não recebeu uma mensagem de um profeta dizendo “não faça”, ainda que ele mesmo não tenha procurado, mas Acabe, este ouviu da boca do profeta e este foi, achou que seu disfarce o salvaria, este tentou à Deus e pagou um preço alto por isso, Acabe é o tipo de gente que Deus fala expressamente “não faça” e a pessoa vai lá e faz, é triste quando estamos com pessoas que tentaram a Deus e ouvimos suas histórias, geralmente são pessoas que Deus falou quando ainda eram jovens, o preço sempre é muito alto.
  Mas nem todos os casos são como o de Acabe, às vezes temos casos como o de Jorão, nunca se preocupou em consultar a Deus e também não recebeu uma ordem expressa sobre algo que não deve fazer, mas no meio do caminho a colheita sempre chega, e é aqui neste lugar que chegamos que temos a chance de colocar a “mão na consciência” e buscar a direção de Deus, mesmo depois de já termos caminhado muito tempo sem um rumo certo na vida.  Josafá antes tarde do que nunca diz:
  2Rs 3.11 - “Será que não há aqui profeta do Senhor, para que possamos consultar o Senhor por meio dele?”.
  Antes tarde do que nunca chegamos a mesma conclusão de que, somente o Senhor para nos tirar das enrascada que nos colocamos, o detalhe é que, entramos em algumas enrascadas com nossos próprios pés, mas se não for o Senhor para nos tirar delas, certamente morreremos nelas, algumas nos matam lentamente. Enquanto o “sem - noção” do Jorão está culpando Deus pelo fracasso, tem um Josafá acreditando que ainda dá para buscar de Deus uma solução.
  No tempo da crise nos dividimos entre esses três tipos de gente, uns questionam e culpam a Deus, outros se aproximam dele apelando para sua misericórdia e outros como o profeta, nunca se movimentam sem ter Deus como seu guia. Naquele deserto temos soldados caindo, animais caindo, reis caindo sem água, mas naquele mesmo deserto tem um profeta buscando a Deus, ou seja, o lugar é o mesmo para todos, mas uns morrem, outros se aproximam de Deus e outros ainda, nunca estiveram longe do Pai.
  A figura do profeta Eliseu neste contexto da história deve ser um exemplo a ser seguido por nós, como enfrentar nossos desertos, como deve estar nossa vida espiritual neste momento e emocional, Eliseu estava se fortalecendo em Deus no lugar em que exércitos estavam morrendo, como isso é incrível!!!
  O caminho que Jorão, Josafá e o rei de Edom estava caminhando facilitava muito o trabalho dos Moabitas, na nossa vida não é diferente, facilitamos para o inimigo da nossa alma quando assumimos nossa independência de Deus, nossa obstinação e teimosia se tornam inimigos tão fatais quanto o diabo.
  Ao chegarem onde o profeta estava, Jorão assumiu a frente e falou mais uma vez ao profeta que Deus havia levado os três reis com seus exércitos para os entregar nas mãos dos Moabitas, mas antes que este falasse, legal foram as palavras de Eliseu.

  2Reis 3:13 Mas Eliseu disse ao rei de Israel: Que tenho eu contigo? Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de tua mãe. Porém o rei de Israel lhe disse: Não, porque o SENHOR chamou a estes três reis para entregá-los nas mãos dos moabitas.
  Eliseu sabia bem que tipo de pessoa Jorão era, mas a vida de temor a Deus de Josafá iria fazer toda diferença agora, apesar de ter cometido um grande erro, valorizava toda direção vinda de Deus e estava disposto a buscá-la agora. Mesmo assim não seria fácil entender os planos de Deus na crise em que se encontravam, é preciso ter muita sensibilidade a Deus para entender os seus desígnios, o que o povo carecia era água, estavam fracos e sedentos, o profeta então pede algo que surpreende todos, inclusive nós que lemos a história bíblica.
  2 Reis 3:15 Mas agora tragam-me um harpista". Enquanto o harpista estava tocando, o poder do Senhor veio sobre Eliseu, 16 e ele disse: "Assim diz o Senhor: Cavem muitas cisternas neste vale.
  Eu fico imaginando como foi a reação dos reis e dos soldados após o profeta pedir um músico, alguém que tocasse harpa, fico pensando no que passava pela cabeça dos homens, “Esse profeta é louco? Estamos precisando de água e ele quer alguém para tocar harpa?”, outro talvez diria que “música não vai saciar nossa sede, não resolve nossos problemas”. Por isso precisamos ter sensibilidade, o problema daqueles três exércitos não era falta de água, era falta da presença de Deus, Eliseu sabia isso, e também sabia que adorar o nome do Senhor é uma das formas que temos para atraí-lo, Eliseu não gritou, apenas usou o som daquela harpa para entrar na presença de Deus e algo glorioso aconteceu, “O poder veio sobre Eliseu”, em outras traduções diz que a “mão do Senhor veio sobre ele”.
  Este é o segredo de como devemos viver na crise, o deserto não é um lugar de morte para quem adora a Deus, para quem consegue atraí-lo, não precisamos de gritos, de palavras bonitas, só precisamos de completa entrega, em espírito e em verdade.

