quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Entendendo e respondendo Eliabe

   


  1 Samuel 17: 28. Quando Eliabe, o irmão mais velho, ouviu Davi falando com os soldados, ficou muito irritado com ele e perguntou: "Por que você veio até aqui? Com quem deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e como seu coração é mau; você veio só para ver a batalha".
  29. E disse Davi: "O que fiz agora? Será que não posso nem mesmo conversar? "

    Por diversas vezes li este texto em minha vida cristã, porém ao ler novamente, este trecho saltou diante dos meus olhos e o Espírito me falou verdades muito profundas e confrontadoras. Este texto fala de um momento específico da vida do grande rei Davi, este que não nasceu em um berço de ouro em um palácio antes de assumir o reino, mas que viveu experiências muito difíceis nos seusrelacionamentos familiares.
Neste texto vamos falar em especial do irmão mais velho de Davi, vamos entendê-lo e vamos também respondê-lo, talvez essas mesmas respostas dadas a Eliabe nos sirva também como resposta em nossa realidade presente, ou sirva para alguém que possa estar nos tratando como Eliabe tratou Davi.
  Eliabe o irmão mais velho (1Sm 16.6).
    Ser o irmão mais velho não era algo comum na bíblia, ser o primogênito por exemplo, era ser aquele que iria ficar com a porção dobrada da herança, na morte do pai era ele quem seria o responsável pela casa, mas ainda que o pai estivesse vivo, o filho primogênito já tinha um papel importante e uma autoridade muito grande na família, o filho mais velho deveria ser o responsável  na ausência do pai, por questões de honra, ninguém se assentava na mesa antes do filho mais velho, mesmo o pai estando, era esperado que o primogênito se assentasse, pois ninguém haveria de comer antes dele, isso já serviria de instrução para que na morte do pai essa autoridade já fosse entendida e aceita pelos demais membros da família.
  Deus ordenou que o profeta Samuel fosse na casa de Jessé para ungir Davi como rei de Israel, mas isso seria feito, mesmo estando Saul ainda assentado no trono, Saul foi rejeitado por Deus por conta de sua desobediência e Deus estava agora providenciando o novo rei que assumiria o trono de Israel.
  Só que Deus não mandou Samuel ir exatamente onde estava Davi, no pasto junto das ovelhas de seu pai, Deus mandou Samuel ir pra casa de Jessé. Vale a pena questionar, "Se Deus quer ungir Davi, se Deus sabe exatamente onde Davi está, por que ele não mandou Samuel direto onde ele estava?". 
  Vale a pena pensarmos nesta pergunta, pois Deus poderia fazer isso, mas algo precisava ser entendido e resolvido dentro da casa de Davi, entre seus familiares. Fica claro nas palavras do pai Jessé que Davi era desprezado diante de seus irmãos, ao convocar os filhos, Davi não fora convocado, uma atitude de Jessé de quem talvez (digo talvez) não tratava Davi nem como sendo um filho seu. As palavras de Samuel ao pedir que viesse o "menor"(1Sm 16.11) podem ser simples aos nossos olhos, mas diante daquela família era uma afronta aos corações que estavam fechados para o fato daquele rapaz ser tão importante.

    "Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui."

  Lembra que ninguém se assentava na mesa pra comer antes do filho mais velho se assentar? Davi não havia chegado ainda, mas Deus já o está tratando com honra e essa honra está atingindo uma pessoa mais do que as outras, a saber Eliabe.
  Eliabe era o irmão mais velho, não só isso, era soldado, tinha porte de guerreiro, até mesmo Samuel ao olhar pra ele estava convencido de que ele seria o próximo rei. Davi sempre teve de conviver com a rejeição, com o desprezo, tenho certeza que Eliabe não, mas agora Deus é quem estava tratando com Eliabe, e de certa forma o rejeitou.
  Eliabe nos ensina com seu estilo de vida, que podemos ser aceitos, respeitados e honrados por todos, mas talvez estejamos na condição de rejeitados diante de Deus, isso porque Deus conhece os nossos corações e diferente dos homens não nos julga pela aparência e sim pela essência.
  Davi chegou naquele dia e Deus não só o ungiu como rei, mas deixou bem claro para sua família que ele não era só um rapaz.

  A voz de Davi o irritou.

