segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Como me visto.

   



  Mateus 22:8 "Então disse a seus servos: ‘O banquete de casamento está pronto, mas os meus convidados não eram dignos. 

9 Vão às esquinas e convidem para o banquete todos os que vocês encontrarem’

10 Então os servos saíram para as ruas e reuniram todas as pessoas que puderam encontrar, gente boa e gente má, e a sala do banquete de casamento ficou cheia de convidados. 

11 "Mas quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que não estava usando veste nupcial. 

12 E lhe perguntou: ‘Amigo, como você entrou aqui sem veste nupcial? ’ O homem emudeceu. 

13 "Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrem-lhe as mãos e os pés, e lancem-no para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes’.

14 "Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".

 

  Essa é uma parábola que expressa a graça que alcançou a todos nós gentios, pois os primeiros convidados (judeus) não eram dignos de entrar, pois rejeitaram o convite (Jo 1.11,12). O convite então foi estendido a "todo tipo de gente", pois bons e maus entraram na festa. Neste texto nós veremos o equilíbrio desta chamada de Jesus em nossas vidas, a manifestação de graça e de verdade como nos diz em Jo 1.14:


João 1:14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.

  A entrada foi liberada e a festa acontecia perfeitamente, apesar de ser o casamento do príncipe, o grande momento é a entrada do Rei e não da noiva como somos acostumados na nossa cultura, ao chegar fez uma vistoria nos convidados e notou que um deles não estava vestindo o traje adequado. 

  O Rei então o chama de amigo e pergunta como ele havia conseguido entrar, fica claro que na parábola ele esperava uma explicação simples e aceitável para o fato de não estar usando a veste nupcial, como alguns teólogos afirmam, essas vestes eram concedidas pelo próprio Rei aos convidados como de costume na época, o Rei o chama de amigo, pois Ele mesmo o convidou para estar ali, ninguém entrou sem ser chamado.

  Ao perguntar para ele o motivo, ele ficou mudo. Aqui encontro um texto onde não havia justificativas capazes de tornar compreensível a atitude deste convidado, esse texto expressa que a roupa escolhida era de fato a que o convidado queria vestir, mesmo que sua roupa não combinasse com a ocasião, ou quem sabe, uma roupa para a ocasião, mas não necessariamente a que o Rei forneceu, isso fala do moralismo religioso daquela época, da justiça humana, que diante de Deus também é falha.

  Esse texto fala expressamente sobre roupa, ou  "o tipo de roupa adequada" para estarmos diante de Deus, apesar de eu entender que é bem mais profundo o significado dessa parábola, esse texto me traz temor ao coração, pois revela a tolerância dos servos do rei com relação aos que estão dentro da festa e do momento em que o próprio rei faz inspeção, e claro, aponta aquele que não está vestido adequadamente.

  Falar sobre a maneira correta de nos vestirmos é muito mais do que falar de cultura, costumes denominacionais e etc; fala da nossa consciência, em nos adequarmos ao ambiente que agora estamos, talvez era muito normal para o convidado em questão as vestes que ele usava, talvez era a forma como ele se sentia confortável, mas fica claro até em nossos dias que, a ocasião é quem fala como cada um deve estar. 

  Lembro-me de um dia estar em uma igreja e naquele culto o Senhor meu deu uma visão, "eu via um homem vestido com roupas de patente alta das força armadas, ele olhava a todos, como se estivesse verificando se todos estavam fardados adequadamente". Eu falei para a igreja a visão no momento da pregacão e após o término do culto alguns irmãos me procuraram e disseram que não era a primeira vez que essa visão tinha sido dada naquela igreja, o próprio pastor anos antes tivera a mesma visão desse oficial de patente alta examinando os irmãos, com certeza isso não se resume aquela determinada igreja, mas a toda a igreja de Cristo na terra, pois como diz em Apocalipse, Ele é aquele que anda no meio dos sete castiçais (Ap 2.1).

Se Ele te examinar hoje, como estão suas vestes?

  O convite era uma honra, estar na festa era sinal de graça, o mínimo que se poderia fazer, era agradar aquele que o chamou, aceitando as regras que Ele determinou.

  Como eu disse, penso que o texto fala mais do que exclusivamente sobre roupas, mas também inclui roupas, é se adequar ao ambiente do Rei, ou do Reino, vestir-se com vestes que sejam condizentes a Ele. No Reino de Deus existe um padrão, moda, maneira de falar, comportamento, é de fato um engano e uma ilusão pensar que, "se Jesus me quiser, vai ter de me aceitar do jeito que eu sou e o que eu gosto", como se fosse um favor meu estar na festa, ou pensar que, "Ele me ama tanto que não vai me deixar de fora por conta de um detalhe", devemos aceitar a ideia de que, aquilo que é detalhe para nós, pode ser observado como fator significativo por Ele, porque não se trata simplesmente da "roupa", mas do coração que ainda é governado pelo nosso ego.

