Deus liberta o seu povo do Egito depois de centenas de anos ali, a escravidão fazia parte do dia a dia difícil de todo hebreu. Foi difícil faraó permitir que fossem embora, a mão de obra de graça, este recurso nas mãos do Egito o fez grande em suas construções e também no desenvolvimento da nação.
Ao olhar pra isso entendo o que Paulo diz em sua carta aos coríntios, que ao unirem-se duas pessoas, não estão se unindo para a servidão e sim para a paz (1 Co 7.15).
Tem pessoas que são "faraós" na vida de outras, querem perto não por amor, não por cumplicidade ou porque acreditam que podem oferecer algo a elas, somente e exclusivamente pelo que essas pessoas podem oferecer, ou seja, um relacionamento interesseiro.
O desejo de faraó não era que o povo permanecesse na terra do Egito e assim ele iria melhorar a forma de trata-los, ou iria dar a eles os direitos que mereciam e o respeito devido.
A insistência de algumas pessoas dentro de alguns relacionamentos também não se trata de ter sido feito um auto exame e ter reconhecido o erro, pra mudar de atitudes, e sim o desejo de continuar desfrutando do que o outro pode oferecer. Tudo isso que vemos em faraó é o que a bíblia mesmo diz em vários momentos, o coração dele era duro.
Ao manter nossos corações petrificados somos impedidos de viver a liberdade, assim como na história do povo de Israel.
Faraó parecia ser o livre e Israel os prisioneiros, Israel estava preso no Egito, já faraó estava preso em seu interior, quando nem mesmo os sinais miraculosos de Deus eram suficientes para lhe mudar o coração. Talvez a maior de todas as prisões que conheçamos seja essa, seja a prisão que não nos permite ver os erros que cometemos às pessoas que estão ao nosso redor.
Segundo a história entre essas duas nações, no tempo em que o Egito passava por um período decisivo, José aparece neste contexto e através dele o Egito e outros povos foram salvos na época, neste tempo os hebreus foram bem-vindos no Egito, habitaram em uma terra egípcia sem sofrerem represálias, mas tudo mudou quando os egípcios esqueceram quem era José e o que ele havia feito pelo Egito (Ex 1.8).
Com o passar do tempo alguns relacionamentos passam pelo mesmo problema, ao passar dos anos, as memórias de momentos em que a presença do outro fez toda a diferença na vida são perdidas e agimos como se nada houvesse acontecido em outros tempos e em momentos difíceis (Lm 3.20). Tem gente que chega em nossa vida no momento que mais precisamos, assim como José no Egito e tempos depois tratamos como o faraó tratou o seu povo, ao esquecermos como as pessoas entraram em nossas vidas, o quanto contribuíram pra estarmos bem, acabamos tratando essas mesmas pessoas com desleixo.
Deus queria libertar seu povo do Egito, vemos na atitude de faraó o quanto ele se achava dono do povo, vemos também o quanto o povo estava acostumado com a escravidão e que a idéia de liberdade parecia algo fora de qualquer possibilidade.
Deus quer nos libertar de relacionamentos assim, Deus não deseja que caiamos nestes laços, pessoas possessivas estão por toda a parte, que tomemos todos os cuidados para não achar que estamos encontrando um libertador ao encontrarmos um escravagista.
Tenho certeza que muitos ao lerem isso poderão se sentir como o povo no tempo do Egito, se identificando como Israel no tempo da escravidão, vivendo como o próprio Senhor disse a Moisés, gemendo e chorando. Deus tem ouvido o gemido e o choro de muitos que se encontram nestes relacionamentos destrutivos, clamando a Ele, verdadeiramente Deus pode te tirar deste vale, se és namorado ou noivo de alguém que já te trata como um faraó, Deus te chama pra liberdade, pra cantar o louvor do Fernandinho "eu sou livre" de todo o seu coração... Mas se você é casado, Deus pode também entrar com providência na sua causa, pois agora não adianta sair de casa, fugir de sua responsabilidade pra cantar "eu sou livre", pelo contrário, Deus pode ajudar você a trazer pra dentro desta situação a paz e a alegria que precisa, Deus é aquele que transforma o coração de pedra em coração de carne, Deus pode trazer a restauração para o seu relacionamento.
Não adianta mais continuar a caminhar na liberdade que um dia alcançou no Senhor e continuar lembrando de um passado terrível, acreditando que este passado era melhor do que a vida que levas no presente por conta de algumas dificuldades que venha a passar.