  Voltando ao trecho de 1Sm 17.28, algum tempo já havia passado desde aquela visita do profeta Samuel à casa de Jessé, agora Davi trabalhava em alguns momentos específicos para o rei Saul, Davi tocava harpa toda vez que o rei estava sendo atormentado por demônios, porém no trecho que lemos, Davi estava indo ao campo de batalha a mando de seu pai, para levar pães e grãos para seus irmãos (Davi estava ali levando alimentos para Eliabe e os outros irmãos soldados), e também alguns queijos para o comandante do exército. Ao chegar lá Davi se deparou com o gigante Golias desafiando o exército de Israel e todo o exército de Israel recuado com medo do gigante. Ao perguntar o que estava acontecendo, Eliabe ouve a voz de Davi, eu não sei você, mas acredito que haviam muitas vozes naquele campo de batalha, mas Eliabe tem uma voz que é inconfundível e que representa algo muito forte em suas emoções, a voz do seu irmão "menor". Após aquele dia da visita de Samuel, Davi se tornou alvo da inveja de seu irmão mais velho. Isso já havia acontecido em outro momento na história bíblica, a história de José é marcada pela inveja de seus irmãos que o jogaram em um buraco e depois o venderam, mas nessa história podemos destacar o irmão mais velho, Rúben, aquele que deveria proteger José como irmão mais novo.

  Gênesis 37: 20. Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
  21. E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida.
  22. Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.

  Aqui Rúben aparece no texto junto de seus irmãos que pretendiam matar José movidos pela inveja, a Palavra deixa bem claro que Rúben deseja salvar José das mãos de seus irmãos, a responsabilidade está falando alto no coração de Rúben, mas não o suficiente para combater o ato dos irmãos, pois ele mesmo também sentia, no coração de Rúben combatia dois sentimentos, a responsabilidade de irmão mais velho e a inveja. Os irmãos jogaram José no buraco, Rúben saiu de cena e ao voltar algo havia acontecido.

  Gênesis 37: 29. Voltando, pois, Rúben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou as suas vestes. 
  30. E voltou a seus irmãos e disse: O menino não está; e eu aonde irei?

  Seu irmão havia sido vendido e levado e Rúben sabia que ao chegar em casa, era ele que teria de prestar contas com Jacó, pois a responsabilidade de cuidar do irmão mais novo estava sobre seus ombros, pensou em fazer algo para salvar José, mas não o suficiente, de alguma forma José tinha que pagar por aquilo que estava acontecendo.
  Eliabe é assim como os irmãos de José, até a voz de Davi é uma afronta.

  A presença de Davi o irritou - O que veio fazer aqui?
  
  Existem pessoas que quando tomadas pelo sentimento da inveja, só conseguem se sentir especiais longe daquele de quem sente inveja, pois na mente do invejoso, a presença dessa pessoa o ofusca, diminui, agride emocionalmente, o invejoso se sente ofendido, mesmo quando nada é feito contra ele. Por outro lado...

  A reação de um invejoso é buscar sempre diminuir e menosprezar quem lhe parece ser ameaça. "Com quem deixou aquelas poucas ovelhas?"

  Davi causa um grande incômodo a Eliabe somente em estar no lugar e por falar alguma coisa, fica claro que Davi não faz nada contra Eliabe, mas este não demora em tentar menosprezá-lo, imagino que esta pergunta não foi feita em voz baixa, talvez ali Eliabe viu um momento para se achar mais importante do que Davi, ele seria o soldado e Davi o pastorzinho de poucas ovelhas. 
  Isso aqui é um exemplo de reações que nós mesmos podemos tomar diante das nossas faltas e vazio na alma, já dizem que "os nossos excessos revelam nossas faltas", existem pessoas que habitualmente estão falando negativamente do que outras fazem, isso talvez seja um grito desesperado de uma alma infeliz e frustrada que não se sente aceita e reconhecida pelo que faz, alguém que precisa diminuir os outros para se sentir notado e importante.. Vejamos...

  O invejoso vê nos outros o mau que há nele mesmo - "Sei que você é presunçoso e como seu coração é mau".

