sexta-feira, 24 de agosto de 2018

De onde vem as coisas ruins?



Mateus 13: 27. Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?

  Existe uma pergunta que vem sendo feita por gerações, "Se Deus é bom, de onde então vem as coisas ruins?", Deus é bom, a bíblia chega a nos fazer o convite a provar e ver o quanto Ele é bom (Sl 34.8), mas se Deus é bom, por que tantas coisas ruins acontecem? Será que Deus não está vendo isso?
  Jesus explica grandes mistérios através de parábolas, mistérios que disse Ele só ser revelado a quem teve seu coração alcançado pela sua Graça, pois muitos que ouviam eram surdos espirituais, não compreendiam, porém seus discípulos, ainda que não entendessem no primeiro momento, perguntavam a Jesus quando estavam a sós com Ele e Ele os explicava, a grande diferença estava na intimidade que tinham e no desejo de entender a profundidade de suas palavras.
  Esta parábola por exemplo, fala de um campo onde o Senhor junto com seus servos trabalhavam em uma plantação de trigo, o Senhor semeou boas sementes, isso os servos sabiam, mas enquanto dormiam, veio o inimigo e semeou no meio do trigo as sementes de joio, sem perceberem algo foi posto junto com o trigo.
  Dia após dia, penso eu, estavam lá as sementes juntas e não eram percebidas, eram iguais, o cuidado com o campo era único para ambas as sementes, ou seja, sem saber cuidavam das sementes, dando a elas as condições necessárias para crescerem, mas quando viram os frutos de cada semente, perceberam então que todo o tempo o joio estava ali e eles não fizeram nada para impedir que ele crescesse, na verdade, não tinha como. Então a grande pergunta é feita, se o dono semeou boas sementes, por que o mal estaria crescendo junto com o bom?
  A resposta é que o inimigo semeia enquanto nos distraímos e nós sem percebermos cultivamos todos os dias as sementes que ele lança e só nos damos conta quando os frutos começam a aparecer. O ideal seria tomar todo o cuidado, vigiando sempre, pois nem tudo que acontece na nossa vida é segundo o que nós plantamos, as vezes alguém mal intencionado quem faz isso e nós nos deparamos com frutos que não esperávamos, frutos que assim como na parábola, precisaremos aprender a conviver com eles.
  Não adianta vivermos o resto da vida questionando a Deus os "porquês" de plantarmos coisas boas e depois coisas ruins acontecerem juntamente no caminho, temos que entender o mistério da parábola, o que plantamos de bom nunca vai se transformar em joio independente do mal que foi semeado e estaria crescendo junto, por isso o dono da plantação disse que não tirassem o joio, ele não queria perder uma espiga se quer do seu trigo, ele cresceria e continuaria resultando no final em uma grande colheita.
  Não viva toda a sua vida questionando sobre as coisas ruins que acontecem, como se Deus fosse culpado de tudo, tem coisas que nos acontecem pela nossa falta de vigilância mesmo, acontecem pela ação do nosso inimigo, que agea sorrateiramente e  não fica pra que o vejamos agindo, ele semeia o mal e sai de cena para não ser reconhecido. Nada disso vai nos trazer prejuízo na vida se entendermos que o Reino de Deus é como essa parábola, precisamos chegar até o fim, sabendo lidar com o joio, sabendo conviver com ele, entendendo que mesmo tendo a presença do joio no nosso dia a dia, nunca seremos joio.
  A grande diferença de toda essa parábola, das sementes e dos frutos está unicamente nisso, quem foi que semeou na terra? Minha certeza é que fui plantado por Deus e não pelo inimigo, sou o seu trigo e crescerei para um dia estar no seu celeiro, i dependente do tempo que eu passe sofrendo com a presença do joio, das coisas ruins em meio a tanta coisa boa, sei que há um celeiro preparado pra mim, um lugar que o joio não poderá entrar.

#PenseNisso
#EmTodoTempoDeusÉBom

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Palavra de saudação: Loucos ou prudentes?

