terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Palavra de saudação: Pensamento de um cristão.



Atos dos Apóstolos 13: 50. Mas os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos.

  O inimigo é um grande estrategista, neste pequeno trecho de uma história verídica onde a perseguição ganhava força contra a igreja. Nós vemos como a oposição ao cristianismo agia, e quem eram os agentes da oposição.

  Quem persegue? Os judeus.
  Quem eles utilizam para fortalecer a oposição contra o avanço do evangelho? Os principais da cidade e as mulheres honestas.

  Paulo um dia esteve do lado dos perseguidores e talvez ele entenda muito bem o posicionamento dos judeus, nenhuma palavra de um cristão fazia sentido para ele no passado não muito distante, na verdade, cada vez que um cristão fazia algo referente ao evangelho, isso trazia mais raiva ao seu coração, a bíblia chega a dizer que ele "respirava ameaça de morte aos cristãos (At 9.1)", só que agora ele é um cristão e se torna o alvo da da oposição. Esta se fortalece aqui neste trecho da seguinte forma, utilizando-se de duas forças, os principais da cidade, homens com popularidade e influência, capazes de mover pessoas em seus ideais simplesmente por serem líderes.
  E outro grupo de pessoas, que para mim merece uma atenção especial. Os judeus utilizavam para fortalecer a oposição e perseguição aos cristãos, "as mulheres honestas". A força da perseguição dessas mulheres não estava em sua popularidade política ou na força do braço, mas no fato de serem mulheres honestas, ou seja, quando alguém que é reconhecido na comunidade como sendo uma pessoa honesta, vamos dar todo valor e credibilidade ao que ela fala, só que aqui, mesmo sendo elas honestas, estavam sendo levadas por uma opinião de pessoas que faziam oposição aos cristãos e consequentemente ao evangelho.
  O que eu gostaria de falar com este texto e trazer reflexão à você meu amigo(a), talvez não sejamos os principais defensores da oposição da igreja, mas precisamos tomar todo o cuidado para que nesta luta que não podemos negar que está acontecendo, seja ela política e com certeza no mundo espiritual, precisamos tomar o devido cuidado de não sermos as pessoas honestas que vão dar apoio para a oposição que se levanta contra a família, os valores cristãos e contra aquilo que é saudável para qualquer cidadão, pois somos os cristãos e nossa opinião tem sim muita relevância, no contexto dessa fala minha, nós somos como essas mulheres honestas, nossas manifestações precisam ser feitas com muito cuidado em todos os ambientes, seja na escola, no trabalho e até mesmo nas redes sociais.
  Não gosto de discutir política, no nosso Brasil dificilmente vamos encontrar pessoas que olham com bons olhos a política e o político depois de tanto sofrimento do nosso povo, mas quero chamar sua atenção, seja um cristão sábio, que possamos entender que nosso país é um país laico de fato e que é dever nosso respeitar a todas as religiões, porém ainda que às respeitemos, somos crentes em um só Deus e Senhor, que não esqueçamos que a nossa missão é levar o mundo, a começar pelo Brasil a reconhecê-lo como único Deus. Existiam países que eram conhecidos como cristãos, hoje é proibido levarem a bíblia para a escola, o Brasil é um país cristão, mesmo que seja considerado laico, em algum momento tentaram tirar princípios básicos e importantes para o desenvolvimento das crianças, tentaram levar para a escola cartilhas que ensinavam coisas absurdas. Não podemos como cristãos entrarmos em uma briga, buscar ter partido junto aqueles que são contra um slogan de campanha simplesmente porque são contra a pessoa que se ultilizou de uma frase, eles não são apenas contra o político que usou tal slogan, sobretudo são contra o nome que está sendo anunciado ali, criticamos algo que ressalta "Deus acima de todos", depois de forma tão incoerente pedimos a benção de Deus sobre a nossa nação. Que não tenhamos partido nas brigas políticas, mas se temos a oportunidade de colocar o nome de Deus, seja em qual instituição for, que façamos com entendimento, para que nossa honestidade não seja aproveitada para embargar o que de bom pode ser reproduzido em nossa nação de agora em diante.
  Não sou defensor de político, torço para que aquele que ganhou faça algo significativo para a melhora de todos, hoje só manifesto minha expressão de inconformismo com o posicionamento de algumas pessoas que deveriam estar alegres em promover o nome de Deus, mas preferem lançar lenha na fogueira da oposição.

#PenseNisso

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Paradoxos ambulantes / Pescadores de homens



 Não sei você, mas eu já fiquei impressionado com muita coisa que vi nessa vida, uma dessas coisas é a incoerência de algumas pessoas vivendo completamente o oposto do que o lugar ou o cenário que escolheram estar lhes exige. Por exemplo, ninguém vai à praia em dia de sol agasalhado como se estivesse em algum lugar frio da Europa, ainda que gostemos do frio, ainda que gostemos do visual agasalhado de inverno, o ambiente que vivemos sempre nos impõe a forma como devemos nos vestir e agir.
 Claro que isso não se aplica de forma generalizada referente ao mundo e a posição e comportamento da  igreja, pois entendemos que existe um sistema que impera no mundo, um sistema egocêntrico, hedonista e diabólico. A igreja caminha na contramão desse sistema e acabamos sendo vistos como incoerentes diante do que para a maioria é o "normal" se nos mantivermos obedientes a Deus e sua Palavra. O cristão que mora no Rio não curte carnaval, o jovem que mora no morro não curte baile funk, dentre tantos outros exemplos que poderíamos citar.
 Mas gostaria de trazer uma reflexão neste texto sobre o que somos e o lugar que decidimos estar, lugar este que às vezes é completamente o contrário do lugar que realmente deveríamos estar, o exemplo que eu queria utilizar era o do apóstolo Pedro, antes só Simão filho de Jonas.