  Como eu disse no tópico anterior, Eliabe não perdeu tempo ao falar de Davi, uma coisa Eliabe teria dificuldade em dizer, que seu irmão menor recebeu uma unção de Deus, algo que ele como primogênito não havia recebido, os parâmetros de comparação de Eliabe são superficiais, está relacionado a trabalho, posição, estatura, porém no Reino as coisas não são medidas dessa maneira, as ovelhas até poderiam ser poucas, mas foi lá que Deus o encontrou e escolheu. Deus disse que havia encontrado Davi, um homem segundo o seu coração (Sl 89.20), ao dizer que o coração de Davi era mau Eliabe estava cometendo um erro muito grande, talvez isso sirva de despertamento para alguns, pois ao perseguir e falar de um ungido de Deus movidos por inveja, podemos estar afrontando o próprio Deus.
  Eliabe chama Davi de presunçoso, isso significa que Eliabe está acusando Davi de estar ali para vê-lo em estado de derrota, ou até mesmo para vê-lo amedrontado pelo gigante, por isso disse que Davi estava ali para ver a batalha, como se isso trouxesse prazer ao coração de Davi. 
  Fica claro que o invejoso sente prazer ao ver aquele de quem sente inveja em uma situação desfavorável, o que Eliabe está falando a Davi é o que ele sentiria se visse Davi na mesma situação que ele está, ele se sentiria feliz em ver Davi sendo humilhado e amedrontado, então Eliabe está convencido de que Davi sente prazer no que está vendo, mas esse sentimento é próprio do coração do invejoso e Davi não é assim.

Davi pergunta o que fez e pergunta se nem conversar poderia? De fato Davi não fez nada contra Eliabe, mas quando há inveja, qualquer coisa é uma grande afronta. Vamos responder Eliabe, será uma resposta dura, mas servirá como uma verdade libertadora.

  Por que veio até aqui?
  Eliabe não sabe, ou na verdade isso não importa pra ele, pois claramente sua reação e suas palavras são movidas por inveja, não foi essa a resposta que Davi deu, mas nós vamos respondê-lo.
  Davi foi até aquele lugar para levar alimento para ele e seus irmãos, não foi porque quis, foi porque é um filho obediente e estava ali a mando de seu pai. Eliabe é o exemplo de pessoa que maltrata quem o faz bem, e o faz por obediência ao pai e não por merecimento, às vezes encontramos pessoas assim, que nos maltratam movidas pela inveja, quando nós nos esforçamos sempre em fazer o bem para elas, esse tipo de pessoa fala mal de quem se preocupa sempre em orar por elas, em tratá-las com cordialidade, são pessoas que estão sempre apunhalando pelas costas. A resposta que hoje nós damos para os "eliabes" é:
 "Eu estou aqui por obediência ao meu pai, e porque tenho a missão de te alimentar." 
 Essa é a resposta que algumas pessoas que assumiram determinadas funções destacadas  gostariam e talvez precisem dar a alguém que se sente ameaçado, as vezes esses "davis" gostariam até de evitar estarem ali, mas que por obediência ao Pai não puderam dizer não a missão dada e estão levando o alimento necessário para seus irmãos.

Com quem deixou aquelas poucas ovelhas?
  Davi ao sair, deixou "aquelas poucas ovelhas" com outro pastor (1Sm 17.20), não era irresponsável com aquilo que era posto em suas mãos, talvez fique claro que ao perguntar das poucas ovelhas, Eliabe queria menosprezar Davi, mas algo também é muito claro na reação e respostas de Davi, ele não se apressou em explicar, Davi não se apressa em se defender, não discute, não bate boca com Eliabe, Davi caminhou uma longa jornada com aqueles pães, grãos e queijos, poderia reagir irado pela tamanha ingratidão de seu irmão, mas age de forma sábia e nos ensina que não vale a pena discutir com o invejoso, que não adianta buscar se defender contra argumentos de invejosos, pois até as coisas boas que fazemos a eles são afrontosas. 

Eclesiastes 4:4 Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito.
  A história de Davi continua, já a história do primogênito Eliabe não, isso também deve nos servir de ensinamento, esta característica carnal e maligna sempre irá limitar a ação de Deus em nossa vida, se identificarmos alguns dos sintomas da inveja em nós, precisamos buscar cura para nossa alma, as palavras que Deus falou a Caim nos serve também, não é fácil lidar com a rejeição, principalmente com a rejeição de Deus, mas Deus disse a Caim:
"Se fizeres o bem, não serás aceito também? (Gn 4.7)".

  Como podemos vencer a inveja? Escolhendo fazer o bem, reconhecendo que este pecado está em nosso coração, o primeiro passo para a cura da nossa alma é o arrependimento e para nos arrependermos precisamos reconhecer que estamos sendo minados ou até dominados por este sentimento mau.
  A inveja é uma das obras da carne descritas em Gl 5, a forma que nós temos de vencer essa obra da carne é uma vida no Espírito, pois o Fruto do Espírito vai eliminar da nossa vida a inveja, deixo aqui uma outra leitura que vai dar maior sentido a isso que estou receitando aqui no final:

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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Cumprindo toda a justiça de Deus



Deuteronômio 21: 18. Se um homem tiver um filho obstinado e rebelde que não obedece a seu pai nem à sua mãe e não os escuta quando o disciplinam, 
  19. o pai e a mãe o levarão aos líderes da sua comunidade, à porta da cidade, 
  20. e dirão aos líderes: "Este nosso filho é obstinado e rebelde. Não nos obedece! É devasso e vive bêbado". 
  21. Então todos os homens da cidade o apedrejarão até à morte. Eliminem o mal do meio de vocês. Todo o Israel saberá disso e temerá.
 22. Se um homem culpado de um crime que mereça a morte for morto e pendurado num madeiro, 
  23. não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança.