  2 Reis 3:16 E disse: Assim diz o SENHOR: Fazei neste vale muitas covas.
  17 Porque assim diz o SENHOR: Não vereis vento, e não vereis chuva; todavia este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós, o vosso gado e os vossos animais.
  18 E ainda isto é pouco aos olhos do SENHOR; também entregará ele os moabitas nas vossas mãos.

  Pedir um harpista já era algo muito incomum para aquele momento não acha? Agora Eliseu pede para os soldados que estavam nas suas últimas forças para cavarem covas no meio do deserto, mais uma vez fico a pensar no que se passava na cabeça daqueles homens, talvez pensavam “Pronto, viemos pedir ajuda ao profeta, agora ele quer que cavemos nossas próprias covas”. Confesso que é até engraçado de se pensar nestas cenas, mas os homens fizeram o que o profeta disse, e da forma como ele falou, sem vento e nem chuva aquelas covas se encheram de água.
  Deus deu o livramento no meio do deserto, os homens puderam beber daquela água e também dar aos seus animais, mas não acaba aí, Deus deu a estratégia, eles não teriam muito esforço para vencer os moabitas, saíram de cena e quando os moabitas chegaram naquele lugar Deus havia transformado o cenário, transformou as águas vermelhas como o sangue e quando chegaram, isso os fez pensar que os três reis feriram uns aos outros e estavam indefesos ao ataque deles, mas ao chegarem no arraial de Israel foram atacados pelos exércitos e vencidos na batalha.

  Essa história realmente é fascinante, inspiradora. Que ela nos sirva sempre de orientação da parte de Deus, de que não vale a pena dar nem mesmo um passo sem que estejamos certos de que é a vontade de Deus e que Ele está conosco. Não sei em que estágio você está em sua vida, se tomando decisões ou no calor de um deserto cheio de desesperança e culpando a Deus pelos seus fracassos, esse texto foi uma revelação de Deus para te convidar a ser como o profeta Eliseu, nessa crise onde muitos estão perecendo você pode se tornar mais íntimo de Deus, pode atravessar esse deserto, não com derrotas para contar, mas com experiências de milagres vividos em meio a uma vida completamente entregue a adoração.
Pense nisso!!!
Deus te abençoe!!!




sábado, 23 de maio de 2020




A batalha contra Ai

Js 7.1-11
Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel.

Sucedeu que Josué enviou homens de Jericó a Ai, que fica perto de Bete-Áven, a leste de Betel, e ordenou-lhes: "Subam e espionem a região". Os homens subiram e espionaram Ai.

Quando voltaram a Josué, disseram: "Não é preciso que todos avancem contra Ai. Envie uns dois ou três mil homens para atacá-la. Não canse todo o exército, pois eles são poucos".

Por isso cerca de três mil homens atacaram a cidade; mas os homens de Ai os puseram em fuga,
chegando a matar trinta e seis deles. Eles perseguiram os israelitas desde a porta da cidade até Sebarim, e os feriram na descida. Diante disso o povo desanimou-se completamente.

Então Josué, com as autoridades de Israel, rasgou as vestes, prostrou-se, rosto em terra, diante da arca do Senhor, cobrindo de terra a cabeça, e ali permaneceu até à tarde.

Disse então Josué: "Ah, Soberano Senhor, por que fizeste este povo atravessar o Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir? Antes nos contentássemos em continuar no outro lado do Jordão!