Lucas 5: 4. E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
 10. E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.

 Jesus entra no barco de Simão (Pedro), diz para que este vá ao mar alto (mesmo após ter passado a noite inteira sem conseguir pegar nada), e manda que lance a rede. Pedro obedientemente o fez e se surpreendeu, pois eram tantos peixes na rede que o barco quase afundava. Após isso Simão (Pedro) reconheceu quem era diante do Senhor, pecador, indigno de estar na presença de tamanha santidade, mas neste mesmo momento Jesus o chamou para que entendesse qual era o seu chamado, "de agora em diante serás pescador de homens".
 O chamado tem lá seus desafios, e nisso eu entendo o quanto o chamado está sendo feito de acordo com nossa capacidade em cumprir brilhantemente, pois não faremos coisas que surpreenderão a Deus, faremos coisas que Ele mesmo nos capacitou para que a fizéssemos. Talvez se Jesus chamasse Pedro para ensinar aos homens, ele pensaria "Mas eu não sou professor", ou se Jesus chamasse ele dizendo que iria curar a muitos, ele poderia pensar "Mas eu não sou médico", se Jesus até mesmo dissesse que ele iria pregar para muitos, ele talvez pensaria "Mas eu não sei pregar". Por isso Jesus o líder mais sábio que já existiu, chama Pedro de uma forma que ele entende que pode sim cumprir seu chamado, Jesus chama um pescador profissional, para ser "pescador de homens".
 Pedro sabia lidar com o ambiente onde os peixes habitam, sabia dos perigos e do quanto aquele ambiente (Mar da Galiléia) era importante para a sua sobrevivência, Pedro talvez passava mais tempo na água do que propriamente em terra seca, sua habilidade em usar a rede, seu instrumento de trabalho, ao lavar as redes demonstrava a manutenção e o cuidado que tinha com aquele instrumento, sabia que seus braços eram importantes para pescar, mas que não eram seus braços e nem suas mãos que traziam os peixes para o barco, o cuidado com a rede deveria ser primordial, pois uma só brecha poderia o fazer perder um grande peixe.
 Talvez você esteja lendo este pequeno trecho e muitas coisas já te vêm ao coração, pois de fato Simão era profissional em pegar peixes, ele deveria ter um braço até forte pelo trabalho de lançar e puxar as redes, o trabalho de remar no seu barco, porém Pedro estava ciente como um bom pescador, que era completamente dependente do seu instrumento de trabalho, aqui eu vejo não a figura de um homem com uma rede, mas dentro da tipologia desta palavra, vejo um homem com a bíblia, pois por mais que o homem saiba falar, tenha uma boa oratória, tenha capacidade e conhecimento, somente a Palavra de Deus tem o poder de alcançar os pecadores (peixes), já a forma de Pedro cuidar da rede, ou seja, a manutenção, nos leva a pensar ao que nós como pregadores devemos fazer sempre, ter um cuidado com o instrumento mais importante do nosso trabalho, com a bíblia, fazer manutenção neste instrumento significa ler, estudar, pesquisar, se aprofundar e acima de tudo, orar muito sobre ela, para que Deus nos revele seus profundos mistérios.
 Entendido isso vamos retornar ao tema, qual pescador que costumeiramente está com uma rede nas mãos ou uma vara de pescar vai ficar feliz se não manusear estes objetos por uma semana, um mês, quem sabe um ano?
 Vamos ir mais fundo nesta pergunta, qual pescador, sendo este um profissional, sendo alguém que entende que ser pescador é sua vocação, qual viveria longe da água? Longe do lugar que estão os peixes?
 É com essa pergunta que eu gostaria de falar sobre os grandes paradoxos ambulantes que temos visto por aí, pessoas com chamados grandes, vocacionadas e chamadas para um ministério lindo, mas que vivem como pescadores longe do mar, vivem como pescadores que manuseiam computadores...
 São pescadores que vivem longe das ruas nos dias de evangelismo, vivem longe dos cultos ao ar livre promovidos por sua igreja, são pescadores que não entregam folhetos com mensagens evangelísticas, são pescadores que se tornaram admiradores de aquários, ficam felizes por verem tantos peixes em quatro paredes, isso qua do Deus os tem chamado para o mar alto.
 Quanto tempo tem "Pedro", que você não participa de algo referente a obra missionária em sua igreja? Quanto tempo tem que você não se envolve com as ações sociais promovidas pela sua igreja? Ações essa que são também provas reais do amor de Jesus através da atitude de amor ao cuidar do próximo, ao cuidar daqueles necessitados que estão neste grande mar.
 Talvez você hoje seja um "paradoxo ambulante", alguém que tem um grande chamado, mas vivendo tão distante dele, talvez seja incoerente a maneira como se comporta na igreja e no Reino, pois é um cantor(a) que não canta, é um pregador(a) que não prega, é um(a) líder que não quer mais responsabilidade, se tornou apenas mais um espectador sentado em algum banco da igreja, um pescador sem mar e sem rede. Deus hoje te chama novamente a assumir seu lugar no Reino, ser o que Ele te chamou para ser, Ele não te chamou para ser algo que você mesmo duvidaria ser capaz de realizar.
 Pedro pescador, a partir de hoje serás pescador de homens.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Amigo