  Ao ler este texto Deus falou comigo sobre honra, após pregar sobre o tema pais e filhos, o Espírito me tocou mais uma vez de forma profunda quando estava lendo Is 53, este texto me veio ao coração fortemente, penso na dor deste pai que é zeloso em cumprir a Lei (Dt 21), o pai não pode tratar por inocente o culpado, mesmo que esse seja seu filho, já que tomou uma forma completamente obstinada, rebelde, carnal e imoral de viver, tenho certeza que o coração deste Pai sangraria, pois não foi para isso que colocou um filho no mundo.
  Eu sempre tento buscar a referência que os textos do AT fazem à Cristo, nem sempre consigo relacionar os tipos/figuras, mas sempre conto com a ajuda e revelação do Espírito, e hoje a verdade que já é conhecida por todos nós cristãos mais uma vez falou profundamente ao meu coração. Seria muito comum e aceitável um juízo tão terrível recair sobre um pagão, mas não sobre um dos filhos de Israel e que era sempre disciplinado pelo pai e isso aparece no texto como um sinal de que o pai era fiel ao Senhor em instruir seu filho como lhe foi ordenado.
  É muito comum ouvirmos que Jesus foi completamente injustiçado pelas autoridades religiosas judaicas da época, a forma como foi julgado, torturado e morto sempre é uma cena dolorosa de se pensar, seria comum e aceitável uma morte tão horrenda para um criminoso vil, por exemplo os dois que estavam também crucificados ao lado de Jesus, talvez diríamos até que foi bem feito pra eles, mas um dos pontos que faz a morte de Cristo ser tão dolorosa é o fato de Ele nunca ter maltratado outro ser humano, nunca ter desonrado as autoridades, nunca ter transgredido a lei, como uma ovelha muda foi levado ao matadouro. Existe algo que é muito importante entendermos, Jesus o tempo todo nos ensinou como deve ser o relacionamento do homem com o Criador, o tempo todo ao referir-se a Deus, Jesus o chamou de Pai, não só isso, nos ensinou a fazer o mesmo.

Mateus 6: 6. Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará. 

9. Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.

  Jesus veio restaurar o relacionamento do homem com o Criador, trazendo aos homens novamente o lugar de filhos que o pecado havia tirado. Após a queda de Adão todos nós herdamos o pecado juntamente com ele e em nossa natureza já nascemos com essa rebeldia, obstinação e desobediência, inclinados à carnalidade, Deus sempre de alguma forma nos disciplinou, mesmo que em nossa consciência, o Pai sempre está nos chamando a mudar nosso comportamento e a dureza do nosso coração sempre nos deixa na condição desse filho de Dt 21, onde por fim o Pai terá que o levar para julgamento, não foi pra isso que o Pai gerou o homem na terra, Mt 25.41 diz que o inferno foi preparado para o diabo e seu anjos, não para o homem, então também entendemos que o pai não tem prazer na condenação dos homens.

  Ezequiel 33: 11. Diga-lhes: ‘Juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que iriam morrer, ó nação de Israel? ’

  1 Timóteo 2: 3. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, 4. que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.

