1 Samuel 16:7 - O Senhor, contudo, disse a
Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei.
O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o
coração".
Talvez você assim como
eu já tenha se permitido enganar pelo que viu e não conseguiu compreender, ou
por que não dizer, discernir. Nosso julgamento precipitado pode nos levar a
cometer erros desastrosos, no versículo que lemos, por exemplo, o profeta
poderia ter ungido a pessoa errada como rei.
Existem
muitos ditados populares como “Não julgue
o livro pela capa”, “o que vale é o conteúdo, não o rótulo”, dentre outros
que passam a mesma mensagem de tomarmos cuidado com a aparência, pois ela pode
nos enganar. No texto bíblico que lemos temos um clássico acontecimento que
sempre é usado quando vamos nos referir a esse assunto, mas gostaria de falar
não apenas do que é sempre comum nesse sentido de “vida de aparência”, do
quanto podemos nos enganar com aquilo que vemos, mas gostaria de trazer luz ao
fato de que neste momento de exploração da autoimagem nas redes sociais, a
crescente busca por aceitação de uma imagem que não condiz com a realidade,
seja ela geográfica, emocional e até mesmo social.
A imagem
usada para este texto estava circulando nas redes como uma brincadeira, mas
sempre procuro refletir sobre o que vejo, tento enxergar além e tirar lições
para minha vida e que podem também ser úteis para quem está ao meu redor,
talvez você, assim como eu encontrou dificuldade de entendê-la no primeiro
momento, o motivo é simples, temos nossa interpretação automática do que vemos,
somos precipitados, interpretamos sem analisar cuidadosamente, mas a intenção dessa
imagem é essa, é nos fazer rir no final, ninguém sairá prejudicado quando
disser que isso é uma coisa incomum ou quem sabe inaceitável, também não é a
minha intenção entrar nessa discussão de sexualidade, mas me atenho ao fato de
definirmos aquilo que chega a nós sem análise, hoje isso tem nos levado a caminhos
tenebrosos, em tempo de muitas Fake News que são compartilhadas sobre política,
famosos e etc; temos algo comum antes mesmo do avanço da tecnologia da internet
e dos meios de comunicação, a “primitiva” fofoca.
Hoje podemos
dizer que existe a fofoca indesejada (a primitiva) e a fofoca provocada e
desejada pelo protagonista da “história”, Antes tínhamos histórias infundadas,
criadas a partir de algo que se via ou que se ouvia, que mesmo sem provas se
tornava uma história que passava de um para o outro tomando uma forma cada vez
pior, dessa maneira a imagem verdadeira de alguém era desconstruída, formava-se
na mente das pessoas uma imagem incorreta de alguém, vítima da fofoca.
Hoje nas
redes sociais temos uma mutação do mal que descontruía a imagem de uma pessoa
(fofoca), hoje a própria pessoa propositalmente promove e divulga uma imagem
falsa de si mesma, a fim de conseguir destaque ou até mesmo ACEITAÇÃO diante da sociedade ou de um
público específico, nesta busca desesperada de satisfazer esta necessidade da
alma ela se submete a papéis completamente reprováveis, dentre eles poderíamos
destacar a exposição excessiva de seu corpo, polêmicas, violência, quebra de
princípios e valores da família e claro, a desconsideração por Deus ao passar
dos limites que Ele mesmo colocou no coração.
O que me
chama a atenção nesta “mutação” é que temos entrado em um período da história
em que as pessoas se importam mais com a aparência do que com a essência, mas
com o que pensam sobre ela ou sentem ao vê-las do que propriamente o que pensa
sobre si mesmo ou sente, desse modo estamos fadados superficialidade, são
sorrisos que escondem agonia, são cenários floridos sem o perfume das flores, é a exposição da vida na morte. Parece
forte e negativo isso não é mesmo? Mas acredite aquilo que parece ser novo
apenas se repete com os requintes da modernidade e da tecnologia, vejamos:
Apocalipse
3:1- E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete
espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de
que vives, e estás morto.
Da mesma
forma que Deus conhecia o coração daquele irmão mais velho e mais forte de Davi
e por isso não o ungiu para ser rei, assim como Deus conhecia o coração da igreja de Sardes, Deus conhece todos os homens,
conhece além da aparência, a igreja de Sardes reproduzia o mal que temos em
grande escala em nossos dias, e como foi com ela, mais uma vez somos chamados
ao arrependimento enquanto há tempo, a deixar essa vida que se tornou “comum”
nas redes para vivermos a realidade, lutarmos para desfrutarmos da vida real em
sociedade, especialmente em família, não aquela que os outros esperam encontrar
quando olham para nós.
A intenção
deste texto é que não venhamos cair na sedução desse tempo presente de vivermos
a superficialidade da vida on-line, em divulgar uma imagem falsa de nós mesmos
e quem sabe até nos tornarmos dependentes de likes, já foi dito por especialistas
que a expectativa e ansiedade por um like é no cérebro humano a mesma que um
usuário de drogas tem pela próxima dose.
E caso
cometam um erro ao nos definirem por uma foto ou qualquer imagem que seja
exposta (pois é um erro definir alguém pelo que se vê em fotos e vídeos) estejamos
prontos para que olhando atentamente para nós percebam que em uma foto não
expressamos tudo o que realmente somos, que em uma foto talvez expressamos a
alegria de um momento, a sensação de um momento, mas que somos maduros o
suficiente para entender que a vida é feita de fases e que reconhecemos que as
fases que mais nos fizeram crescer e amadurecer foram aquelas das quais
evitamos revelar em público, pois se tratam de dias difíceis, onde dores e
lágrimas eram comuns.
Resumindo,
Não julgue
pela aparência!
Cuidado com
a vida de aparência!
#PenseNisso
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