  Após recebermos esse convite e aceitarmos entrar, significa que decidimos também crucificar o nosso "eu" e vestir as vestes que vieram junto do convite, estar dentro não significa estar salvo, veja que entraram pessoas de todos os tipos, pois Deus não faz acepção de pessoas, mas o dia do Senhor virá com muitas surpresas, falar de vestes que agradam ao Senhor vai além de estética, de moda, nossa roupa tem a ver com a nossa identidade, ela expressa quem somos por dentro e também quem fomos um dia e quem nos tornamos hoje. Deus fala a igreja de Laodicéia, que por sinal, se vestia muito bem, que deveriam comprar do Senhor vestes brancas, ou vestes de santidade, pois as vestes que usavam estava revelando a vergonha da tua nudez (Ap 3.18). O maior problema não é o que causa polêmica hoje na igreja quando falamos sobre este assunto, pois sempre há o questionamento se o problema está na roupa de quem usa ou nos olhos maldosos e julgadores de quem vê, o problema das roupas curtas, apertadas ou decotadas não é simplesmente o olhar maldoso de alguém, mas como nesta palavra em Apocalipse, o olhar Santo de Jesus, pois o problema não é a nudez em si, pois todas as vezes que vamos vestir uma roupa, ficamos nus, mas é o processo de quem está se vestindo, para Jesus o pecado está no caso de, nos vestindo continuarmos nus diante de seus olhos.

Por exemplo, eu ainda faço parte de uma igreja tradicional no Brasil, porém, é perceptível que, estamos com muito cuidado, equilibrando algumas coisas, porém para ambos os extremos ainda encontramos inclinações e isso acaba trazendo problemas, porém como pastor e líder de jovens neste tempo, deixo um conselho, o mesmo conselho que dou para os jovens de minha igreja: Se você faz parte de uma denominação e seu pastor te deu um direcionamento sobre a maneira de vestir, sobre comportamento, modo de falar, siga-o, pois ele é uma autoridade espiritual na sua vida, você decidiu fazer parte desse ministério, se você deseja fazer diferente, converse com ele, pode ser que haja um acordo, porém, se isso não acontecer, ou você deve sair deste ministério e procurar outra igreja ou deverá se submeter mesmo não concordando.

Mas leve em consideração uma coisa, em um exército existem os oficiais, as autoridades que direcionam os soldados, existe uma organização que nós podemos chamar de cadeia de comando, não há diferença alguma de peso em uma ordem de um superior, seja para buscar um objeto no refeitório ou em um ataque num confronto. Não é o detalhe de usar uma roupa, falar ou fazer certas coisas, ouvir determinadas músicas, dentre outras coisas que poderíamos listar, trata-se da dificuldade que temos de renunciar a nossa vontade e o nosso ego e termos prazer na obediência.

Obedecer nunca foi fácil e simples, isso está claro até em uma criança de um ano de idade, consideramos essas e outras questões, ser somente detalhes que não deveriam ser tão importantes, mas por esses detalhes, sem perceber, tomamos atitudes radicais, como por exemplo vemos algumas pessoas deixando o Caminho, pois são detalhes que revelam coisas grandes guardadas no coração.


  Talvez os servos não impediram aquele convidado de entrar, talvez isso fale do livre arbítrio de cada indivíduo, mas aqui está um detalhe que merece nossa atenção, aquilo que a igreja aceita por educação não significa que Deus também aceitará naquele grande dia, corremos o risco de ser omissos ou permissivos quanto aquilo que Deus nunca aceitou, não estar adequado ao ambiente do Rei era uma afronta ao próprio Rei, então é mais do que agradar ao pastor, ao líder, a denominação, é agradar aquele que nos chamou a fim de ser também escolhido naquele grande dia, pois Ele  nos chama "vestidos" como estamos, mas não nos quer da mesma maneira, Ele mesmo tem vestes para nós.

  O silêncio do convidado diante do Rei expressa algo que me traz muito temor, pois diante deste Rei não há desculpas ou justificativas. É tempo de perguntar para Deus sobre o que vestimos antes de sair de casa (não apenas no dia do culto) , o que vamos publicar em nossas redes sociais, nossos pensamentos, nossas fotos, nosso comportamento nos ambientes, principalmente fora da igreja, a forma que trato minha mãe, cônjuge, filhos, patrões, autoridades.

  O ambiente da igreja não é o único que deve nos deixar constrangidos a nos vestirmos adequadamente, o Reino de Deus já chegou para nós e nossa oração é que ele venha em sua plenitude. Estar na festa não significa estar no templo (igreja), estar na festa é estar no evangelho, estar no Reino, essa consciência precisa nos deixar constrangidos em todos os ambientes, pois o meu jeito mundano é incoerente com o ambiente do Rei, meu linguajar, meus modos, tudo que há em mim precisa fazer referência e refletir da melhor forma o Rei Jesus. 

  Talvez você leia este texto e concorde que ainda existe algumas coisas que precisa melhorar, Deus sabe e respeita isso, cada um tem seu tempo e processo, por isso o Rei foi educado ao perguntar aquele convidado como havia conseguido entrar e o chamou de amigo, outra coisa é realmente não melhorarmos ou mudarmos por decisão nossa, daí veremos esse triste final da história onde o Rei pôs para fora e condenou aquele convidado.


"Muitos são chamados, mas pouco escolhidos".