  Deus não tem prazer algum em que os homens sejam condenados, e isso é comprovado no seu ato de amor, ao entregar seu próprio Filho em lugar da humanidade perdida.
  Entendemos que o salário do pecado é a morte e que por isso todos nós estamos destinados a essa terrível condenação, se entendermos o que Jesus fez, não de forma simplista e superficial entenderíamos também que não há injustiça em sua morte, pois se um pecador merece julgamento, por exemplo, se um idólatra deveria ser apedrejado e pendurado exposto para que todos pudessem ver o que o pecado traz como consequência na vida de quem o praticava, imagina alguém que tomou sobre si TODOS OS PECADOS dos homens, quando Jesus começa a sentir angústia de morte, ele começa a sentir algo que só quem tem a marca do pecado pode sentir, pois é o pecado que traz este pesar ao homem caído, Jesus sente uma angústia que nunca antes havia experimentado, pois a bíblia é clara em dizer que o pecado faz divisão entre o homem e Deus e com certeza aquela angústia não era pelos açoites, ou pelos cravos e muito menos pela exposição da Cruz, a dor na alma, a angústia da morte era a sensação de separação do Pai, aquele brado na Cruz, "Pai por que me desamparaste?(Mt 27.46)". O julgamento de Jesus na nossa ótica humana e superficial foi injusto, mas no plano espiritual, ele estava investido de toda culpa e delito, ele tomou sobre si todas as nossa iniquidades, "o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele". 
  Precisamos entender o que de fato aconteceu na história do Filho de Deus enquanto passou pela terra, nós éramos os filhos rebeldes e obstinados, éramos aqueles que estavam perdidos em devassidão, nascemos com essa marca, mas o Pai entregou seu Filho em nosso lugar, pois este Filho aceitou toda a culpa que era nossa, Ele foi julgado como em Dt 21, Ele foi achado culpado e como um transgressor da Lei foi condenado, não foram pedradas que o feriram e mataram, foram ofensas, escárnios, açoites, cravos e a exposição vergonhosa da Cruz, Ele foi espetáculo ao mundo no seu tempo e ainda hoje é exposto ao mundo pela cena descrita nas histórias, quadros, filmes e de tantas outras formas, mas esta era a vontade do Pai, na figura de Dt 21 o criminoso que foi morto por um crime deveria ser exposto e todo o Israel deveria saber que na morte dele o mal havia sido tirado do meio do povo, e essa é a boa notícia do evangelho, ele se fez pecador, se fez maldito, assumiu a nossa culpa, o Pai o entregou para ser julgado e na sua morte, através de seu sangue o pecado então seria tirado do mundo, pois Cristo estaria cumprindo toda a justiça de Deus.

  João 1: 29. No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

  Este texto de Dt 21 incluí a entrega do Pai, o sacrifício do filho e também a ação da igreja, pois todos os que viram ou souberam da morte daquele filho deveria falar sobre aquela morte, todos deveriam saber, por dois motivos.
Primeiro motivo
  Todos deveriam ter a consciência da consequência do pecado, todos veriam o fim de quem decide viver de forma rebelde e carnal. Seria entendido que o pecado é tão grave que o próprio Pai não poderia tolerar para sempre alguém que escolheu viver de forma indisciplinada, nós também deveríamos pensar sobre esse fato, pois o pecado é algo tão grave que somente o Filho de Deus foi capaz de ser um sacrifício suficiente para superá-lo, o pecado é tão terrível, que fez o Filho que é um com o Pai em toda a eternidade bradar a sensação de não estar ligado ao Pai na cruz pela divisão que o pecado de nós todos fez.
Segundo motivo
   Ao falar sobre a morte do filho todos estariam cumprindo o que hoje chamamos de obra missionária, "aquele que trazia o pecado/maldição sobre si morreu, agora o mal não pode nos acometer", isso era tão sério, pois vejamos, o caso de Acã (Js 7), após tomar algumas coisas da cidade de Jericó e esconder, coisas que o Senhor havia dito que eram malditas, Deus permitiu que o exército perdesse uma batalha que aos seus próprios olhos era uma batalha vencida ao compararem o exército da cidade de Jericó com o da cidade de Ai. O pecado de um homem trazia maldição para todo o povo, não muito diferente do pecado de um único homem (Adão), por isso era importante falar sobre a morte do criminoso. Não diferente de nós hoje, devemos falar da morte de Cristo, pois Ele não morreu por conta da sua iniqüidade, de fato Ele não merecia a morte pelos seus atos, Ele se tornou merecedor da nossa morte quando assumiu os nossos pecados e por isso é importante que todos saibam, pois ao saber disso todo homem pode ter acesso a Graça salvadora, pois Deus amou o mundo e a prova desse amor é a doação do seu Filho, ou o sacrifício do Filho, mas somente aqueles que nEle crêem terão a vida eterna (Jo 3.16), mas para que os homens creiam é necessário que ouçam o evangelho, mas como ouviram se não houver quem pregue, ou dê a boa notícia (Rm 10.14)?
  Que este texto possa falar profundamente ao seu coração e que tanto o amor do Pai, como o sacrifício do Filho seja conhecido, entendido e apreciado por nós, que possamos desfrutar dessa tão linda salvação que é anunciada desde os tempos antigos através das figuras que encontramos na Lei, que possamos ser os mensageiros desse acontecimento, que na morte e ressurreição do Filho o mau foi tirado de todos aqueles que nele crêem.