Que poderei dizer, Senhor, agora que Israel foi derrotado por seus inimigos?
Os cananeus e os demais habitantes desta terra saberão disso, nos cercarão e eliminarão o nosso nome da terra. Que farás, então, pelo teu grande nome? "
O Senhor disse a Josué: "Levante-se! Por que você está aí prostrado?

Israel pecou. Violaram a aliança que eu lhes ordenei. Eles se apossaram de coisas consagradas, roubaram-nas, esconderam-nas, e as colocaram junto de seus bens.

  Nesta lição iremos estudar tanto a derrota, como a restauração e vitória de Israel contra a cidade de Ai. Israel havia vencido Jericó e agora estava caminhando em direção a cidade de Ai, mais uma vez Josué usaria espias para trazerem relatório do lugar que atacariam em breve, Josué estava prestes a cometer alguns erros que custariam um preço muito caro para a nação de Israel.

O perigo do pecado (Acã)
Deus havia garantido vitória a Josué antes mesmo de atravessarem o Jordão, isso era algo que estava no coração daquele líder desde o dia que foi enviado como espia por Moisés, mas ao atravessar o Jordão Josué quis responder ao favor de Deus com uma atitude que identificaria a nação de Israel como sendo povo de Deus, Josué chamou o povo à santificação, pois Deus faria maravilhas no meio deles (Js 3.5) e de fato isso aconteceu, mas ao tomarem Jericó Acã tomou para si e escondeu alguns utensílios que haviam sido proibidos, sendo eles maldição para o povo caso alguém os tomasse.
  Acã tomou para si e escondeu, acreditou que por ser um segredo não haveria problemas ou consequências. Todo pecado vai gerar consequências negativas em nossas vidas, sendo a pior delas a morte e condenação, os pecados que mais pesam em Acã geralmente são os pecados que pesam em nossa vida, a desobediência e a hipocrisia, Deus não se surpreende quando pecamos, Ele é misericordioso e está sempre pronto a nos perdoar, pois sabe que nosso coração é mau e inclinado ao pecado, então após a desobediência deveríamos mostrar arrependimento, mas Acã escondeu seu pecado e agiu como se não tivesse nada de errado.
  Quando os espias foram enviados por Moisés, oito não acreditavam ser possível conquistar a terra, mas Josué e Calebe rasgaram suas vestes e expressaram confiança na promessa de Deus, Josué disse que só bastava “o Senhor se agradar de Israel” e “não serem rebeldes diante de Deus” (Nm 14.6-9), Acã desagradou ao Senhor fazendo ao contrário do que foi estabelecido, se rebelou contra a vontade de Deus e por conta disso Deus se irou com o povo (Js 7.1).
  Deus se mostra justo contra o pecado, da mesma forma que trouxe juízo aos cananeus por conta dos seus pecados, estava agora tratando a mesma altura com seu povo, é importante destacarmos isso, pois Israel precisa entender que Deus não tem dois pesos e duas medidas quanto ao pecado, não tem filhos prediletos que passará a mão na cabeça quando errarem, todo pecado gera consequências e a restauração só pode vir por meio de arrependimento e confissão.

1 Jo 1.9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.

  Lembro-me de uma pregação do Pr Luciano Subirá que falava “Quando Deus se torna inimigo”, nesta pregação ele usa o exemplo do povo de Israel que estava sendo alvo dos ataques de Balaque, este havia contratado Balaão para amaldiçoar o povo, mas as maldições não caíam sobre o povo de Israel, pois Deus os guardava, mas Balaão encontrou uma forma de Israel perder o favor e proteção de Deus, enviariam mulheres moabitas e com elas o povo pecaria, assim conseguiram uma brecha contra Israel (Nm 25). Com Acã não foi diferente, sua desobediência e sua hipocrisia trouxe a ira de Deus sobre o povo e fez com que naquele momento Israel não pudesse contar com seu favor, logo o tamanho do exército de Ai não importava, Israel perderia a batalha por conta do pecado.
  Podemos viver o autoengano se não considerarmos nossos pecados como o maior de nossos inimigos, aquele que nos faz perder nossas guerras, sejam elas grandes ou pequenas, Josué acreditou que a vitória contra Ai seria fácil por conta da expressão de sua força comparada a Jericó, mas não tinha conhecimento de que qualquer exército é poderoso quando lutamos em pecado, Israel enviou 3000 soldados nessa feita e perdeu 36 e podemos entender que a perda poderia ser ainda maior.
  No autoengano ignoramos até o que Deus fala, lembra-se de Pedro quando Jesus falou que ele o negaria três vezes? Pedro não aceitou as palavras de Jesus (Mt 26.31-35), às vezes estamos tão autoconfiantes que não consideramos nem as palavras de Deus, Acã cometeu um grande erro e Josué estava indo por um caminho que traria consequências terríveis, o mesmo caminho escolhido por Sansão no futuro, estava tão confiante que poderia continuar usando sua força mesmo cometendo tantos erros, sem perceber foi-lhe tirado seu cabelo, sinal do pacto de nazireado e quando tentou se levantar para ser vitorioso mais uma vez, foi vencido (Jz 16).