Muitos não conseguem entender essa palavra, mas quando entendemos toda a parábola, entendemos também o que Jesus disse, pois os judeus foram chamados, mas não aceitaram, não foram achados dignos, então não foram escolhidos, da mesma forma este convidado em questão, vemos amor e graça no convite e na forma em que o Rei se dirigiu a ele, mas apesar de ser chamado, não foi escolhido a permanecer, penso em situações semelhantes, de pessoas que entraram na festa, "ouviram a música, comeram dos salgadinhos que foram servidos", estiveram lado a lado com os demais convidados, mas receber um tratamento diferente na chegada do Rei. Muitos se surpreenderão com todo o tempo que viveram na igreja, mas nunca se vestiram como igreja. Talvez esse texto nos remeta ao tema relativismo, pois pode parecer que algumas questões "dependem do ponto de vista de cada um", talvez alguns digam que aquilo que um veste não deve ser regra para o outro, aquilo que é pecado para um não é para outro, esta parábola fala de um dia que os debates intermináveis sobre o que é certo ou errado acabará, pois as explicações e justificativas que nos servem hoje, não servirão diante do grande Rei.

Entregue o trono do seu coração ao Rei Jesus de forma que tudo o que faça seja a vontade dele e para agradá-lo. 

  Medite em tudo isso e que Deus te abençoe! 


Assista essa mensagem pelo YouTube através do link:




quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Um acordo de paz.

 




  Lucas 14:31 "Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? 

  32 Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz.

  33 Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.


  O contexto deste ensinamento de Jesus é "o preço do discipulado", Jesus fala sobre renúncia, não no caso de deixarmos as coisas que ele lista de forma literal, mas tirá-las do primeiro lugar na nossa vida, na lista que está no versículo 26 ele termina dizendo: "e ainda também a sua própria vida". Jesus deixa bem claro que é impossível sermos discípulos dele se não entregarmos a Ele o primeiro lugar e o senhorio.

  Na sequência Jesus acrescenta duas ilustrações, essa que separamos mostra um rei que está diante de uma guerra iminente, porém ele sabe que seu exército está em número muito inferior de soldados, entendendo que isso o coloca em grande desvantagem, ele então busca ajuda em seus conselheiros para ter a certeza se vale a pena continuar com a ideia de pelejar contra o outro Rei que é mais poderoso do que ele. Ele se apressa em fazer isso enquanto há tempo, para que haja tempo de enviar embaixadores com pedido de paz.

  Jesus revela a nossa real situação diante dele quando estamos separados da sua comunhão, pois quem não tem aliança com Deus, permanece seu inimigo, assim nos assegura a palavra de Deus. 


  Colossenses 1:21 Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês.


  O que ocorre, é que, sem Deus, somos os reis da nossa vida, estamos no governo, o exército fala das nossas capacidades e posses, quanto mais capacitados e ricos somos, mais fortes nos sentimos, porém, diante desse rei que vem fazer justiça contra o pecado e consequentemente, todos os pecadores, sempre estaremos em desvantagem.

  Triste o homem que permanece nesta posição de oponente do Deus vivo, em uma situação com a igreja primitiva, os religiosos voltaram a perseguir os cristãos após matarem ao Senhor, um dos mestres e também muito respeitado, chamado Gamaliel disse:


  Atos dos Apóstolos 5:38 Portanto, neste caso eu os aconselho: deixem esses homens em paz e soltem-nos. Se o propósito ou atividade deles for de origem humana, fracassará; 

  39 se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los, pois se acharão lutando contra Deus".


  Da mesma forma o Senhor disse para Saulo quando perseguia a igreja:


  Atos dos Apóstolos 9:4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 

  5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

 

  O que precisamos entender, é que, duro é para todo aquele que escolhe o lado oposto de Deus, e podemos estar fazendo essa  escolha pelo simples fato de não escolhermos o Senhor, como Saulo, não se trata apenas de resistir e perseguir a igreja, mas resistir ao próprio chamado de Deus para nossa vida.

  Nesta ilustração de Jesus, temos alguns detalhes muito valiosos, o Rei precisa ter humildade suficiente para buscar conselho, e outra, ter bons conselheiros sobre essa questão, pois na vida temos aqueles que vão nos incentivar a continuar contendendo contra Deus, fazem isso nos encorajando ou influenciando a pecar, bom quando temos "conselheiros" que sabem do poder do Rei Jesus, que nos convencem de que a melhor coisa a ser feita é pedir a Ele um acordo de paz, daí deixo o meu reinado, o reinado do EGO, para ser servo de Jesus. Se isso não ocorrer em nossas vidas, nunca poderemos ser discípulos de Jesus, talvez a imagem destes "conselheiros" se encaixa na pessoa de algum amigo, porém a pessoa mais ideal que se encaixa nesse papel em nossa vida é o Espírito Santo, pois quando pedimos a Ele ajuda, Ele não apenas nos fala o que é melhor, Ele nos convence de que isso é o nosso dever e que fazer isso salvará nossas vidas.

Quando penso nesta ilustração, penso no grande amor de Jesus por nós, pois na ilustração a ordem exata das coisas deve ser essa, o rei que não tem condições de lutar pedir logo um acordo de paz, mas o que ocorreu e o que ocorre é diferente, pois Jesus veio ao mundo para propor pessoalmente esse acordo, fez isso ao se aproximar de pessoas que a sociedade considerava os piores tipos de pecadores na época, Ele continua fazendo isso, pois não tem prazer na condenação de ninguém.