#PenseNisso
#DeusTeAbençoe


terça-feira, 6 de agosto de 2019

Pais e filhos 2



  Deuteronômio 21: 18. Se um homem tiver um filho obstinado e rebelde que não obedece a seu pai nem à sua mãe e não os escuta quando o disciplinam, 
  19. o pai e a mãe o levarão aos líderes da sua comunidade, à porta da cidade, 
  20. e dirão aos líderes: "Este nosso filho é obstinado e rebelde. Não nos obedece! É devasso e vive bêbado". 
  21. Então todos os homens da cidade o apedrejarão até à morte. Eliminem o mal do meio de vocês. Todo o Israel saberá disso e temerá. 
  22. Se um homem culpado de um crime que mereça a morte for morto e pendurado num madeiro, 
  23. não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança.

Honrar os pais não era apenas um pedido simples da cultura do povo de Israel, era um mandamento gravado na tábua dos 10 mandamentos, transgredir este mandamento era um pecado gravíssimo, e ao ler o mandamento e trazer essa referência nos faz enxergar que o juízo para quem o trangredisse era bem mais direto do que geralmente interpretamos.

  Êxodo 20: 12. "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor teu Deus te dá.

  Geralmente ao ler este mandamento, pensamos que algo vai dar errado na vida desse filho que desonra aos pais, ele vai sofrer um acidente, vai contrair uma doença e etc. Ao ler Dt 21 percebemos que não só coisas assim aconteceriam ao filho, mas os próprios pais tinham o dever de levar seu filho na porta da cidade (tribunal) e ali ele seria condenado pelo mau que estava cometendo. (Nunca ouvi ou li algo que se relacionasse neste aspecto da Lei, ao pesquisar, não encontrei registro de algum pai que tenha feito isso)
  Desde o AT Deus está tomando como um dos exemplos mais fortes no seu relacionamento com o homem, o exemplo de um pai com seu filho, o pai era o provedor, o cabeça da casa, o responsável por ensinar a lei e isso deveria ser feito em todo o momento, seria para nós hoje o mesmo na nossa sociedade moderna, nada mudou nesse aspecto, ao olharmos para o relacionamento e para a forma que um filho reage aos seus pais teremos um reflexo de como esse filho possivelmente vive ou viverá o seu relacionamento com Deus, até porque honrar os pais naturais é um mandamento e cumpri-lo nos faz obedecer e honrar a Deus.
  Infelizmente nem todos os pais são comprometidos com sua paternidade, infelizmente nem todos os filhos tiveram a chance de ter um pai zeloso para esta tão grande responsabilidade, e isso é gravíssimo. Este mandamento não deve falar apenas aos filhos, mas também aos pais, para que estes vivem de forma que sejam dignos de ser honrados pelos filhos, porém os filhos receberam um mandamento para honrar os pais, e não apenas para honrar os que são perfeitos, não há uma condição para que os pais sejam honrados, sabemos que muitos filhos acabam sofrendo decepções no relacionamento com os pais e por isso se acham liberados de cumprir tal mandamento, e isso diante de Deus é tão grave quanto o pai não cumprir seu papel. 
  A forma que um pai trata seu filho, seja na demonstração do afeto, no carinho, na instrução, como também na disciplina, algo que inclusive todo pai que ama seu filho sente uma dor grande no coração ao fazer (digo por experiência própria), saber que aquela bronca ou aquela palmada vai fazer o filho chorar, porém ao entender que isso é necessário para que seu filho aprenda e cresça com princípios bem estabelecidos no coração e se tornando cada dia uma pessoa melhor. Ser um pai honrado necessita mais do que gerar um filho, Deus usa o exemplo do Pai para termos um referencial de quem Ele é para nós humanos, mas Ele toma uma referência paterna de pais que deveriam tomar também uma referência no próprio Deus. Deus não apenas fez o homem e o largou no mundo, deixou uma lista de afazeres e partiu, ficava com o homem nos finais de semana, Deus todos os dias tinha um relacionamento com Adão, isso demonstra o ensinamento da palavra que devemos ensinar a criança no caminho que ele deve andar, Deus disciplinava Adão, orientava trazendo referência de como deve ser o relacionamento dos pais com seus filhos.

Provérbios 13: 24. Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo.

  Todo pai deve disciplinar seu filho, isso não é ser ruim para o filho, é prova de amor, todo pai deve fazer isso, pois assim o Pai que é perfeito faz aos seus filhos.