 
 Ao ler as histórias do apóstolo Paulo, suas experiências, sua forma ousada e destemida de pregar o evangelho ao cumprir aquilo que entendia ser sua missão nos sentimos inspirados, refletimos sobre a nossa maneira de servir a Deus no Reino e com a nossa vocação. Paulo foi um desbravador, chegou à lugares que os outros apóstolos não chegaram, suas viagens missionárias lhes geraram muitos frutos, igrejas plantadas em diversas cidades, muitas vidas alcançadas pelo conhecimento do evangelho através de suas pregações, certamente Paulo levava sobre sua carne as marcas dessas batalhas espirituais que o levaram a ser perseguido, apedrejado, açoitado, naufragando, dentre tantas outras situações adversas que somente ele poderia descrever (2Co 11.23-27). Paulo trazia em seu corpo as cicatrizes, as marcas de suas batalhas, mas tenho certeza que em seu coração também trazia a marca das almas, a alegria em se lembrar das pessoas que foram vencidas pelo amor de Deus revelado através do Evangelho e feito irresistível diante da ação do Espírito Santo.
 As histórias do apóstolo são inspiradoras, principalmente para os corações que queimam por missões e que amam anunciar o doce nome de Jesus, mas algumas coisas acabam sendo marcantes, impactantes e nos trazem um pouco da realidade dentro da missão, situações essas que devemos estar preparados para elas, “o abandono”.

 Abandonado no pior momento

 Dentre as tribulações do apóstolo Paulo está a prisão, as prisões de Paulo são divididas em dois estágios, um mais simples e um mais crítico, no primeiro momento Paulo fica preso em uma casa, escoltado por um soldado Romano, lugar este que o apóstolo recebia visitas e pregava, enviava cartas, por isso digo ser mais simples este primeiro momento de prisão, porém no segundo momento que eu chamo de crítico, o apóstolo é lançado em uma masmorra e dali ele caminha em direção ao seu martírio, a prisão nunca foi o maior problema de Paulo, este servo que esteve sempre acompanhado de varões valorosos, em nossos dias quem amante da obra e do Reino não gostaria de andar com este apóstolo? Mas neste último momento nos deparamos com uma realidade que toca o nosso coração, que nos traz pesar ao pensar neste apóstolo destemido, só que agora um senhor em uma situação difícil, este é o momento que Paulo de fato precisa de apoio, precisa sentir-se apoiado pelos valorosos homens que em algum momento da caminhada passaram a seguir-lhe, mas como dizem os jovens em nossos dias “só que não”.
 
“2  Tm 4.9-16 KJ
  Procura vir ao meu encontro o mais depressa possível
  Porquanto Demas, havendo amado mais o mundo secular, ME ABANDONOU e se foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito para a Dalmácia.
 Somente Lucas está comigo, Toma a Marcos e traze-o contigo, pois ele me é de grande auxílio para o ministério.
 Mandei Tíquico para Éfeso.
 Quando vieres, traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
 Alexandre, que trabalha com bronze, prejudicou-me severamente; o Senhor com certeza lhe retribuirá conforme as suas atitudes.
 Tenhas muita cautela com ele, pois se opôs fortemente às nossas palavras.
 Na minha primeira defesa, ninguém se fez presente para me ajudar, pelo contrário, TODOS ME DESAMPARARAM. Contudo, que isto não lhes seja imputado.

 Ao ler a segunda carta de Paulo a Timóteo eu percebo em alguns momentos a sensação do apóstolo diante desta batalha que acontece em seu exterior e no seu interior também, Paulo em outro momento já havia deixado claro o quanto a presença de seus amigos era importante:

“2 Co 7.5-6
 Pois, nem quando chegamos à Macedônia tivemos descanso; pelo contrário, em tudo fomos atribulados; externamente, lutas; internamente temores.
 Deus contudo, que consola os abatidos; CONSOLOU-NOS COM A CHEGADA DE TITO.”

 Paulo só nos faz reafirmar algo que Jesus ensinou, que no ministério precisamos uns dos outros e por isso Jesus enviou de dois em dois, Paulo revela a necessidade do coração de todos nós, a necessidade de ter ao nosso lado os companheiros que Deus nos deu, porém está sentindo fortemente esta sensação de abandono, chega a usar repetidamente o ser abandonado “por todos”.