  Aplicação: Às vezes estamos como Josué diante de Jericó, cheios de fé em Deus diante de uma muralha maior do que podemos superar e superamos, mas as vezes estamos como Josué diante da cidade de Ai, uma cidade pequena e sem muita expressão de resistência, e problemas menores acabam nos tornando derrotados, às vezes responsabilizamos à Deus por essas derrotas, mas as palavras de Jeremias no Livro das Lamentações são as verdade em que precisamos nos apegar nestas derrotas, “De que se queixa o homem? Se queixa dos seus próprios pecados” (Lm 3.39).


  Nós corremos um risco muito grande quando cometemos o erro de Israel, ao se acharem extremamente autoconfiantes, também estavam subestimando o inimigo e se auto enganando, é uma armadilha formidável do inimigo das nossas almas, por isso Jesus nos ensinou que devemos ser humildes, até mesmo na hora de considerarmos nosso inimigo, nossa confiança deve sempre estar posta em Deus, seja contra adversários fortes ou aparentemente fracos.
  O povo diante daquela derrota estava agora tomado pelo medo, mas Deus trouxe ânimo a Josué ao mostrar como obteriam novamente vitória contra o inimigo.

“Antes de lutarmos contra os inimigos externos, precisamos tratar do inimigo interno, o pecado.”

  O caminho da restauração, a vitória contra Ai.
  Deus deu uma estratégia diferente para lutar contra Ai, isso nos deixa claro que nas batalhas que vivemos na vida sempre precisaremos de direcionamento de Deus, os princípios que devemos guardar são sempre os mesmos, porém na luta precisamos de sabedoria, pois nossas ações possivelmente serão diferentes. Contra Jericó agiram de uma forma, já contra Ai agiram de outra. No dia da batalha contra os Amalequitas, Moisés ficou com suas mãos erguidas segurando seu cajado, Arão e Hur o ajudaram a permanecer com as mãos erguidas (Ex 17.8-16), com Josué foi semelhante, este ficou com sua lança nas mãos erguidas até que venceram completamente Ai (Js 8.26).

  Este é o caminho da vitória, resolver o pecado em nós, assim nos tornamos imbatíveis, isso me faz lembrar o livro Kripitonita de Jonh Bevere, fazendo referencia ao Super- Homem, pois este era forte, mas aquela pedra o tornava fraco, mortal, assim é o pecado em nossas vidas, ele nos mata espiritualmente e nos torna homens carnais e fracos diante do nosso adversário, ao vencer o pecado em nós estamos no caminho certo para as vitórias em nossa vida.



domingo, 17 de maio de 2020

A des-graça de Lameque, o perigo do autoengano.

  "Se Caim é vingado sete vezes, Lameque o será setenta e sete" (Lameque)