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  Mt 25.1- 13 fala de uma parábola contada por Jesus sobre as virgens, eram dez, todas virgens, todas com as *lamparinas acesas*, todas esperavam o noivo, todas dormiram por conta da demora do noivo, *todas ouviram o clamor e despertaram*, porém na hora de entrar, o noivo disse que não conhecia as 5 virgens loucas. Eles estavam juntas, estavam misturadas como costumamos dizer, pareciam todas iguais, mas não estavam de acordo com a expectativa do noivo.
  As vezes nossa maneira de viver corresponde ao que as pessoas ou uma denominação espera para que possamos fazer parte dela, nem sempre estar adequados a uma igreja significa estar adequado para o céu, não temos que agradar as visões denominacionais, devemos agradar a Deus segundo as sagradas escrituras.
  Isso não significa que devemos nos levantar contra as visões estabelecidas pelas nossas lideranças, até porque a obediência é um dos princípios que nos farão entrar pelas portas da eternidade com Deus, o cuidado que precisamos ter na verdade é a idéia de viver de aparência, viver de forma que convençamos a todos, mas na essência não estamos convencendo o noivo de que somos dignos de entrar, pois estamos vazios.
  Que nossos corações sejam despertados para essa verdade, de que não é suficiente estar na igreja, envolvido com as coisas da igreja, ouvir o clamor e até ter um momento de despertamento, momento que vem e que passa. Mas que as nossas lamparinas estejam constantemente acesas e nossas expectativas sejam constantes na volta do noivo desejado da nossa alma.
  Decida hoje quem quer ser nesta parábola, pois se Jesus disse, é fato que existem virgens loucas e prudentes, quem você é?


#PenseNisso
#DeusTeAbençoe

sábado, 11 de agosto de 2018

A ovelha perdida



  Estes dias uma frase foi muito compartilhada nas redes sociais e com ela eu vi o quanto é perigoso interpretarmos a Palavra de Deus de acordo com a nossa própria ótica humana, pois nisso acabamos dando a Palavra um sentido humano e não divino, o grande perigo que ocorre é a inversão dos valores. Vejamos:
 
  "As vezes a ovelha perdida não volta pra casa, com medo do olhar de desprezo das 99."

  Pode ter alguma verdade nesta frase, mas não a verdade proposta que a parábola dita por Jesus no evangelho de Lucas (Lc 15), pois na regra de interpretação principalmente das parábolas, temos que ter o cuidado de não valorizar os detalhes e perder o foco da mensagem principal.
  Uma vez pregando sobre as parábolas de Lc 15, falei da diferença entre as parábolas da ovelha e do filho, pois mostra-nos uma diferença grande ao se tratar de um animal e uma pessoa, o animal por sua vez sai de perto do pastor de forma inconsciente, pois age por instinto, já o filho mais novo ao sair de casa, pede sua herança, raciocina o que quer fazer a partir daquele momento de forma consciente e vai.
  O que muito me chamou a atenção foi a forma como essa frase foi usada, nela está a defesa da ovelha que é a protagonista da história como sendo a vítima, mostra as 99 como as vilãs da história, que a causa dela não retornar para casa é culpa das 99, quando Jesus deixou claro que não dependia das 99 ela voltar, dependia simples e inteiramente dEle (Pastor). Fica bem entendido que não dependemos de pessoas para estar no meio do rebanho, na verdade, no rebanho todos são na mesma medida dependentes do pastor que é Jesus.
  Como uma ovelha ficaria pensando nisso se ela é um animal irracional? Agora por outro lado, o filho mais novo poderia ter pensado isso do seu irmão, visto que agora toda a fazenda pertencia a ele, voltar pra casa seria certamente humilhante, pois sabia que encontraria o olhar de desprezo do irmão mais velho, só que diferente da interpretação que temos visto circulando pela rede, o filho mais novo "caiu em si", cair em si o levou a enfrentar o seu próprio orgulho antes de enfrentar o olhar de desprezo de seu irmão mais velho e de qualquer vizinho que pudesse desprezá-lo após seus atos inconsequentes.
  Vou lhes mostrar o perigo que há em interpretarmos à nossa maneira as sagradas escrituras, por exemplo, as virgens loucas, elas pediram azeite as virgens prudentes, mas elas não repartiram do azeite que tinham, as prudentes entraram na festa e as loucas ficaram de fora, sabemos que a interpretação deste texto está nos mostrando uma parte do povo que será salva e uma outra que ficará para trás, mas pense bem comigo, se não tomarmos o devido cuidado, podemos pensar que alguns não serão salvos por conta do egoísmo daqueles que são reconhecidos por Jesus como prudentes, pois se aquelas virgens dessem do seu azeite, as louças também entrariam.
  No sentido original da mensagem da parábola das virgens, o azeite não pode ser negociado, é o que entendemos de salvação e comprometimento com Deus, isso é pessoal. As virgens prudentes não poderiam entrar se em vida fossem egoístas, esse é um tipo de sentimento que não permitirá ninguém entrar no céu.
  Outra coisa muito relevante para interpretar a frase, é usarmos o contexto da própria Bíblia para entendermos que essa visão não é correta, na verdade revela a imaturidade e falta de firmeza na presença de Deus e na casa de Deus, pois ao olharmos para a história de José que de fato foi desprezado pelos seus irmãos, foi jogado em um buraco, foi vendido e depois sofreu na prisão após uma calúnia de que tentara abusar da esposa do seu senhor. Anos se passaram de muitos sofrimentos por conta do desprezo de seus irmãos, mas José foi honrado por Deus, se tornou governador do Egito e concluiu que Deus havia usado toda aquela situação para cumprir os seus desígnios, que Deus havia transformado o mau em bem.
  Penso que este texto possa confrontar alguns, mas penso que ele pode iluminar sua mente e coração também, pois quem sabe esteja dependendo do olhar de aprovação de pessoas, quando o único olhar de aprovação que devemos buscar seja o de Deus. Não justifique suas atitudes nas demais ovelhas, seu relacionamento com o seu pastor é pessoal, hoje é tempo de cair em si, retornar para o seu lugar, pois sempre terá seu lugar de filho, novas vestes te esperam, um anel, sandálias para os seus pés e claro, uma grande festa será realizada quando Deus te encontrar arrependido.

