quarta-feira, 10 de junho de 2020

As aparências enganam.



 1 Samuel 16:7 - O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração".
  Talvez você assim como eu já tenha se permitido enganar pelo que viu e não conseguiu compreender, ou por que não dizer, discernir. Nosso julgamento precipitado pode nos levar a cometer erros desastrosos, no versículo que lemos, por exemplo, o profeta poderia ter ungido a pessoa errada como rei.
  Existem muitos ditados populares como “Não julgue o livro pela capa”, “o que vale é o conteúdo, não o rótulo”, dentre outros que passam a mesma mensagem de tomarmos cuidado com a aparência, pois ela pode nos enganar. No texto bíblico que lemos temos um clássico acontecimento que sempre é usado quando vamos nos referir a esse assunto, mas gostaria de falar não apenas do que é sempre comum nesse sentido de “vida de aparência”, do quanto podemos nos enganar com aquilo que vemos, mas gostaria de trazer luz ao fato de que neste momento de exploração da autoimagem nas redes sociais, a crescente busca por aceitação de uma imagem que não condiz com a realidade, seja ela geográfica, emocional e até mesmo social.
  A imagem usada para este texto estava circulando nas redes como uma brincadeira, mas sempre procuro refletir sobre o que vejo, tento enxergar além e tirar lições para minha vida e que podem também ser úteis para quem está ao meu redor, talvez você, assim como eu encontrou dificuldade de entendê-la no primeiro momento, o motivo é simples, temos nossa interpretação automática do que vemos, somos precipitados, interpretamos sem analisar cuidadosamente, mas a intenção dessa imagem é essa, é nos fazer rir no final, ninguém sairá prejudicado quando disser que isso é uma coisa incomum ou quem sabe inaceitável, também não é a minha intenção entrar nessa discussão de sexualidade, mas me atenho ao fato de definirmos aquilo que chega a nós sem análise, hoje isso tem nos levado a caminhos tenebrosos, em tempo de muitas Fake News que são compartilhadas sobre política, famosos e etc; temos algo comum antes mesmo do avanço da tecnologia da internet e dos meios de comunicação, a “primitiva” fofoca.
  Hoje podemos dizer que existe a fofoca indesejada (a primitiva) e a fofoca provocada e desejada pelo protagonista da “história”, Antes tínhamos histórias infundadas, criadas a partir de algo que se via ou que se ouvia, que mesmo sem provas se tornava uma história que passava de um para o outro tomando uma forma cada vez pior, dessa maneira a imagem verdadeira de alguém era desconstruída, formava-se na mente das pessoas uma imagem incorreta de alguém, vítima da fofoca.
  Hoje nas redes sociais temos uma mutação do mal que descontruía a imagem de uma pessoa (fofoca), hoje a própria pessoa propositalmente promove e divulga uma imagem falsa de si mesma, a fim de conseguir destaque ou até mesmo ACEITAÇÃO diante da sociedade ou de um público específico, nesta busca desesperada de satisfazer esta necessidade da alma ela se submete a papéis completamente reprováveis, dentre eles poderíamos destacar a exposição excessiva de seu corpo, polêmicas, violência, quebra de princípios e valores da família e claro, a desconsideração por Deus ao passar dos limites que Ele mesmo colocou no coração.
  O que me chama a atenção nesta “mutação” é que temos entrado em um período da história em que as pessoas se importam mais com a aparência do que com a essência, mas com o que pensam sobre ela ou sentem ao vê-las do que propriamente o que pensa sobre si mesmo ou sente, desse modo estamos fadados superficialidade, são sorrisos que escondem agonia, são cenários floridos sem o perfume das flores, é a exposição da vida na morte. Parece forte e negativo isso não é mesmo? Mas acredite aquilo que parece ser novo apenas se repete com os requintes da modernidade e da tecnologia, vejamos:
  Apocalipse 3:1- E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
  Da mesma forma que Deus conhecia o coração daquele irmão mais velho e mais forte de Davi e por isso não o ungiu para ser rei, assim como Deus conhecia o coração da igreja de Sardes, Deus conhece todos os homens, conhece além da aparência, a igreja de Sardes reproduzia o mal que temos em grande escala em nossos dias, e como foi com ela, mais uma vez somos chamados ao arrependimento enquanto há tempo, a deixar essa vida que se tornou “comum” nas redes para vivermos a realidade, lutarmos para desfrutarmos da vida real em sociedade, especialmente em família, não aquela que os outros esperam encontrar quando olham para nós.
  A intenção deste texto é que não venhamos cair na sedução desse tempo presente de vivermos a superficialidade da vida on-line, em divulgar uma imagem falsa de nós mesmos e quem sabe até nos tornarmos dependentes de likes, já foi dito por especialistas que a expectativa e ansiedade por um like é no cérebro humano a mesma que um usuário de drogas tem pela próxima dose.
  E caso cometam um erro ao nos definirem por uma foto ou qualquer imagem que seja exposta (pois é um erro definir alguém pelo que se vê em fotos e vídeos) estejamos prontos para que olhando atentamente para nós percebam que em uma foto não expressamos tudo o que realmente somos, que em uma foto talvez expressamos a alegria de um momento, a sensação de um momento, mas que somos maduros o suficiente para entender que a vida é feita de fases e que reconhecemos que as fases que mais nos fizeram crescer e amadurecer foram aquelas das quais evitamos revelar em público, pois se tratam de dias difíceis, onde dores e lágrimas eram comuns.
  Resumindo,
  Não julgue pela aparência!
  Cuidado com a vida de aparência!
  #PenseNisso

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