Deus neste ano nos chama a viver de forma madura, isso em todas as áreas de nossas vidas, inclusive nos relacionamentos.
Que Deus te abençoe e que você possa hoje viver sua plena liberdade.
domingo, 14 de janeiro de 2018
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Maturidade virtual por favor!
Não é de se admirar hoje a exposição exagerada nas redes sociais da vida alheia, isso porque os chamados fofoqueiros estão se tornando extintos em nossa geração. Em um tempo onde o desequilíbrio toma conta da mente das pessoas que não pensam ou sentem mais, elas publicam, não discordam mais, elas expõem suas insatisfações para que todos estejam cientes do que pensam, sentem, fazem ou deixam de fazer. Já os chamados fofoqueiros quase não tem mais o que falarem, pois tudo está bem claro nas redes pra todos verem.
Não muito diferente das novelas, são hoje às pessoas nas redes sociais, pois ali se mostra o que quer e o que nem sempre é a realidade por traz do sorriso de uma selfie, ou de uma foto em família ou diversas outras situações. Nas conversas pelo WhatsApp por exemplo, as carinhas que se usam, nem sempre são as caras reais da face de quem está na conversa, sorrisos quando na realidade é dor, ou o contrário.
Hoje corremos o risco de uma sociedade criar os personagens de suas próprias vidas na rede, temos vidas expostas, situações expostas, participamos de informações alheias que não deveríamos, e pior, a curiosidade por saber mais sobre a vida alheia cresce e se torna compulsiva, essa necessidade de saber o que está ocorrendo com alguém que possa ter publicado uma novidade.
Nas redes sociais todos tem voz, é uma voz que pode ser compartilhada com milhares, algo que somente a televisão e o rádio podiam oferecer de forma muito cara a alguns anos, vemos por exemplo relatos que deveriam fazer parte apenas de uma família, mas que "precisa" ser compartilhado com o mundo, pois a final de contas, "vai servir" de exemplo.
Uma mãe que compartilha a foto de sua filha por perder o ano letivo, expõe sua dificuldade nas matérias ensinadas por conta da sua vida está completamente ocupada com o celular, internet, redes sociais...
Com toda certeza os jovens precisam se atentar para as responsabilidades que lhes são dadas, faz parte da vida natural da nossa sociedade, a regra, o normal é o jovem estar focado nos seus estudos. O ideal é que se tenha equilíbrio, mas o que vemos é uma vida em que as prioridades naturais como escola, afazeres de casa se tornam secundárias por conta de noites perdidas na Net, vemos jovens com dificuldade nas salas de aula por conta do sono, vemos a dificuldade de atenção nas aulas, visto que existe uma crise de abstinência pelo pouco tempo que deve evitar o celular, muitos recebem penalidades por conta desta crise de abstinência que não consegue ser suportada e são pegos conversando "assuntos de extrema importância" no horário de aula, também nos horários de culto, no momento da pregação, nos momentos em família.
Lembro- me do dia que um amigo que disse de uma conhecida que estava no Facebook enquanto seu filho de dois anos brincava pela casa. A mãe estava tão distraída que não percebeu seu filho saindo pela porta e ao procurá-lo algum tempo depois o encontrou dentro da piscina, ele havia morrido afogado. Mesmo correndo pra uma UPA não houve chance de salva-lo.
Muitos são os casos semelhantes a esse, muitos são hoje os prejuízos causados pelo desequilíbrio das pessoas por conta da Tecnologia que nos foi dada, infelizmente nos foi dada sem estarmos preparados para ela, essa tecnologia chegou depressa de mais e hoje tem sido dada em sua maioria aos jovens, jovens que não tem condições de administrar tais coisas ainda em seu psicológico.
Penso nesta mãe que expôs sua filha por perder o ano letivo porque perdeu seu tempo na internet, me questiono, quem será que deu o celular desta jovem? Quem pagava sua internet? Ou se o caderno dessa jovem foi verificado ao longo do ano?
A culpa de quem será?
Precisamos de conscientização, precisamos de maturidade.
Não adianta procurarmos os culpados de uma sociedade inteira que caminha para uma alienação virtual, precisamos olhar pra nós mesmos, nos posicionar de forma que não nos percamos por tais laços de destruição. Se queremos mudar uma sociedade, comecemos em nossa própria vida.
#PenseNisso
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