  Provérbios 3: 11. Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, 
  12. pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem.

  Hebreus 12: 10. Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. 
  11. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. 
  12. Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. 
  13. "Façam caminhos retos para os seus pés", para que o manco não se desvie, mas antes seja curado.

  Ser disciplinado é receber prova de amor e cuidado dos pais e também de Deus, a disciplina nos traz tristeza no momento, nos magoa (todos nós fomos criança um dia, tanto na idade como imaturos), mas estamos sendo aconselhados pela palavra de sabedoria a não desprezar a disciplina, pois ela é feita para o nosso bem, aceitar a disciplina e nos permitirmos ser moldados por ela não só nos fará pessoas melhores, mas também nos impedirá de influenciar outros a sair do caminho reto como diz Hb 12.13b.
  O filho descrito em Dt 21 é rebelde, obstinado, que não obedece seu pai e nem a sua mãe e diferente do que pensamos sobre a forma em que seus anos não se prolongariam sobre a terra, esse filho não sofreria talvez um acidente por causa disso, ou de um mal súbito e morreria, esse filho seria entregue pelos seus próprios pais para ser julgado e se condenado fosse, seria morto apedrejado.
  É muito difícil pensar nesta cena, é difícil pensar que por amor esse filho precisa ser disciplinado, mas que por um amor maior, que é o amor por Deus e pelo zelo pela santidade, estes pais deveriam entregar seus filhos à justiça, tenho certeza que a dor desses pais seria muito profunda, pois o que vemos nos versículos, é que tentaram instruir, aconselhar, disciplinar, não houve falta de cuidado ou afeto neste caso, houve uma decisão do próprio filho de fechar seu coração para seus pais, e percebemos que com muita dor e profunda tristeza os pais sabem que este filho representa o mau para a comunidade, pois se torna uma referência de oposição ao mandamento divino e como em hebreus diz, ele seria uma influência que desviaria o justo do caminho reto.
  É muito comum ver nos nossos dias modernos filhos desonrando seus pais, em mínimas e em coisas terríveis, mentindo, tratando como se fossem um amigo qualquer, levantando a voz, etc. Existem pesquisas que mostram que grande parte da violência no Brasil é feita também aos idosos, não é tão falado, mas acaba que muitos idosos são abandonados pelos filhos nesta fase da vida, quando não são violentados pelos próprios filhos, a falta de cuidado dos filhos possibilitarão com que esses pais idosos sejam violentados e não só fisicamente, serão abusados financeiramente por pessoas ou empresas que se aproveitam.
  De acordo com a Lei somos dignos de morte quando desonramos nossos pais, isso não quer dizer que hoje um filho deva ser morto literalmente falando, mas que devemos desenvolver uma consciência bíblica do valor que Deus dá para a forma que os pais tratam os filhos e para a forma que os filhos tratam os pais, devemos entender também que tudo o que foi escrito no AT, além de ser a Lei que era aplicada ao povo de Israel, era também sombra das coisas futuras e que foram deixadas para ensino nosso (1Co 10.6,11), neste texto da Lei por exemplo, temos a forma como Deus há de julgar a humanidade, pois Deus criou o homem e o tratou como filho, diferente de todo o resto da criação, o homem não foi apenas mais uma criatura, Deus não deu ordem para que o homem fosse criado, Ele mesmo o fez com suas mãos, colocou sua imagem e semelhança, cada ser vivo se reproduziu de acordo com sua espécie, nós diferente dos outros seres, temos a espécie de Deus, sempre somos reproduzidos com as características do Criador, porém após a desobediência de Adão nós nos tornamos pecadores juntamente com ele, como o filho obstinado e rebelde de Dt 21, nosso coração hoje também se endureceu para Deus e nos tornamos uma oposição aos seus mandamentos, nosso prazer não está mais na vontade do Pai ou em servi-lo, nosso prazer agora está em satisfazer o nosso "eu", por isso penso no quanto isso deixa o Pai "triste", pois ele ama a humanidade (Jo 3.16), mas isso não o impedirá de cumprir a justiça, pois o Pai ama seus filhos, mas Fiel também é o nome de Deus, Ele também é Justo, e o mesmo Pai que hoje diz, "Meu filho, eu te amo, mude sua atitude, se arrependa, abra seu coração, eu quero o seu bem, por isso eu te dou disciplina…" é o mesmo Pai que vai dizer, "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno (Mt 25.41)", é muito forte esse conhecimento, pois o Pai está tentando nos convencer a mudar de atitude e ao falar do inferno tanto o pai, como qualquer pregador do evangelho, não é pra dizer que o inferno é seu destino, mas que há uma forma de não ser condenado ao inferno, mas a dureza do nosso coração pode nos levar a um julgamento de condenação e desonrar nossos pais é por si só algo suficiente para nos tornarmos malditos diante de Deus.