 “2 Tm 1.15
 Todos os que estão na província da Ásia me abandonaram, até mesmo Fígelo e Hermógenes.”

 Paulo usa uma hipérbole (exagero) para falar sobre sua sensação de abandono, neste último capítulo de sua carta a Timóteo vemos a expressão em sua maior força, vemos os detalhes que justificam a ausência de alguns destes amigos, mas vemos também um relato meio que em forma de desabafo sobre o que levou um companheiro a deixá-lo no momento mais difícil.
 Ao dizer para Timóteo “vir depressa”, Paulo demonstra a urgência que ele tem da presença do seu “filho na fé”, então ele continua a sua descrição a respeito do que estava acontecendo, e claro, o que nos revela o porquê de ele pedir para que Timóteo se apresse. Paulo diz que Demas o abandonou, o abandonou porque “amou mais o mundo secular”.
 Segundo os estudiosos, esta carta escrita a Timóteo foi entre 66-67 dC, porém vamos encontrar um registro a respeito de Demas ao lado de Paulo alguns anos antes. Em Cl 4.14 Demas aparece junto à Lucas saudando a igreja de Colossos na carta que Paulo enviou, segundo os estudiosos a carta aos Colossensses foi escrita no ano 60 dC, isso nos mostra que Demas, este companheiro que o abandona no momento mais difícil amando mais o mundo secular, um dia esteve ao seu lado como um companheiro na missão.
 O que seria capaz de separar amigos na hora que mais se precisa daquela amizade?
 Jesus nos deixa um aprendizado muito grande sobre isso, pois não há como tomarmos pra nós a dor de sermos os únicos a serem abandonados pelos amigos no pior momento de nossas vidas. No mesmo dia que Jesus foi traído com um beijo por um dos seus principais seguidores, após ser humilhado, acusado injustamente, esbofeteado como se fosse um bandido, Jesus olha para Pedro, aquele que disse permanecer ao seu lado mesmo que todos o deixassem, ao olhar para Pedro Jesus o vê negando conhecer-lhe, jurando e se maldizendo por estarem o acusando de conhecer a Jesus, certamente de toda a vida humana de Jesus, aquele era o momento mais difícil, e nesta hora até quem disse ser fiel até a morte o trata como se não o conhecesse.
 Você já se sentiu abandonado por seus amigos no momento que você julgou ser o pior de sua vida? Por aquela pessoa que disse que estaria com você, mesmo que todos te deixassem? Pelo esposo ou esposa que fez votos de estar ao seu lado te amando e respeitando até a morte?
 Esta é uma palavra para trazer clareza ao seu entendimento, pois o apóstolo Paulo passou por isso, Jesus passou por isso, mas mesmo assim foram fiéis ao propósito de Deus na vida deles até o fim, a bíblia diz que Jesus olhou para Pedro na hora que ele o negava (Lc 22.51), Jesus também nos disse que deveríamos amar uns aos outros como Ele nos amou (Jo 15.12), ou seja, Jesus não deixou de amar aquele que o traiu com um beijo, Jesus não deixou de amar aquele que o negou diante de seus olhos e nos chama para amar dessa forma. Talvez você diga que isso é impossível, sim, era impossível ao homem até o dia em que o amor nos foi revelado em pessoa, nos deu a oportunidade de sermos transformados em NOVAS CRIATURAS, habita dentro de nós e dia após dia nos torna cada vez mais parecidos com Ele.
 Precisamos entender uma coisa sobre o amor, algo que talvez nos faça lidar com essas questões de forma que agrade a Deus. Precisamos entender sobre a nossa dívida diária que temos de amar ao próximo.

 “Rm 13.8
 A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor fraterno, com que deveis amar uns aos outros, pois aquele que ama a seu próximo tem cumprido a Lei.”    