  A ilustração termina dizendo que o rei deveria fazer isso logo, enquanto o Rei poderoso ainda estava longe, ou seja, enquanto ainda havia tempo.

  Hoje nós não sabemos quanto tempo resta, precisamos fazer esse acordo de paz agora, chega de acreditar que podemos ganhar essa "queda de braços" com Deus, dando "murros em ponta de faca", é tempo de pedir a Jesus que nos aceite como amigos, fazer uma aliança que nos salvará deste juízo iminente, pois Ele vem, o dia da sua vinda será de celebração para uns e de lamento para outros, não precisamos ser os que lamentam.

  Não somente isso, pois há um bônus em fazer aliança com Deus, faremos também parte do exército poderoso do Senhor, pois ele não será mais contado com 20 mil soldados (Como na ilustração), mas 30 mil, agora que também faremos parte deste exército, diremos para Ele, "Todas as minhas forças, recursos e capacidades estão ao seu dispor".

  Entregue sua vida ao Senhor Jesus hoje, mas faça isso 100 %, e não deixe para amanhã, pode ser tarde demais.

Deus te abençoe!


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Coam um mosquito e engolem um camelo.

 


Mateus 23:24b: Vocês coam um mosquito e engolem um camelo.

 

  O Capítulo 23 do Evangelho que escreveu Mateus é um texto singular, levando em consideração a dureza e a clareza das palavras de Jesus referente aos escribas e fariseus que eram os mestres da religião para o povo. 

  Existe um peso de responsabilidade muito grande para quem assume a posição de mestre na igreja, por isso a Bíblia diz:


  Tiago 3:1 Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.


  Esse rigor se dá pelo fato de sermos responsáveis pelos discípulos que se formarão a partir de nós. Os fariseus e os escribas eram conhecedores da Lei e das tradições judaicas, eram muito rigorosos em alguns pontos, outros nem tanto, alguns deles o próprio Jesus vai citando no decorrer do capítulo 23. 

  Jesus diz aos seus discípulos que deveriam seguir o ensinamento teórico deles, mas que não deveriam repetir suas atitudes. Aqui começamos a ver a diferença do cristianismo para a religião, seja ela qual for. 

  O filho de Deus se manifestou para fazer discípulos, mas seu ensino ia além de teoria, seu ensino era mais prático do que teórico, Jesus também disse que, "se a nossa justiça não exceder a dos escriba e fariseus, de maneira nenhuma entraremos no reino dos céus (Mt 5.20)". 

  Temos uma tendência carnal que nos leva para esse modo de viver, ser original na nossa fé não é resultado do nosso esforço humano, claro que existe a nossa parte nessa obra, porém é evidente que sem o Espírito e a natureza de Cristo em nós, não conseguiremos. Corremos com isso o risco de nos tornarmos religiosos como eram os escribas e fariseus, cheios de conhecimento e capazes de transmitir esse conhecimento, mas distantes da prática, Jesus disse que impõem peso impossível de carregar, quando nem com os dedos se esforçam para movê-lo.

  Um mestre, seja ele de qualquer área, terá sempre uma sede em comum, ensinar. Falo com propriedade sobre a igreja evangélica brasileira, da carência de mestres, pois temos muitos pregadores, mas poucos mestres e essa palavra de Jesus acende um alerta para todos aqueles que estão se levantando com essa atribuição, pois, se não fizermos isso corretamente estaremos comprometendo a próxima geração que estará sendo formada a partir do nosso ensino.

  A partir do versículo 5 vemos uma das características dos mestres da época de Jesus, "faziam tudo para serem vistos", talvez aqui já encontramos um grande problema que dificilmente conseguiremos equilibrar em nossa geração, pois o que Jesus está destacando como prejudicial, o mundo entende como algo comum, onde o "eu" é idolatrado o tempo todo, principalmente nas redes sociais que se tornou um meio de "marketing" da nossa auto imagem e do nosso trabalho. Jesus destaca a maneira como se vestiam, os lugares que se assentavam, saudações nas praças, os títulos que recebiam, o que poderíamos por uma outra ótica enxergar com normalidade, mas Jesus revela onde estava o erro, eram as intenções do coração.

  Então, a partir do versículo 13 Jesus delibera os "ais" para os escribas e fariseus e veremos em quase todos os momentos esses "ais" acompanhados da palavra hipócritas, Jesus foi direto, claro e duro para com eles, pois não tratava-se de crianças, mas de mestres que formavam pessoas.


Mateus 23:13 "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo.

  No versículo 13 Jesus destaca que eles estavam fechando a porta do Reino do céus para os homens, a porta que eles mesmo decidiram não entrar.

  Só em refletir sobre este versículo já conseguimos entender o porquê de Jesus ser tão duro em suas palavras, pois o pior pecador não é aquele que não conhece Deus e está no mundo de impiedade, estes estão cegos, o pior pecador é aquele que sendo cego, não conhece a Deus e se coloca nesta posição de mestre para ensinar, daí temos aquele ditado que diz "cego guiando cego, ambos caem no buraco"(Lc 6.39), aquele que dizendo ser mestre acaba desviando mais as pessoas do caminho do céu. 


