sábado, 1 de outubro de 2016

Ainda que... 1Co 13

 

   Falar de amor é sempre maravilhoso, amar e ser amado também faz parte do prazer de viver, todos nós queremos ser amados, pois quando somos amados somos protegidos, recebemos cuidados, nos sentimos completos, muitos por confundir a necessidade do amor acabam se frustrando e se tornando vazios em seus corações, pois é claro e evidente que dinheiro, roupas, carros, casas e talvez até alguém bonito e interessante não seja o que preenche o vazio da nossa vida. Um grande exemplo é um amor verdadeiro de um casal que se ama, não importa a doença ou as dificuldades ou até mesmo os problemas recorrentes, pois quando se ama tudo se supera e outra pessoa nunca preencheria o lugar de quem amamos, porém quero falar de um amor bem maior, descrito no original com a palavra "Agape", existem outras palavras que descrevem o amor, mas que o diferenciam de grau e de relacionamentos, como o amor "Eros" de onde deriva a palavra "Erótico", amor esse de um homem para com uma mulher; tem também o amor "Fileo" que trata de um amor fraterno ou de uma amizade; temos também o amor "Storge" que fala de um amor familiar como de pai para filho e filho para pai...
   Dentre estes muitos amores a Bíblia vai utilizar no capítulo 13 de 1Co a palavra "Ágape" para descrever tanto o amor de Deus como também o sentimento que nós como igreja temos que ter pelo próximo. Na carta aos filipenses 2.5 Paulo diz: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus" E o próprio Jesus falou com propriedade sobre um novo mandamento, Jo 13. 34:
   " Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei".
   A lei tem diversas ordenanças que deveriam ser observadas, mas 10 mandamentos que resumiam todas e o princípio da lei era "Amar a Deus sobre todas as coisas"e de mãos dadas com este mandamento vinha o outro de "amar ao próximo como a si mesmo", mas agora Jesus quer o mesmo que introduzir o mandamento de número 11, não é mais para amar o próximo como a si mesmo apenas, mas para amar como Ele mesmo amou, Jesus não apenas deseja que observemos este mandamento, mas nos "manda" cumpri- lo.
    Jo 15. 12-14,17 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.
    A palavra mandamento significa ação ou efeito de mandar. Quando Jesus nos fala sobre amor Ele se refere a essência do evangelho que um dia aceitamos viver, pois ser cristão é seguir um caminho que o nosso mestre nos ensinou, não apenas com palavras vazias, mas com sua própria vida. Em nossos dias é bem complicado ensinar sobre o Reino já que os "evangelhos" que existem fazem do Senhor do reino o servo que tem de fazer tudo o que "decretarmos", ou tudo o que "determinamos", precisamos voltar no início e entender que somos servos (escravos) e que Ele é o Senhor e tem total direito de mandar e nós o dever de obedecê- lo. Porém o mandamento é este, amar como Ele amou, ter o mesmo sentimento que Ele teve, Talvez você se pergunte o por que? E também sobre a diferença entre o segundo mandamento e o novo que Jesus declarou, pois bem, já nos tempos de Jesus o amor se mostrava bem parecido com nossos dias, as pessoas realmente se amavam, porém aquele amor estava bem distante do amor agape, eles demonstravam um amor mesquinho e que por fim não trazia bem algum seja para eles ou principalmente para o próximo, hoje vemos um alto índice de pessoas se suicidando, já pensou se uma pessoa dessas fosse amar ao próximo como se ama? O que ela faria? Mataria seu vizinho ou seus familiares? Amar ao próximo como a si mesmo estava já fora de sentido e Jesus então quis dar sentido ao amor, Ele se tornou a expressão do amor, o exemplo de amor a ser seguido, Ele queria que os homens pudessem voltar a sentir o sentimento que transforma e muda a vida de qualquer ser humano que ama e permite ser amado.
   1Co 13 começa falando que ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor nada seria, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. Falar a língua dos homens é o mesmo que falar de maneira que todos pudessem me entender e falar a língua dos anjos é falar de maneira que demonstre pureza e santidade, ou o mesmo de alguém que fala de maneira que possam demonstrar um elevado nível de espiritualidade.
   Na época de Paulo e principalmente na cidade de corinto onde os cultos pagãos eram feitos com muita intensidade existia uma maneira de convocação para a adoração pagã, eles tocavam gongos e sinos para essas convocações, entendemos que os cultos pagãos ajuntavam pessoas para a idolatria e para religiões vazias que não promoviam mudança e transformação na vida das pessoas, porém Paulo deixa bem claro para a igreja de corinto que eles podem falar muito bem a língua dos homens, ou seja, de forma que todos possam compreender e podem também falar de maneira que eles fiquem convictos de que quem está pregando tem um alto nível de espiritualidade, mas que se não existir amor na vida de quem fala como um anjo o apelo ao cristianismo se torna o mesmo que chamar as pessoas a uma religião vazia que não muda e que não transforma a vida do pecador perdido.
   A igreja de Corinto era uma das maiores e mais bem desenvolvidas tanto em conhecimento, como em dons espirituais nos tempos da igreja primitiva, pois o próprio Paulo diz no primeiro capítulo que eles eram enriquecidos em toda a palavra e em todo o conhecimento e que nenhum dom faltava a eles e na própria carta Paulo vai descrever como se dava a manifestação do Espírito ali quando fala que um deveria esperar o outro profetizar para que pudesse também profetizar, ou seja, a igreja era muito bem equipada com todos os dons e dons esses que eram fortemente utilizados ali, mas Paulo também cita as deficiências, fala das divisões de grupos dentro da igreja (1Co 3.4), do problema de relacionamentos no dia do culto que denominavam "Agape" , o culto que celebravam a Ceia(1Co 11) e outros mais.