 No nosso caso, diante de uma traição ou do abandono sentimos que temos cobranças a fazer e não dívidas a serem pagas, essa é uma mentalidade simplista humanista, mas após a renovação da nossa mente (Rm 12), ao nos tornarmos novas criaturas com o novo nascimento (Jo 3) e nos tornarmos semelhantes a Cristo pelo conhecimento das Escrituras, somos levados a viver na contramão do mundo, reagindo semelhante a Cristo e não ao homem caído. Nesta nova maneira de viver perdemos as características da cultura terrena que nos leva a buscar a nossa felicidade própria, entendemos agora que minha felicidade não poderia ser completa se ela trouxesse prejuízos na vida de outros, por exemplo, nao há sucesso ou felicidade ou ministerim abençoado quando este deixa a família dilacerada, sozinha, desprotegida, a traição do outro não vai justificar eu deixar meu lugar, o abandono do outro não pode me fazer desistir do meu ministério. E quando falo isso a nivel familiar, entendo que a familia e o nosso primeiro e maior ministério, talvez eu ganhe muitos com minhas pregações, mas só conseguirei ganhar minha família se pregar além de palavras, preciso investir nela um amor palpável e não apenas audível.
 Ao olhar para este texto de 2 Tm 4, penso sobre os diversos motivos que nos afastariam de nossos amigos em um momento que eles mais precisam de nós, por exemplo com o apóstolo, Tiquíco foi “enviado” por ele, ou seja, Paulo viu como maior necessidade o cuidado da igreja de Éfeso e não propriamente o seu, a necessidade de outras pessoas podem nos afastar “geograficamente” de outras, temos o caso de Tito, companheiro de Paulo e já citado neste texto, sua companhia era muito apreciada por Paulo e apesar de não estar bem explicado o porquê de ir para a Dalmácia (Albânia), os estudiosos dizem que seu trabalho foi extremamente significativo para a expansão do evangelho em algumas áreas, áreas até mesmo que o próprio Paulo não havia alcançado. Isso nos faz entender um ponto importante de toda a dificuldade de Paulo referente a sensação de abandono, mesmo sentindo essa necessidade, não abria mão do cuidado com as igrejas fundadas e também não abria mão da expansão do Reino, sua necessidade pessoal não estava acima da causa do Reino.
 Em meio aos “abandonos” precisamos entender que existem pessoas que não estão perto, mas que elas têm motivos justificáveis para isso, e se nós não amarmos a causa que Jesus nos confiou, seremos egoístas a tal ponto de prender alguém ao nosso lado por um tempo, quando esta pessoa poderia estar em algum lugar mudando a eternidade de diversas outras que estão destinadas ao inferno. Um dia Paulo disse aos irmãos para que não o magoassem ao chorar para que não fosse a Jerusalém, sabendo que ele sofreria, disse que estava ciente e disposto não só a sofrer, mas a morrer pela causa, agora não seria diferente, seu sofrimento não estaria em primeiro lugar, como muitos dizem “sofra eu, mas não a obra”.
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Quem você é? O que diz de si mesmo?

  
  João 1: 19. E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? 
 20. Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. 
 21. Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. 
 22. Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? 
 23. Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. 
 29. No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
 30. este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um varão que passou adiante de mim, porque antes de mim ele já existia. 
 32. E João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.   
 33. Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo.
 34. Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus.

  João 3: 25. Surgiu então uma contenda entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação. 
 26. E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele. 
 27. Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.  
 28. Vós mesmos me sois testemunhas de que eu disse: Não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. 
 29. Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo. 
 30. É necessário que ele cresça e que eu diminua.

  Temos hoje a oportunidade de conhecer um pouco melhor deste grande homem na história do cristianismo, falar de João Batista é de certa forma empolgante, pois ele se tornou um homem diferenciado dentro do cumprimento do seu ministério quando comparamos aos demais profetas, seu nascimentos aconteceu dentro de uma impossibilidade humana e de forma sobrenatural, o anúncio de sua vinda ao mundo pelo anjo Gabriel e o quanto ele abençoaria vidas através de sua mensagem.

  Lucas 1: 13. Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João; 
 14. e terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento;  
 15. porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe; 
 16. converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus;

  João sendo filho de sacerdote, tinha um futuro já esperado por todos, pois ao fazer parte da linhagem de um sacerdote, com toda certeza todos esperavam que ele fosse também, mas os planos que Deus tinha na vida deste homem eram outros, João nos dá diversas lições com sua vida, suas escolhas que o mostrou ser completamente obediente ao propósito de Deus, ao renunciar a honra de ser um profeta em Israel, aquelas roupas finas, a alimentação de um sacerdote era também muito boa, já que os sacerdotes serviam no templo e viviam dos dízimos e das ofertas que eram ali entregues pelo povo. Sua renúncia acerca do ministério sacerdotal para profeta o fez deixar o conforto do templo pelo deserto, as roupas finas por peles de animais, uma alimentação de primeira, por gafanhotos e mel silvestre. João poderia ser sacerdote, ainda assim poderia servir a Deus. Isso nos arremete a refletir sobre alguns casos, as vezes casos da nossa própria vida, pois pra muitos servir a Deus é o que importa, o importante é estar na igreja, mas não, João é um exemplo de alguém que não foi enviado apenas quando começou a profetizar, João foi enviado ao nascer, isso nos deixa claro sobre vocação e chamado.

Vocação - nascemos com ela.
Chamado - quando somos chamados a cumprir a vocação que temos desde o nosso nascimento.

  Existem muitos lugares no mundo que podem nos deixar felizes e realizados, existem coisas que podemos possuir que nos podem fazer felizes e satisfeitos em vida, mas não existe melhor sensação do que a sensação de estar no centro da vontade de Deus, no lugar que Ele espera que estejamos, é ter no coração a certeza de que nascemos para aquilo e estamos no lugar que Deus determinou para nós.
  Geograficamente tem pessoas que estão dando voltas no mundo, quando sabem que o lugar delas é na igreja, por outro lado, temos pessoas que o problema não é geográfico, estão na igreja, mas não estão dentro do cumprimento de sua vocação, pelo contrário, Deus tem chamado uns para pregadores e estes querem ser cantores, Deus chama uns para serem tesoureiros, estes querem ser pregadores e etc.
  Talvez alguns perguntem, mas José Carlos, não é tudo a obra de Deus? Vou contar uma história que eu escutei uma vez.