Mateus 23:15 "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês.


  O versículo 15 expressa a fome de um mestre por ensinar e fazer discípulos, o problema não era o esforço e dedicação desse mestre, pois nas palavras de Jesus eles eram incansáveis, assim como não seria sinônimo de que estou fazendo bem o meu papel de mestre hoje, se eu tão somente seguir o conselho que a palavra dá, que, "aquele que recebeu o dom de mestre, deve se dedicar ao ensino" (Rm 12.7), preciso entender o que é ser dedicado, pois um mestre na igreja não é como um professor de matemática, discipular pessoas para viverem um cristianismo autêntico vai além do transmitir uma matéria de uma revista ou de um livro, minha teoria precisa estar embasada na minha maneira de viver, em minhas atitudes.

  Neste versículo 15 Jesus fala da formação de alguém pior, Jesus chama esse discípulo de filho do inferno. Sinto o peso dessa palavra, pois fala realmente de formar pessoas para serem infernais no meio da comunidade de fé, seja isso na religião judaica, ou seja agora na igreja se repetirmos a forma dos mestres que Jesus censurou. 


Mateus 23:16 "Ai de vocês, guias cegos!, pois dizem: ‘Se alguém jurar pelo santuário, isto nada significa; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, está obrigado por seu juramento’. 18 Vocês também dizem: ‘Se alguém jurar pelo altar, isto nada significa; mas se alguém jurar pela oferta que está sobre ele, está obrigado por seu juramento’.

  A partir do versículo 16 Jesus destaca a inversão de valores ensinada pelos mestres, eles supervalorizavam algumas coisas em detrimento de outras, santuário ou o ouro do santuário? O altar ou a oferta sobre o altar? Dízimo ou justiça, misericórdia e fidelidade? 

  Então Jesus conclui essa parte dizendo que tudo é importante, mas que não deveríamos considerar algumas coisas e omitir outras, principalmente se na classificação de Jesus existem coisas muito mais graves que precisam de atenção urgente. 

  Daí nós chegamos em nosso versículo chave 24, "coam um mosquito e engolem um camelo". Será que Jesus está falando sobre "pecadinho e pecadão"? O que precisamos entender é que, Jesus não está desconsiderando nenhum e nem o outro, mas destaca que os mestres da época eram muito bons no ensino da teoria da Lei e da religião, que colocavam fardos pesados sobre as pessoas, mas que ao mesmo tempo, eles mesmos não praticavam e nem se esforçavam em praticar o que ensinavam, o pior de tudo, é que essa vida de aparência ensinava e formava discípulos com um caráter completamente distorcido do que Deus esperava.

  Por exemplo, o que é mais importante, o interior ou o exterior? A maneira como você se veste ou sua alma limpa de sentimentos que te fazem pecar, mesmo que por pensamentos? Pois nessa classificação precisamos considerar também os pecados que os homens não vêem, pois o prato está limpo por fora, mas Deus vê o interior que está cheio de ganância e cobiça. 

  Jesus não está falando que, na hora de coar vamos desprezar o mosquito, mas que precisamos tirar "os camelos" que estão no nosso interior, pois os mosquitos serão removidos automaticamente se fizermos essa limpeza interior, Jesus está falando de uma mudança de dentro pra fora onde tudo o que é mau deve ser removidos.

  Jesus ensina aos seus discípulos que o homem prudente é aquele que recebe o ensinamento e pratica, pois se não fizer desta maneira é como uma casa construída sobre a areia, que vindo as adversidades da vida, logo caem (Mt 7.24-27). Os terrenos que Jesus cita para a construção da nossa fé falam de estrutura, daquilo que está interno, os fundamentos de uma casa não estão aparentes, assim como as coisas que estão em nosso coração.

  No tempo em que Deus deu instruções a Moisés sobre como deveria ser a Arca da Aliança, o objeto mais precioso do tabernáculo e do templo e que representava a presença de Deus no meio do povo, a arca deveria ser feita com a melhor madeira e mesmo sendo a melhor madeira, deveria ser revestida com ouro, por dentro e por fora (Ex 25), o ouro aponta para aquilo que é divino, para a glória e santidade de Deus, pois o ouro era refinado no fogo. Não diferente de nós, pois nós (igreja) e principalmente aqueles que se levantam para ensinar (mestres), somos os representantes diretos de Deus aos homens, não basta ter ouro por fora, precisamos ter ouro por dentro também. 

  Jesus destaca quatro pecados que enchiam os corações dos mestres daquela época: ganância, cobiça, hipocrisia e maldade. Precisamos tomar cuidado, pois ao olhar para seus discípulos, Jesus não queria que eles tomassem esse caminho, por isso disse que deveriam receber o aprendizado teórico passado por eles (Mt 23.3), mas nunca copiarem essas atitudes, não se permitirem estar nesta posição no meio da igreja, mas com esses pecados dominando seu interior.