  Estes dias tenho pensado muito sobre o tema “Minha vida antes e depois de Cristo” e muitas coisas me vieram ao coração, inclusive essa questão do autoengano, o que pra mim é perigosíssimo podendo levar uma pessoa ao inferno crente que está indo para o céu.
  Talvez um dos grandes males causadores desse autoengano seria o relativismo que tomou conta da consciência da nossa geração, onde não são considerados alguns pecados como pecado que nos excluem da graça de Deus e talvez isso seja resultado da carência bíblica e consequentemente de transformação da mente do indivíduo que pensa ter vivido este momento decisivo em sua vida, esse antes e depois de Cristo, mas que na verdade nunca deixou de viver escravo do pecado.
  Uma vez estudando sobre o Fruto do Espírito, mas falando especificamente da paz, entendi que essa paz se trata de uma vida consciente de que não somos mais inimigos de Deus, mas filhos, que antes éramos filhos da ira e que o juízo eminente não nos permitiria ter paz independente da vida que tivéssemos, a paz não é fruto de uma vida sem problemas financeiros ou de saúde, mas se trata de uma mente transformada e uma consciência de que há uma eternidade na presença de Deus para nós. Porém há outras características que entendemos ser Fruto de uma vida que agora (após esse encontro com Deus) tem o Espírito Santo, nós vamos viver livres do domínio da carne que outrora nos levava a fazer todo tipo de maldade, a santidade é obra do Espírito Santo na vida de quem teve esse encontro que dividiu sua vida em dois momentos, aC e dC.
  Ao ler o Livro de Genesis vejo a história de Caim, matou seu irmão Abel, recebeu de Deus um sinal da graça, mas rejeitou esse favor ao fugir da presença de Deus. Caim levou seus descendentes por um caminho de rebeldia contra Deus, pois seus filhos cresceram sem um referencial que os ensinasse os princípios e valores estabelecidos por Deus, percebemos claramente como os padrões estabelecidos por Deus foram se modificando nas gerações que se seguiram na família de Caim.
  Já parou pra pensar no favor imerecido que Deus concedeu a Caim?
  Ele havia matado seu irmão, certamente o que ele merecia era a morte, seria uma balança justa e ele entendia isso, disse que “qualquer um que o encontrasse o mataria”, mas Deus disse que não seria assim, pois Ele mesmo colocaria uma marca de identificação em Caim e qualquer um que matasse Caim seria vingado por Deus sete vezes (Gn 4.15), Deus estava dando pra Caim uma segunda chance, mas Caim fugiu da presença de Deus carregando consigo aquela marca. Tenho certeza que foi preciso sempre explicar sobre aquela marca aos seus descendentes e quem sabe ela tenha sido mal entendida, quem sabe seus descendentes interpretaram erradamente o significado da marca que um dia Deus colocara em Caim, vamos entender o motivo.
  As palavras de Lameque me causam espanto, pois elas representam com força a expressão de alguém que entendeu errado a graça uma vez oferecida a Caim, uma graça que não foi aproveitada e nem desfrutada.
  Lameque representa um perfil com comportamentos egocêntricos em dois sentidos, tomou para si duas mulheres quando o padrão que Deus havia estabelecido para o casamento não era dessa forma, “serão os dois uma só carne”, não três,  não somente isso, também matou um homem e um menino por o terem ferido, a forma como o texto está descrito para nós mostra como estava a consciência de Lameque, ele estava certo de que a mesma proteção um dia oferecida a Caim seria agora oferecida a ele.
  Não podemos deixar de considerar que Lameque podia estar se referindo a vingança que seus filhos poderiam trazer se algo lhe acontecesse, mas ao fazer referência a Caim entendemos que está fazendo referência ao que Deus falou sobre aqueles que por acaso viessem buscar vingança matando Caim após ter assassinado seu irmão, Lameque estava convicto de que seria vingado também por assassinar aquelas duas pessoas.
  Vejo tantas pessoas e às vezes nós mesmos convictos de que podemos fazer de nossas vidas o que bem entendemos e que mesmo assim Deus sempre vai relevar nossos atos, o que coloca Deus em uma situação muito difícil, considerando que o assassino usou uma balança extremamente injusta, foi ferido e matou duas pessoas e ainda acredita que está coberto por uma proteção até maior que a de Caim. Isso se chama autoengano.

  No autoengano usamos uma balança injusta.
  Esse é um dos problemas recorrente do autoengano, nós não pesamos nossos atos na balança de Deus, mas na nossa. Deus diz em sua Palavra que todos os nossos atos de justiça são como trapos de imundícia (Is 64.6). Naturalmente nossa consciência é tranquila quanto a determinados pecados, somente uma transformação em nossa mente nos fará enxergar com olhos espirituais e considerar o pecado como sendo pecado.