  Existia um homem dentro de uma igreja que era apaixonado pela obra de Deus, seu desejo era ganhar almas para o Reino, porém Deus o havia dado sabedoria e muita capacidade na área da administração, na verdade este trabalhava secularmente com isso e era muito bem sucedido, sendo assim seu ministério, sua vocação era para ser tesoureiro da igreja, só que este homem queria muito ganhar almas e firmava a idéia de que era um pregador, que fora pra isso que Deus o havia escolhido.
  Este homem morreu e chegou o dia da prestação de contas, diante de Deus aquele homem falava com muita alegria que como pregador, havia ganhado aproximadamente 500 pessoas, Deus se entristeceu e disse " Filho, você foi desobediente ao que eu determinei para sua vida, sua vocação e ministério não era de pregador, e sim de tesoureiro. Ganhaste 500 pessoas em todos estes anos de ministério, quando na administração dos dízimos e das ofertas da minha casa grande parte da África seria alcançada pelo investimento que seria feito através dos missionários que minha igreja iria enviar e manter na sua administração, milhares de pessoas deixaram de ser alcançadas por sua desobediência."

  Eu nunca esqueci esta história, pois ela me ajudou a entender que não basta estar na igreja, mas que precisamos estar no centro da vontade de Deus, viver aquilo que fomos vocacionados e sendo sensíveis ao chamado, este é o melhor lugar do mundo.
  Sendo assim vamos para o tema deste texto, pois João no cumprimento de sua vocação se tornou um homem notável, sua fama se espalhava e o respeito que o povo tinha por ele era grandioso, as pessoas iam para o deserto para ouvi-lo e ser batizado por ele, seu ministério foi tão bem sucedido que alguns homens, principalmente os líderes religiosos questionavam se João era o Cristo, ou seja, o messias, questionavam se ele era Elias ou o Profeta. Ao chegarem até João e fazerem estas perguntas, João diz que não, que não era o Cristo, que não era o profeta e nem Elias, e é pensando nesta pergunta que peço a Deus que nos ilumine e nos ajude a ter sempre uma resposta pronta e certa de quem somos dentro de uma perspectiva divina e humana.
  Ao fazer esta pergunta para alguns amigos, vi o quanto tiveram dificuldade em responder, você teria dificuldade em responder quem você é? Ou o que você diz sobre si? João não teve dificuldade em responder, primeiro João tem facilidade em responder por ter a certeza do que ele não é.
  A opinião das pessoas a respeito de João eram positivas e muito significativas dentro do contexto do povo de Israel, eles tinham um pré-julgamento sobre João de acordo com o posicionamento dele diante do povo, geralmente é assim na nossa vida, as pessoas tem um veredito ao nosso respeito de acordo com aquilo que fazemos e a maneira de vida que decidimos ter, é importante ressaltar que "nós não somos aquilo que fazemos, mas aquilo que fazemos fala muito a respeito de quem somos", João se tornou famoso e respeitado, as pessoas não se conformariam em receber a simples resposta, "sou João filho do sacerdote Zacarias".
  Aqui eu vejo outra lição importantíssima, pois as pessoas costumam falar muita coisa ao nosso respeito, se fazemos algo errado, nos comparam aos piores exemplos, se fazemos algo bem feito, as pessoas falam até que somos "deuses", por exemplo, Paulo quando chegou na ilha de Malta após o naufrágio, chegou junto a todos os tripulantes que pela misericórdia de Deus foram poupados juntamente com Paulo, diz o texto bíblico que Paulo foi se aquecer em uma fogueira e ali começou a mexer com os gravetos, quando uma víbora saiu do meio dos gravetos e agarrou em sua mão, este sacudindo a víbora no fogo permaneceu ali como se nada tivesse acontecido. Os homens da ilha ao verem Paulo no primeiro momento, prisioneiro, cicatrizes que ganhou com suas experiências missionárias e com todos aqueles soldados fazendo sua escolta, disseram que Paulo era um assassino, estavam convictos de que Paulo era um malfeitor, principalmente quando a víbora agarrou em sua mão, disseram que a justiça o caçava, que a morte o perseguia, mas após vê-lo normalmente sem sofrer nenhum tipo de reação após a picada da cobra, disseram que Paulo era um "deus". (At 28.1-6)
  Assim é a opinião das pessoas ao nosso respeito, com João e até mesmo com Paulo eu aprendo algo muito valioso, aprendo que as pessoas vão ter muitas opiniões sobre quem somos, mas o mais importante é nós mesmos sabermos quem somos.
  O que os homens diziam que João Batista era, ele dizia saber que aquilo que eles diziam não era ele.

  O que as pessoas dizem ao seu respeito é realmente quem você é?

  João então responde algo para eles, pois precisavam de uma resposta, primeiro ele diz ser...