  Esta palavra de Jesus foi dura para os mestres daquela época e é dura para nós hoje, porque também temos a responsabilidade de formar pessoas, como Paulo disse: "sejam meus imitadores como eu sou de Cristo" (1Co 11.1), temos também o dever de chamar a responsabilidade para nós e ensinarmos com o carátere a essência de Jesus, sem ganância, cobiça, hipocrisia e maldade.

  Jesus disse que deveríamos entender que a posição de mestre nos faz servos e não "senhores", que devemos ter nossos coraçõesbem resolvidos quanto a essas motivações, pois todos que buscam exaltação, serão humilhados, mas todos que se humilham, serão exaltados. Fica claro que o discípulo não é o único que luta contra o pecado, os mestres também estão em uma luta constante em seus corações contra a vaidade e o orgulho. 

  Deus colocou essa palavra no meu coração nestes dias e a pergunta que Ele traz para todos nós que fazemos parte deste ministério é: 

  Quando foi que começamos a coar mosquitos e engolir camelos? Quando foi que começamos a ignorar os nossos pecados e considerar os dos outros? Quando foi que passou a ser mais importante a minha imagem do que a essência? 

 

  Esses "ais" que Jesus deliberou sobre os escribas e fariseus podem ser para nós também. 

  Jesus não despreza coisas grandes e nem pequenas, Jesus diz:

  

  Mateus 7:3 "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? 

  4 Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? 

  5 Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.


  Neste texto Jesus fala de pecados grandes e pequenos, é simples entendermos isso, não devemos pensar que os pequenos não nos trarão consequências, mas fica claro que existem coisas mais devastadoras do que outras para a nossa vida mortal, porém o pecado, seja ele grande ou pequeno, pode nos levar ao inferno se não nos arrependemos.

  Mas neste texto de Mateus 7 temos uma pessoa, que Jesus diz ser hipócrita, ele quer tirar um cisco do olho de um irmão e ignora o fato de que há uma viga no seu próprio olho, Jesus está querendo dizer: "te incomoda o que seu irmão faz? Mesmo você fazendo coisas bem piores? Por que o que você faz de errado não te incomoda tanto?"

Será que aprendemos a engolir mosquito? Nos tornamos hipócritas ou insensíveis a ponto de não sentirmos uma viga nos olhos ou um camelo?

  Perceba que Jesus não fala que o irmão deveria permanecer com o cisco no olho e nem que não deveríamos ajudar a remover, mas que antes de tudo, resolvêssemos o nosso problema. Antes de ser mestre preciso resolver meus problemas, preciso limpar o meu interior, pois se não fizer isso, posso comprometer a formação daqueles que aprendem de mim e nas palavras de Jesus, numa situação como essa, talvez não tenha nem mesmo autoridade para tirar o cisco do meu irmão. 

Em outro momento Jesus havia libertado um homem do poder dos demônios que o faziam surdo e mudo, todo o povo dizia que Jesus era o Messias, mas quando os fariseus ouviram isso, disseram que Jesus estava expulsando demônios por outro demônio que chamaram de Belzebu (Mt 12.22-24). Os religiosos estavam diante de Deus encarnado, mas o problema do pecado no coração deles era tão terrível, que não conseguiam mais enxergar o erro em si, não conseguiram reconhecer a manifestação de graça, amor e verdade em Jesus, assim também somos nós quando permitimos ser dominados por esses pecados, pois eles não respeitam idade, cargos ou patentes, a vaidade anda sempre de mãos dadas com a inveja. Podemos estar diante de alguém fiel a Deus e usado por Ele, mas apontarmos neles os erros que não enxergamos em nós.

 Jesus o mestre dos mestres nos chamou a aprender dele, ser manso e humilde de coração (Mt 11.29), veja que essas duas características que Jesus deseja que aprendamos são coisas que precisam encher nosso interior, pois nós refletimos aquilo que está dentro, se não houver essas características, não serei impedido de ensinar, porém, por mais que o ensino ou o conteúdo seja bom, a vaidade e a prepotência poderão ser percebidas na minha fala e no meu comportamento, em minha falta de controle posso falar ou tomar atitudes que enfernizam os ambientes mais do que promovem edificação, mesmo falando de Deus e de Bíblia.

Tenho consciência de que as palavras deste texto são amargas, porém como eu disse, não apenas os discípulos lutam contra o pecado, os mestres e líderes também, e o próprio Jesus listou neste texto, que estejamos atentos e vigilantes.

  Espero que Deus tenha falado ao seu coração, que Deus te abençoe! 


sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Milênio

 



MILÊNIO: Palavra- chave – Governo ou Reino.

Conceitos sobre o Milênio:

·         Amilenismo

·         Pós-Milenismo

·         Pré-Milenismo

·          

Ao fim da Grande tribulação, onde Jesus junto da igreja virá em socorro de Israel e batalhará por eles e vencerá os exércitos e lançará no lago de fogo a besta e o falso profeta.

 

O REINO DE DEUS:

É eterno, é presente e é futuro.

Os discípulos questionavam a Jesus quando restauraria o Reino de Israel, pois isso trata-se de uma promessa de Deus e ela vai se cumprir.

At 1.6-8:

·         Quando será?

·         Não compete a nós saber tempos ou datas. (Deus tem a sua agenda e o Milênio tem data marcada para começar, assim como os outros eventos escatológicos).