  Relativismo.
  Nossa geração pós- moderna caiu em um laço terrível que chamamos de Relativismo, onde a Filosofia dominou as mentes no sentido de que tudo deve ser questionado, não vamos desprezar o fato de que somo seres racionais e que talvez na própria bíblia encontramos trechos de difícil interpretação e que questioná-los pode nos levar ao entendimento deles em nossas pesquisas e claro com a iluminação do alto, mas existem verdades claras nas Escrituras que são fundamentais para nos mantermos em um relacionamento com Deus e sermos também identificados como filhos de Deus.
Só que chegamos a um tempo em que as verdades contidas na Bíblia são questionadas até por quem diz acreditar que ela é a Palavra de Deus, que existem coisas que podem ser vistas e aceitas com um “outro ponto de vista”, e que mesmo que seja pecado, precisamos entender que a graça que foi oferecida a Caim é também oferecida a mim, mesmo que eu esteja fazendo coisas bem piores.

  Acreditar que sou coberto pela graça sem me arrepender.
  Lameque não demonstrou em suas palavras o mínimo de arrependimento, uma das condições para darmos testemunho de termos sido salvos pela graça é reconhecer que Jesus nos constrangeu com tamanho amor ao nos oferecer uma marca que nos protegeria de pagar pelos nossos pecados do passado e que isso nos levou ao arrependimento, Lameque parece dizer que Deus era obrigado a vingá-lo caso algo lhe acontecesse. Talvez aqui encontramos um problema recorrente em nossa geração onde confunde-se liberdade com libertinagem, Paulo na Carta aos Romanos fala da natureza caída dos homens e que mesmo sendo o mais zeloso na religião, havia uma guerra em seu interior e que sempre perdia as batalhas para a carne que o dominava (Rm7.24), se não entendermos isso que ocorre em nossa vida corremos o risco de cair no que chamamos “antinomismo”, o antinomismo transforma a graça de Deus em libertinagem, isso já acontecia na igreja do primeiro século, nós encontramos os relatos dos prejuízos que causavam os falsos mestres que pregavam essa “des-graça” no livro de Judas.

Jd.4b – Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor.

  O perigo de interpretarmos a graça equivocadamente nos coloca nesta posição de ímpios que negam a Jesus, Paulo mais uma vez nos diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça, mas que não devemos continuar pecando para que a graça seja abundante, mas entender que a graça nos tornou filhos de Deus, mas não só isso, ela nos santificou e nos deu uma nova vida. (Confira a leitura em Rm 5.20/ 6.1-4).

  O autoengano e a des- graça de achar que sou mais importante do que os outros.
    Ainda que tenha matado duas pessoas, Lameque se sente digno de proteção e vingança caso alguém revide o que foi feito, em nenhum momento ele considera aquele homem e o menino, só consegue olhar para o seu próprio umbigo, o comportamento de Lameque é uma expressão clara da queda do homem no Jardim, não conseguia enxergar seu próprio erro, apontou a mulher como responsável, se coloca como a vítima da história.
  Não importa o quanto alguém nos feriu um dia, mesmo no AT a forma de resolver a questão seria olho por olho e dente por dente, quem feriu seria ferido, mas Lameque matou aquelas pessoas, fez justiça com suas próprias mãos. Jesus nos ensinou a lidar com situações parecidas, se alguém lhe ferir, dá-lhe a outra face, não revide, não busque vingança, não seja um homicida (Mt 5.38). Mas ainda que não tiremos literalmente a vida de quem nos feriu de alguma maneira, ainda corremos um risco grande de sermos vingativos e homicidas no coração, isso tudo por causa da amargura, quando somos feridos por alguém tendemos a guardar nos nossos corações a amargura, que nos leva ao desejo de vingança, mesmo que não a façamos com nossas próprias mãos, o simples fato de desejarmos que tudo dê errado na vida do outro nos torna vingativos, Jesus também disse que o simples fato de nos irarmos com nosso irmãos nos torna homicidas (Mt 5.21).
  Esse é o evangelho da graça de Deus, o que passar disso deve ser considerado maldito (Gl 1.9), infelizmente muitos não compreenderam a mensagem do evangelho, pensam ter tido um encontro com Jesus, mas não se deram conta de que esse encontro é marcado pela transformação que acontece, sua mente transformada o levará a uma transformação em todas as áreas de sua vida, onde o pecado é pecado não porque eu julgo ser, mas porque agora existe uma voz que fala e um poder que me governa a viver em santidade.