  A voz do que clama no deserto (Jo 1.23)
  Ao refletir sobre esta resposta, pensei e analisei sobre o que João poderia estar dizendo com isso, no final da leitura que introduzimos neste texto em Jo 3.30, está uma frase de João muito conhecida, cantada e usada em muitas pregações, "que Ele cresça e que eu diminua", em outras traduções diz "que Ele se torne mais importante e eu menos importante", não queremos ser às comparações negativas que as pessoas fazem ao nosso respeito, mas o que diziam que João era, eram apenas grandes personagens na história do povo, mesmo assim, João ao falar do Cristo, ele dizia que ele mesmo não era digno nem de desatar suas sandálias, que era Ele, Jesus o Cristo que deveria se tornar importante, não ele. O inimigo tem um propósito para todos os homens, jogá-los na lona, puxá-los para baixo, mas nem sempre ele consegue isso, mas ainda assim ele tem suas maneiras de tentar derrubar o homem, e quando ele não consegue isso puxando pra baixo, ele tenta jogá-lo para cima, fazendo assim ele derruba o homem com a vaidade. Isso nunca funcionou com João Batista e precisamos ver como isso o fez grande diante de Jesus.
  João também disse ser o...

  Amigo do noivo (Jo 3.29)
  Muitos passam direto por cima desta fala de João, quando na realidade essa fala tem um significado lindo. Na cultura de Israel, quando se trata de casamento, existia uma pessoa muito importante no período do noivado, este período durava cerca de 1 ano, após o acerto do noivado o noivo ficava todo este tempo longe até que no dia de sua volta fosse então realizado o casamento, tipologia perfeita da igreja (noiva) com relação a volta de Jesus (noivo), o noivo neste tempo que ficava longe da noiva não deixaria de se comunicar com ela, era aí que entrava o amigo do noivo, pois ele precisava ser alguém de muita confiança, cremos que seria sempre o melhor amigo. Este amigo era responsável por receber do noivo as mensagens e seria responsável por entregar para sua amada, algo mais ou menos assim:
  "Diga a ela que eu a amo, que não vejo a hora de estar com ela, que não existe na terra ninguém que pudesse comparar a ela".
  Mais ou menos o que Jesus pensa de sua igreja, este amigo era responsável por entregar essa mensagem, para com isso manter acesa a paixão da noiva pelo noivo, assim a expectativa da noiva pelo dia do casamento seria sempre reacendida. Houve uma discussão com os discípulos de João e um certo judeu sobre algo que estava acontecendo, eles questionaram o por que das pessoas estarem deixando de seguir a João para seguirem "aquele homem" de quem ele deu testemunho do outro lado do Jordão, os discípulos de João estavam questionando a popularidade de Jesus, João então explica que para essas pessoas ele é apenas o amigo do noivo, que sua alegria não consiste em ter a noiva indo atrás dele e sim que a missão dele, o propósito de Deus na vida dele é exatamente este, que a igreja(noiva) ame com toda a força o noivo.
  Existe na história bíblica um fato que eu o observo de forma muito próxima a este contexto cultural com relação ao amigo do noivo, em Jz 14. 20 diz:
  E a mulher de Sansão foi dada ao seu amigo, que lhe servira de paraninfo.
  Ao olhar para esta história, que por sinal acabou tragicamente, vejo um problema que as vezes acontecia entre o noivo, o amigo do noivo e a noiva. Apesar de ser amigo do noivo, sempre ao trazer as mensagens para a noiva, as vezes acontecia do amigo começar a ter sentimentos pela noiva, ao chegar e dizer que ela era bonita e especial como mensagem do noivo, acabava achando o mesmo de sua própria parte, nesta mistura de sentimentos, a infidelidade com o amigo acontecia, e ao invés de apresentar o amor do noivo pela noiva, este "amigo" passava a se apresentar para a noiva, a fim de que ela o admirasse, flertava com a noiva que não lhe pertencia.
  Quando João diz ser uma voz, penso que ninguém nunca viu a aparência da voz, é como o sal, tem sabor, é relevante, indispensável, mas não aparece na comida, e Jesus mesmo disse sermos o sal da terra, somos relevantes para o mundo, somos indispensáveis para o avanço do Reino na terra, mas precisamos entender algo, não precisamos buscar sermos notados, admirados, afamados, tudo o que fazemos tem valor, mas nossa missão é tornar a noiva cada dia mais apaixonada pelo noivo e manter acesa a expectativa dela pelo dia do casamento (arrebatamento). Não é isso que temos visto, e sim, essa crítica é válida e até importante em nossos dias, os nomes nos cartazes, os grandes nomes nas paradas, shows, eventos evangélicos, as pessoas são mais atraídas pelos "amigos do noivo", do que propriamente pelo noivo.

  Aos jovens pregadores e cantores da minha geração, deixo-vos um alerta e uma palavra de exortação, cuidado ao tratarem com a noiva, ela é a noiva do Cordeiro e não nossa, não tome para si o olhar, o sentimento que é devido apenas a Deus, faça como João, seja apenas uma voz, seja um amigo em quem o noivo possa confiar, entregue sua mensagem, mas que está palavra sempre esteja em foco no seu ministério, "Que Ele (Jesus) se torne mais importante e eu menos importante".

  Existe uma parte da história de João cujas interpretações eu não consigo aceitar, João foi preso, e ele pede para Deus discípulos perguntarem se Jesus era de fato o Cristo, o messias. Muitos dizem que João na prisão acaba duvidando, mas será que é isso mesmo?
  Primeiro precisamos analisar as palavras do próprio João:

   29. No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
 30. este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um varão que passou adiante de mim, porque antes de mim ele já existia. 
 32. E João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.   
 33. Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo.
 34. Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus.