·         Receberão poder do Espírito e irão até os confins. (O Reino se estenderá por todo o mundo e todas as nações).

Lc 19.11-27: A Parábola das minas.

O que fazemos hoje como igreja com aquilo que o senhor colocou em nossas mãos refletirá no que faremos no período milenar.

É importante saber que a igreja não ficará para sempre cantando com uma harpa nas mãos sobre as nuvens, existe um propósito de Deus para a igreja e não acaba aqui com o nosso tempo de vida mortal.

Os servos receberam autoridade de acordo com o seu trabalho e desempenho. (1 Co 3.10-15 Galardão)

 

GOVERNO HUMANO

Hoje vivemos em busca do melhor governo, conceitos e ideias parecem ser a solução para os problemas, mas tudo isso não passa de uma UTOPIA, somente no Milênio poderemos vivenciar esse ideal de governo e sociedade.

 

 

O GOVERNO DE CRISTO NA TERRA

·         Is 11.1-10 - ler: A Rais de Jessé, posta por estandarte (Cumprimento de promessa para o reino de Davi que não teria fim).

·         Is 11.9: O conhecimento de Deus encherá a terra como as águas cobrem o mar.

·         Zc 14.16: As nações (que passaram pela grande tribulação) se reunirão e buscarão do próprio Jesus orientação e sua benção. (Festa dos Tabernáculos).

·         Ap 20.6: Reis e Sacerdotes. (1Co 6.2/ Mt 19.28/ 1Pe 2.9)

Jesus não é Rei dos reis apenas quando nos referimos a esse tempo presente, Ele é Rei dos reis do Milênio e Senhor dos senhores que Ele mesmo estabeleceu para governarem com Ele.

 

MARCAS DESTE GOVERNO:

PAZ, JUSTIÇA, EQUIDADE E AMOR.

·         Um período em que satanás estará preso, a besta e o falso profeta já estarão no lago de fogo.

·         A Lei mundial emanará de Jerusalém e todas as nações buscarão em Jesus o conhecimento. (Is 2.1-4 – Ler)

Neste tempo todas as áreas serão abençoadas e a atmosfera da terra será diferente, natureza, medicina, tecnologia, pois dEle mesmo fluirá o conhecimento que levará o homem a fazer coisas extraordinárias.

·         Os salvos que participaram na primeira ressurreição serão governantes e sacerdotes neste tempo, essa liderança será completamente diferente do que vemos no mundo desde que passaram a existir governos humanos.

·         Um tempo de restauração na terra.

Is 35.1-10.

 

SATANÁS SERÁ SOLTO E SEDUZIRÁ AS NAÇÕES: Ap 20. 7-10.

·         Prova de que o homem que não teve sua vida transformada pelo sangue de Jesus está sujeito a queda e que nem todos neste período serão salvos.

·         Todos os que se rebelarem contra o Reino de Jesus serão devorados pelo fogo do Senhor e lançados no lago de fogo juntamente com satanás.

 

CONCLUSÃO:

Todo cristão precisa ter conhecimento desse período da história que é tão importante para nós, pois o Milênio faz parte da agenda de Deus e através dele podemos ter esperança de que viveremos em uma terra abençoada.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O que eu curto?

   


  Como é dito, "ter uma arma não significa que tenho o direito de atirar a qualquer hora e em quem eu quiser", ou seja, "eu posso fazer, mas não me convém", como já dizia o Apóstolo Paulo aos coríntios (1Co 6.12). 

  Quando eu vivo a experiência real da conversão, tudo muda, inclusive a minha forma de ver as coisas, pois agora tenho uma mente renovada, talvez muitas coisas que antes eram belas aos meus olhos se tornem horríveis, muitas coisas que antes eram legais, tornam-se desagradáveis, pois agora o crivo do que é certo ou errado, belo ou feio, não passa pelos meus olhos e sim pelo do Senhor, onde devo olhar com os olhos de Deus para o mundo que vivo.

  Digo isso por ver excessiva exposição pelas redes sociais de irmãos que caíram da fé e divulgam sua nova maneira de viver em suas fotos e palavras, sem perceber curtimos aquilo que achamos legal e belo, quando Deus olha um filho distante, que tenta preencher sua vida com coisas terrenas e passageiras.

  O pecado nem sempre é um poço de lama literalmente falando, às vezes está no sorriso de alguém com um copo de bebida alcoólica na mão, está na exposição do corpo de alguém que antes cuidava de si como templo do Espírito, está nas palavras com ideias completamente contrárias a Palavra de Deus.

  Todos têm o direito de publicar o que bem entendem, somos um país com liberdade de expressão, mas para aquele que se diz *servo de Deus*, decidimos que o governo da nossa vida pertence ao Senhor, sendo assim, abrimos mão do direito de fazer o que gostamos, para fazer o que agrada a Ele e passamos a ter nosso prazer na Lei do Senhor (Sl 1).

  Trago isso como um alerta, pois pecado não é somente o que praticamos, mas ser conivente com aquele que vive na prática do pecado.


  *Rm 1:32 Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.*

  

  Ao curtir algo que Deus não curte, evidenciamos algo que está em nosso coração e acendo um alerta aqui, cuidado! Hoje podemos estar curtindo, amanhã podemos ser nós em uma publicação semelhante.