  Deuteronômio 27: 16. "Maldito quem desonrar o seu pai ou a sua mãe". Todo o povo dirá: "Amém! "

  O inferno não é para os homens (Mt 25.41), da mesma forma que este juízo não deveria ser para os filhos de Israel, mas ao agirem dessa forma se tornaram alvos do juízo de Deus. É muito difícil imaginar Deus cumprindo esse papel, principalmente no tempo que vivemos em que a graça está sendo interpretada de forma equivocada, onde entende-se que a graça é uma passe livre para pecar, a graça não é isso, a graça é um passe livre para voltar para à comunhão com o Pai, é como na parábola do Filho Pródigo, a graça não é a liberdade para ir embora, isso se chama livre arbítrio, a graça é o perdão do Pai ao receber novamente o filho que um dia decidiu viver sem estar debaixo da liderança do seu pai, e que ao retornar arrependido, este filho já sabe que a vida na casa do Pai é diferente da vida que ele conheceu no mundo, não se trata de legalismo ou imposição de regras, o filho quando volta, ele não volta para estar na casa do pai e fazer o que bem entende, seu prazer não está mais no que é bom para si mesmo, e sim na cobertura e amor do Pai, ele já sabe que a casa do Pai tem um governo baseado no amor e na retidão ao seguir os princípios da Palavra.
  Aproveitando a parábola do Filho Pródigo vamos entender que Jesus usa dessa parábola para trazer a realidade do evangelho, as Boas Novas de Salvação por meio da graça, em Dt 21, este filho seria entregue pelo próprio pai para ser julgado e condenado, já na parábola em Lc 15 esse filho que desonrou o pai e retornou tinha um irmão mais velho e seu irmão mais velho não aceita a possibilidade de recebê-lo como se ele nada tivesse feito, quando perdeu toda a sua parte da herança com prostitutas. Este irmão mais velho na parábola talvez seja aquele que buscaria o cumprimento da Lei de Dt 21, talvez ele seria aquele que buscaria a justiça que condenaria seu irmão rebelde e obstinado que desonrou seu pai, a religião fez e faz isso até hoje, a boa notícia do evangelho é que nosso "irmão mais velho (Cristo)" não agiu assim, não ficou irritado por termos caído em si e voltado para casa, não ficou chateado pela festa, ao entendermos o madeiro, a maldição que havia pelo pecado que o condenado cometera e a exposição para servir de exemplo para todo Israel, entendemos que Cristo, mesmo sendo o Filho obediente e que sempre honrou o Pai, assumiu a culpa em nosso lugar, como o irmão mais velho, Ele tomou para si a condenação que era nossa ao ser exposto no madeiro (Is 53), ao tomar para si a condenação que era nossa, Ele nos abriu o caminho da reconciliação com o Pai (Rm 5.9-11).
  Hoje não precisamos mais ser um filho que o pai terá o desprazer de entregar para um julgamento de condenação.

1 Timóteo 2: 3. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, 
  4. que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 
  5. Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, 
  6. o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.

Hoje podemos aceitar o conselho e a disciplina e desfrutar da graça que nos é oferecida.

  Lucas 16: 23. No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado. 
  24. Então, chamou-o: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo’.
  25. "Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto que Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento.

  Seria comum saber que no inferno estarão os pagãos, aqueles que não temem a Deus e se opõem ao seu governo, mas às vezes acaba estando muito distante do nosso entendimento o que se passa nesta parábola, o Rico era um descendente de Abraão e certamente um religioso, não só ele se comunicou chamando pelo Pai Abraão, mas o próprio Pai o chamou de filho, porém a forma como ele viveu sua vida determinou o juízo que o Pai Abraão não poderia mudar, simplesmente por que ele era seu descendente ou um religioso.
  Não adianta hoje nos sentirmos filhos se fazemos tudo ao contrário do que nosso Pai espera, em Dt 21 vemos que existe um tempo para a disciplina, mas também existe o dia do juízo, não são poucos aqueles que vivem como esse dia não existisse, que possamos viver hoje em obediência, de forma que nossos pais, sejam terrenos, como também nosso Pai Celestial, sejam honrados por nós filhos.

#PenseNisso
#DeusTeAbemçoe

Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...