terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Maturidade virtual por favor!
Não é de se admirar hoje a exposição exagerada nas redes sociais da vida alheia, isso porque os chamados fofoqueiros estão se tornando extintos em nossa geração. Em um tempo onde o desequilíbrio toma conta da mente das pessoas que não pensam ou sentem mais, elas publicam, não discordam mais, elas expõem suas insatisfações para que todos estejam cientes do que pensam, sentem, fazem ou deixam de fazer. Já os chamados fofoqueiros quase não tem mais o que falarem, pois tudo está bem claro nas redes pra todos verem.
Não muito diferente das novelas, são hoje às pessoas nas redes sociais, pois ali se mostra o que quer e o que nem sempre é a realidade por traz do sorriso de uma selfie, ou de uma foto em família ou diversas outras situações. Nas conversas pelo WhatsApp por exemplo, as carinhas que se usam, nem sempre são as caras reais da face de quem está na conversa, sorrisos quando na realidade é dor, ou o contrário.
Hoje corremos o risco de uma sociedade criar os personagens de suas próprias vidas na rede, temos vidas expostas, situações expostas, participamos de informações alheias que não deveríamos, e pior, a curiosidade por saber mais sobre a vida alheia cresce e se torna compulsiva, essa necessidade de saber o que está ocorrendo com alguém que possa ter publicado uma novidade.
Nas redes sociais todos tem voz, é uma voz que pode ser compartilhada com milhares, algo que somente a televisão e o rádio podiam oferecer de forma muito cara a alguns anos, vemos por exemplo relatos que deveriam fazer parte apenas de uma família, mas que "precisa" ser compartilhado com o mundo, pois a final de contas, "vai servir" de exemplo.
Uma mãe que compartilha a foto de sua filha por perder o ano letivo, expõe sua dificuldade nas matérias ensinadas por conta da sua vida está completamente ocupada com o celular, internet, redes sociais...
Com toda certeza os jovens precisam se atentar para as responsabilidades que lhes são dadas, faz parte da vida natural da nossa sociedade, a regra, o normal é o jovem estar focado nos seus estudos. O ideal é que se tenha equilíbrio, mas o que vemos é uma vida em que as prioridades naturais como escola, afazeres de casa se tornam secundárias por conta de noites perdidas na Net, vemos jovens com dificuldade nas salas de aula por conta do sono, vemos a dificuldade de atenção nas aulas, visto que existe uma crise de abstinência pelo pouco tempo que deve evitar o celular, muitos recebem penalidades por conta desta crise de abstinência que não consegue ser suportada e são pegos conversando "assuntos de extrema importância" no horário de aula, também nos horários de culto, no momento da pregação, nos momentos em família.
Lembro- me do dia que um amigo que disse de uma conhecida que estava no Facebook enquanto seu filho de dois anos brincava pela casa. A mãe estava tão distraída que não percebeu seu filho saindo pela porta e ao procurá-lo algum tempo depois o encontrou dentro da piscina, ele havia morrido afogado. Mesmo correndo pra uma UPA não houve chance de salva-lo.
Muitos são os casos semelhantes a esse, muitos são hoje os prejuízos causados pelo desequilíbrio das pessoas por conta da Tecnologia que nos foi dada, infelizmente nos foi dada sem estarmos preparados para ela, essa tecnologia chegou depressa de mais e hoje tem sido dada em sua maioria aos jovens, jovens que não tem condições de administrar tais coisas ainda em seu psicológico.
Penso nesta mãe que expôs sua filha por perder o ano letivo porque perdeu seu tempo na internet, me questiono, quem será que deu o celular desta jovem? Quem pagava sua internet? Ou se o caderno dessa jovem foi verificado ao longo do ano?
A culpa de quem será?
Precisamos de conscientização, precisamos de maturidade.
Não adianta procurarmos os culpados de uma sociedade inteira que caminha para uma alienação virtual, precisamos olhar pra nós mesmos, nos posicionar de forma que não nos percamos por tais laços de destruição. Se queremos mudar uma sociedade, comecemos em nossa própria vida.
#PenseNisso
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