Is 30.21 – “Quer você se volte para a direita, quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: ESTE É O CAMINHO, SIGA-O”.

Deus te abençoe

sábado, 16 de maio de 2020

DERROTANDO O PRIMEIRO INIMIGO.




 

  Enfim chegamos à lição em que vamos falar da derrubada dos muros de Jericó, viemos ao longo das últimas seis lições esperando para contar sobre esta grande vitória que está cheia de lições poderosas para a nossa vida. Acompanhe o texto de referência:

Josué 6. 1-10
1 Jericó estava completamente fechada por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava.

2 Então o Senhor disse a Josué: "Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra.

3 Marche uma vez ao redor da cidade, com todos os homens armados. Faça isso durante seis dias.

4 Sete sacerdotes levarão cada um uma trombeta de chifre de carneiro à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos sete vezes ao redor da cidade, e os sacerdotes toquem as trombetas.

5 Quando as trombetas soarem um longo toque, todo o povo dará um forte grito; o muro da cidade cairá e o povo atacará, cada um do lugar onde estiver".

6 Josué, filho de Num, chamou os sacerdotes e lhes disse: "Levem a arca da aliança do Senhor. Sete de vocês levarão trombetas à frente da arca".

7 E ordenou ao povo: "Avancem! Marchem ao redor da cidade! Os soldados armados irão à frente da arca do Senhor".

8 Quando Josué terminou de falar ao povo, os sete sacerdotes que levavam suas trombetas perante o Senhor saíram à frente, tocando as trombetas. E a arca da aliança do Senhor ia atrás deles.

9 Os soldados armados marchavam à frente dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e o restante dos soldados seguia a arca. Durante todo esse tempo tocavam-se as trombetas.

10 Mas, Josué tinha ordenado ao povo: "Não dêem o brado de guerra, não levantem a voz, não digam palavra alguma, até ao dia em que eu lhes ordenar. Então vocês gritarão!".

  A primeira batalha dos hebreus.

  Jericó era uma cidade forte

  A área ocupada pela cidade era de aproximadamente 32km e sua muralha tinha cerca de 9 metros de altura e 6 de espessura.
  Josué havia ido ao pé de Jericó, como falamos em nossa última aula, certamente refletiu sobre o que havia visto na terra de Canaã quando fora enviado por Moisés e os outros nove espias quando oito deles ficaram atemorizados com o poder do povo de Canaã, mas Josué confiou nas promessas de Deus e que Ele garantiria a vitória. Mas agora Josué não é mais um espia, ele é o líder da investida militar sobre os inimigos, talvez ao olhar para a cidade percebia que existiam desafios superáveis, mas ao olhar para a grandeza e resistência da muralha, com certeza em seu coração dizia serem elas impossíveis para ele, com certeza questionava à Deus como faria para vencer as muralhas.
  Foi aí que aquele encontro glorioso com o Senhor fez toda a diferença, pois não se sabe ao certo de onde Josué tirou a estratégia de rodear os muros, mas tudo indica que foi do próprio Senhor naquele encontro que o revelou a estratégia.
  Assim é também em nossa vida, existem promessas e objetivos nossos que inevitavelmente vamos enfrentar obstáculos, existirão aqueles que diremos sermos capazes de passar por cima, porém existirão outros como as muralhas de Jericó, somente Deus poderá nos ajudar a vencê-los.
 
O rei de Jericó não estava Brincando

Percebemos a seriedade com que o rei de Jericó estava tratando a situação pela rapidez com que os espias foram descobertos na casa da prostituta Raabe, não somente isso, mas pelo fato de enviar imediatamente soldados para prendê-los. Raabe escondeu os espias e mentiu para os soldados que foram atrás deles em uma direção fazendo uma busca intensa por eles. Raabe desceu os espias pela muralha e os aconselhou a ficarem escondidos por três dias, isso tudo nos revela o quanto o rei de Jericó estava armado contra o povo de Israel, seu serviço de inteligência funcionou bem, se não fora Raabe os espias teriam sido pegos, claro que sabemos que o Senhor estava no controle de tudo, inclusive no que diz respeito a prostituta que haveria de se tornar uma mulher importante na história da humanidade.
  É muito importante aprendermos as lições que nos são passadas nesta história, nosso adversário não brinca e nunca irá facilitar as coisas para nós, mas precisamos entender que Deus está no controle de tudo e que os seus caminhos e seus pensamentos são sempre maiores do que os nossos (Is 55.8,9).