  

 *Pv 4.23:  "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o seu coração, pois dele depende toda a sua vida".*


Deus te abençoe! 

Pr. JCN 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Onde houver um cadáver, ali se ajuntarão os abutres".

 


  Lucas 17:37 "Onde, Senhor? ", perguntaram eles. Ele respondeu: "Onde houver um cadáver, ali se ajuntarão os abutres".

 

  Jesus ao falar esta frase dentro de um contexto escatológico trouxe muitas discussões teológicas ao longo da história acerca do que realmente estava querendo dizer, pois são diversas as interpretações que encontramos para ela.

  Algumas versões trazem abutres e outras águias, o que traz conotações muito diferentes, pois uma expressa algo negativo e a outra algo positivo. De acordo com alguns teólogos, a palavra no original aqui referida não aponta definitivamente nenhum dos dois animais, mas se refere a uma variedade de animais que incluía ambos, porém a interpretação do abutre é a que mais se encaixa, visto que Jesus fala também de cadáver.

  Uma das interpretações que encontramos é a que entende essas palavras referindo-se a destruição de Jerusalém no ano 70 dC, neste caso os judeus seriam o cadáver e a águia que era símbolo de Roma, seriam os Romanos. 

  Uma outra interpretação (a que eu mais me identifiquei não afirmando que é definitivamente isso) é que os cadáveres são os "mortos espiritualmente" e os abutres, seriam o juízo que persegue aqueles que se encontram neste estado.

  Refletindo sobre este versículo temos duas figuras centrais, o cadáver e o abutre, talvez concordemos realmente que os abutres trazem um significado negativo, abutres se alimentam de carniça, ou seja, corpos mortos e que cheiram mal por conta do processo de putrefação.


  Para os nossos dias...

  É muito comum no nosso mundo real encontrarmos pessoas que vivem pela "morte" dos outros e que são atraídas pelo "cheiro ruim" dessa morte, para esses "abutres", quanto mais fedorenta a morte melhor, são aqueles que ganham a vida através das fofocas e das desgraças alheias, fazem disso uma profissão, ganham atenção nas mídias sociais e programas de televisão e enriquecem através disso. Para este caso é muito importante levar em consideração as palavras de Jesus que dizem:


  Mateus 12:36 Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. 

  37 Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado".


  Precisamos lidar da forma correta quando nos depararmos com os erros e quedas dos outros, tomar cuidado para não agirmos como abutres que não somente se alimentam dos mortos, eles esperam que outros morram para que possam devorá-los, daí não é somente viver da morte, mas desejar a morte.

Todo esse comportamento faz parte da natureza do homem caído que precisa ser restaurado e nascer de novo, podendo ser uma nova criatura com as características de um outro animal que encontramos na Bíblia, a ovelha.

Acaba que nesta frase de Jesus, como eu disse e mais uma vez ressalto, é escatológica, mas que também carrega consigo uma verdade amarga da vida, seja ela na igreja ou fora dela, temos de tomar cuidado para não sermos nem cadáver e nem abutre na nossa maneira de viver.

  Interessante pensar que os abutres sentem o cheiro dos cadáveres a longas distâncias e que seria um erro massacrar apenas os abutres, pois essa é a natureza deles, não deveríamos esperar outro comportamento deles, a ovelha se comporta como ovelha, abutre como abutre.

O que atrai abutre? A morte.

Isso é muito sério, pois em uma das interpretações e a que eu mais me apeguei, é que vivendo mortos espiritualmente automaticamente atrairemos tanto abutres em forma de comentários desagradáveis ao nosso respeito, assim como também atrairemos o duro juízo de Deus sobre a nossa vida, pois Paulo mesmo disse que antes de sermos salvos, estávamos mortos em nossos pecados e transgressões (Ef 2.1). 

  É bem verdade que às vezes não aceitamos ou questionamos algumas coisas que acontecem em nossas vidas, mas ignoramos o fato de que podemos estar vivendo como para raios em meio a tempestade, nos comportamos de forma que atraímos para nós coisas negativas, é realmente uma necessidade de nos auto-avaliarmos e posicionarmos para que o cheiro que sair de nós seja o bom perfume de Cristo e não o odor de um morto espiritual.

  Que nesta história não sejamos nem cadáver e nem abutre, que sejamos os vivos e que sejamos ovelhas, ovelha não se alimenta da morte dos outros, mas dos pastos verdejantes que o pastor as conduz (Sl 23).

  Neste texto quero te exortar a ser uma boca profética para essa geração, não se trata apenas de falar bem ou mal das pessoas, mas falar aquilo que Deus quer que fale e que entenda quando alguém falar de você, buscando olhar para si e avaliar toda a situação quando ver abutres te rodeando, e claro, o principal de todos, se estiver como Paulo disse, morto espiritualmente em pecados, passe agora mesmo da morte para a vida através da fé no sacrifício de Jesus Cristo para que não seja alvo do iminente juízo de Deus que virá sobre todos os pecadores que não estão com seu nomes escritos no Livro da Vida.

  Medite nesta palavra e que Deus te abençoe!

Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...