   Vemos uma igreja tão bem equipada tanto na área de lideranças, pois os pastores que ali passaram foram homens sábios e cheios do Espírito de Deus, uma igreja capacitada no conhecimento e também nas manifestações sobrenaturais de Deus, quem não gostaria de congregar em um lugar assim? Mas mesmo com tudo isso a igreja de Corinto estava deixando de viver o que é a essência do verdadeiro evangelho.
   Existe uma necessidade de hoje a igreja se despertar para essa realidade, pois os olhos de todos estão voltados para os dons, para as obras e as vezes para as manifestações sobrenaturais que acontecem, sem falar que hoje não muito diferente dos tempos de Paulo estamos vivendo na era do desenvolvimento da informação e isso inclui a teologia, o conhecimento profundo das letras sagradas, vivemos na época em que as igrejas estão cheias de "bacharéus" em teologia, onde todos expressam perfeitamente e são facilmente compreendidos, mas que como Paulo mesmo disse, vivemos em um tempo onde isso tem se tornado o mesmo que convocar pessoas para uma religião que não preenche a alma do homem, que não muda e que não restaura a vida das pessoas e que consequentemente não vai promover salvação eterna.
   Paulo chaga a dizer que podemos ter conhecimento de ciência e de mistérios, que podemos ter fé de mover os montes, ou de dar nossos bens e quem sabe até de entregar nosso corpo pra ser queimado, mas mesmo assim podemos estar distante do "amor Agape".
   Fica claro aqui que podemos estar fazendo muito, estar bem equipados e ocupados na obra e com a igreja, mas que isso pode acabar não significando nada para Deus, e isso nos tem de chamar a atenção com urgência, pois muitos acham que por muito fazer estão sendo agradáveis a Deus, quando na verdade nunca vivemos um tempo onde as pessoas estejam tão envolvidas porém tão frias, Jesus disse que nos últimos tempos por aumentar a iniquidade o amor de muitos esfriaria (Mt 24.12), o amor de muitos não de todos, não precisamos estar na conta dos frios.
   Nas cartas do Apocalipse encontramos a igreja de Éfeso que se mostrou forte contra os falsos apóstolos e que resistiu com força os falsos ensinos, uma igreja que se manteve de portas abertas e de pé, porém o Senhor tinha uma coisa apenas contra ela, a igreja havia abandonado o primeiro amor e por isso o Senhor viria sobre ela com juízo e condenação.
   Qual seria o primeiro amor da igreja?
   Quando olhamos para a igreja primitiva que Lucas diz no livro de Atos que a cada dia o Senhor acrescentava aqueles que haviam de ser salvos (At 2.47), porém existia um sentimento que não vemos facilmente nos cristãos modernos, Lucas diz que "Todos criam e tinham tudo em comum (At 2.44). Vivemos o tempo do preconceito que está fora e dentro da igreja, mas dentro da igreja de uma forma mascarada, vivemos o tempo da desigualdade e do desprezo, o tempo da hipocrisia religiosa onde é cada um por si e todos por ninguém, o ambiente parece se tornar cada vez mais congelante onde Romanos capítulo 1.31 se cumpre na vida dos cristãos, estamos nos tornando pessoas cheias de qualidades, porém vazias de amor, ricas de dinheiro, porém tudo o que temos para oferecer é dinheiro, pois até mesmo o afeto natural tem sido tirado de nós por uma "cultura gospel" cheia de muitas luzes, glamour e celebridades se tornaram referenciais de modos vaidoso que em vez de exalar o amor de Jesus valorizam as ofertas que Ele mesmo negou ao ser tentado no deserto.
   Jo 13.1 [...] havendo Jesus amado os seus que estavam no mundo, os amou até o fim.
   Jesus é a expressão maior do amor de Deus pela humanidade, o resumo, o texto áureo da Bíblia é a declaração de Deus ao mundo pecador
   Jo 3. 16  Deus amou o mundo de "TAL" maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna"
   O que salva o mundo perdido é o amor de Deus, a fé no ato de amor do Filho de Deus, pois na cruz vemos duas grandes e quem sabe as maiores demonstrações de amor, um pai entregando seu filho por quem nunca fez nada pra merecer isso e um filho obedecendo mesmo quando o cálice se mostrou amargo demais e se entregando por meio de humilhações, zombarias, espancamentos, mutilação e crucificação. Paulo diz que Deus dá prova de seu amor por nós nisso, em que cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores (Rm 5.8).
   Ao entrar no templo Pedro e João viram aquele coxo de nascença, eles não tinham dinheiro, mas estavam cheios do amor de Jesus e disseram "olha pra nós (At 3.4)", Paulo disse "sede meus imitadores como eu sou de Cristo ( 11.1)".
   Como queremos ser vistos pelos homens hoje? Para sermos reconhecidos como pessoas de grande fé? Ou pelos dons que temos e utilizamos no reino? Pelo conhecimento que temos e pela profundidade de nossa pregação?
   Não há nada de errado em querermos ser vistos pelos homens, não quando imitamos a Cristo, pois sendo assim dizemos ao mundo que se encontra perdido no pecado "Olha para nós" e eles não vão ver o pastor, ou o pregador ou o cantor e sim Cristo, vão ver Cristo em nossos olhos, vão ver cristo em nossas obras.

   1Co 13. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

2 comentários:

  1. O amor de Deus e único,em nos cristão tá falando mais amor,gostei do teste. A paz do senhor

    ResponderExcluir
  2. O amor de Deus e único,em nos cristão tá falando mais amor,gostei do teste. A paz do senhor

    ResponderExcluir

Deus minha única opção.

    Geralmente agradecemos a Deus pelos livramentos que Ele nos dá, dizemos que somos gratos pelos livramentos que vimos e por aqueles que n...