  Primeiro nós vemos que João testemunhou que Jesus era de fato o Cristo, João ouviu a voz de Deus dizer que Jesus era o Filho de Deus, ele viu o Espírito descer sobre Ele e permanecer, porém, mesmo assim seus discípulos eram completamente fiéis a ele e não deixaram de segui-lo, na verdade questionaram as pessoas deixarem de seguir a João e passarem agora a seguir a Jesus. Na ocasião em que João está preso, seus discípulos ainda continuam com ele, eu quando falo isso, faço conjecturas, como que os discípulos estivessem do lado de fora da prisão, perto de uma janelinha onde conseguiam falar com João, tipo "João, estamos aqui, não vamos te abandonar nunca". João não queria seguidores pra si, mas sabe qual é sua missão, preparar o caminho para o Senhor, seus seguidores são tão fiéis a ele que não seguem a Jesus, nem mesmo agora que João está preso.
  Em Mt 11 nós vamos ver essa parte da história, a bíblia diz que "João, sabendo tudo o que Jesus estava fazendo, mandou seus discípulos irem até Jesus perguntar se Ele era realmente aquele que esperavam", João testificou que Jesus era o Cristo e agora, mesmo preso sabia de tudo o que Ele estava fazendo, isso não traria dúvidas a ele, mas certeza, só que seus discípulos precisavam de certeza, então a pergunta que foi feita não foi simplesmente pra ele e sim para seus discípulos, para que ao morrer, não acontecesse como no dia da morte de Jesus, onde muitos discípulos voltaram para casa desanimados.
  Ao chegarem lá, Jesus não respondeu a eles que era ou não o Cristo, ele realizou para que os discípulos de João pudessem ver muitos milagres, coisas que João nunca fez diante deles. O texto também diz em Mt 11, que ao saírem Jesus começou a falar de João, mas não falou que ele estava fraco, ou duvidoso, mas que não existia um homem nascido de mulher que se comparasse a João, que ele era o maior profeta que existia, alguém perguntava a João, "quem você é? Um profeta? João dizia, "sou apenas a voz", Jesus dizia, ele é o maior profeta.
  Isso me ensina muito, pois o maior de todos os profetas não queria seguidores para si, queria seguidores para Jesus, não queria aparecer, ser famoso, queria mostrar que era Jesus quem deveria ser reconhecido. Nos tornamos grandes diante de Deus quando Deus se torna grande na nossa forma de expressá-lo às pessoas e na forma como nos portamos diante de seu senhorio, Jesus está dizendo que João é o maior profeta, João está dizendo que não é digno nem de desatar suas sandálias, somos grandes pra Deus quando nos fazemos pequenos e isso ficando claro aos homens, somos pequenos e até insignificantes diante de Deus quando nos fazemos grande diante dos homens.
  João sabia exatamente quem era, uma voz profética e o amigo do noivo, disse que sua alegria consistia apenas em uma coisa, ouvir a voz do noivo, sua alegria não estava no momento que estava entregando a mensagem a noiva, mas na condição que lhe foi dada, na intimidade e confiança do Noivo em compartilhar com ele suas mensagens, mais uma vez aprendo com João, aprendo que quando vivemos essa amizade com Jesus, temos sempre esta intimidade, recebemos suas mensagens, sua inspiração, ouvimos sua voz, seja em sonhos ou em um simples louvor, temos a convicção de que estamos em um relacionamento estreito com Ele, como está seu relacionamento com o Noivo Jesus? Ouve sua voz? Já sentiu a alegria de ouvir sua voz? Ou ainda sente esta alegria mesmo depois dos anos que se passaram? Ou você perdeu a intensidade deste relacionamento e não vive mais aquela amizade?
  João se considerava amigo do noivo, pois sabia que estava exatamente onde deveria estar, cumprindo o seu propósito, ele sabia exatamente quem era por causa disso também, mas às vezes fugimos e nos distanciamos tanto do propósito que perdemos nossa real identidade, nos perdemos em uma outra maneira de viver e nós perdemos de Deus, respondemos ser alguém que não deveríamos ser.
  Perguntaram ao profeta Jonas, após fugir da direção que Deus havia dado, quem ele era, Jonas respondeu ser um profeta, fugindo de Deus, ele é também um exemplo da incoerência nossa quando dizemos ser alguém que está fazendo ou vivendo algo que não tem nada a ver com quem somos, filhos de servos de Deus, criados na igreja, alvos de profecias tremendas hoje estão vivendo em um mundo completamente perdido, caminham tão distantes do propósito que suas identidades foram desfiguradas pelo pecado.
  Quem sabe você quem está lendo este texto não tem sido alvo desta palavra, qual seria sua resposta? Quem é você? O que você diz de si mesmo hoje? Caso tenha deixado de ser uma voz para essa geração, ou interrompido a sua amizade com Cristo, te convido a retornar ao seu lugar, lugar este que você nunca deveria ter saído.
  Caso precise de ajuda, deixe um comentário, tentarei te ajudar de alguma forma, mesmo que seja apenas orando.

#PenseNisso
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