#PenseNisso
#DeusTeAbençoe

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Cuidado com as raposas.



Ne 4: 3. Ora, estava ao lado dele Tobias, o amonita, que disse: Ainda que edifiquem,vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra.

  O que dizem as pessoas da obra que você faz? O quanto é o importante a opinião dessas pessoas?
  O que você mesmo diz da obra que faz? Pois a opinião das outras pessoas nem sempre darão o devido valor ao que faz, pode ser que, como Sambalate queiram te tirar do foco e precise dizer que está comprometido com uma grande obra, na verdade é você quem tem de dizer que a obra é grande e que nada e ninguém vai te fazer perder o foco.
  Outra coisa, uma raposa seria suficiente pra desfazer a sua obra?  Mas por que uma raposa? Por que não disseram um elefante? Ou um urso? Ou qualquer animal de grande porte? Valeria a pena verificar algumas características da raposa você não acha?
   As raposas tem muitas diferenças de acordo com os ambientes que vivem, diferenças de cores e de pelagem, porém algumas características permanecem as mesmas. As raposas geralmente são animais não muito fortes, seus pêlos que as fazem cheias. Outra coisa que é bom ressaltar nas raposas, é que elas são solitárias, não andam em grupo, segundo alguns dizem, essa característica se dá pelo fato delas não serem leais e por isso sempre acabam sozinhas, já faz parte da natureza da raposa essas características.
  Tobias está dizendo a Neemias que uma raposa seria suficiente para jogar tudo o que ele construiu no chão. Pense comigo, a raposa não é um grupo, ela anda sozinha. As vezes nossa maior oposição é somente uma única coisa, ou uma única pessoa que age como uma raposa, com deslealdade.
   A deslealdade compromete de fato uma contrução forte, quando estamos aplicados na nossa contrução ou reconstrução, precisamos tomar esse cuidado, Tobias estava falando de um animal, mas estava falando também que uma só pessoa ou coisa e a deslealdade compromete toda a obra. Temos que ter todo cuidado com isso, de fato Tobias não estava blefando.
  A raposa parece grande, mas não é, são os pelos dela que fazem ela impor certo respeito, nós que estamos na posição de Neemias não podemos nos abalar pela aparência da raposa, pode parecer forte, mas é só aparência, precisamos ter a mesma confiança de Neemias que disse:

   Ne 4: 14. Olhei, levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas.

   Não pare a obra que estas fazendo, não considere pequena é fraca porque alguém a considera assim, permaneça firme e confiante em Deus, pois é exclusivamente de Deus que você depende.

#PenseNisso

Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...