  A estratégia de Deus para a batalha em Jericó
Corte dos suprimentos do inimigo.
  Js 6.1 nos mostra que ninguém saía ou entrava de Jericó, isso os fez ficarem, sem alimento, essa era uma estratégia muito comum nas guerras, ao sitiar uma cidade e cortar seus suprimentos certamente iria enfraquecer o inimigo.
  Mais uma vez temos uma lição poderosa para nossa vida espiritual, lembro-me muito bem de quando era novo e minha dificuldade para comer, apanhei bastante de minha mãe e das senhoras que cuidaram de mim na infância, sempre foi comum ouvir “Come se não você vai ficar doente”, “Come se não você não cresce”, “Come, muitos gostariam de ter um prato de comida que nem esse e não têm nada para comer”, de fato isso tudo tem um significado espiritual.
Amós 8.11
“Estão chegando os dias”, declara o Senhor o Soberano, “em que enviarei fome a toda esta terra; não fome de comida nem sede de água, mas fome e sede de ouvir as palavras do Senhor.
  A lição que este fato nos traz é simples e clara, o que Josué fez à Jericó o inimigo faz conosco todos os dias, sempre nos cercando com um monte de coisas e impedindo- nos de nos alimentarmos da Palavra de Deus. Mais uma vez as palavras que eu ouvi ecoaram, mas agora nos nossos corações, se não nos alimentarmos, certamente não seremos cristãos saldáveis, seremos fracos e qualquer coisa vai nos derrubar, se não nos alimentarmos da Palavra, seremos sempre imaturos ou pior, infantis na nossa vida espiritual, sempre nos comportando como crianças na fé, e por fim, precisamos pensar muito nisso, muitos gostariam de ter a oportunidade que temos de ter uma bíblia nas mãos, de poder lê-la, mas são impedidos por vários motivos, ouvi outro dia um mulçumano dizer que Alá havia dado a eles o livro que consideram sagrado, seria um pecado grosseiro não lê-lo.
  Ao sitiar a cidade Josué tornou as muralhas em prisões para o povo de Jericó, talvez as muralhas até aquele momento fossem o motivo de se sentirem fortes e superiores aos possíveis inimigos, porém agora sofriam internamente pela separação do mundo exterior. Defesa / Prisão.
  Pv 18.19a diz que “ Um irmão ofendido é mais inacessível do que uma cidade fortificada (murada)”.
  Percebe-se muito isso nas pessoas, principalmente aquelas que sofreram decepções em seus relacionamentos, que foram ofendidas um dia, geralmente essas pessoas criam sistemas de defesa para não mais sofrerem, então levantam muralhas que impedem de possíveis inimigos entrem, mas sem perceber acabam se tornando prisioneiros de suas defesas, claro que não nesta situação de Josué, mas tiramos dela uma lição, precisamos de controle em quem acessa nossa vida e nosso coração, e não a atitude de nos isolarmos dos nossos relacionamentos por conta das decepções do passado. (Livro recomendado: “A isca de satanás – John Bevere”).
  A espera de um milagre
  Deus havia garantido a vitória, mas o povo deveria obedecer e ser paciente para cumprir a estratégia, seis dias deveriam rodear a cidade e no sétimo deveriam rodear sete vezes e no fim tocar as buzinas e gritar. Ao pensar nesta cena imaginamos como ficou o coração dos moradores de Jericó ao verem a procissão com a Arca, mas ao olhar para esta cena percebo não apenas o tratar de Deus com Jericó, mas principalmente com o povo de Israel, pois aquela batalha não era travada apenas com os braços dos guerreiros, mas principalmente com a fé, a fé não é só acreditarmos que vai dar tudo certo, mas a forma como vamos nos comportar ao confiar em Deus, nossa obediência, nossa paz, nosso caminhar precisa continuar firme, pois temos convicção de que “há tempo determinado para todas as coisas” (Ec 3), inclusive para a vitória.

  Lição da Revista CPAD para jovens, ano de 2020.

Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...