quinta-feira, 15 de setembro de 2016
A minha graça te basta
Miserável homem que sou, quem me livrará do corpo dessa morte? Rm 7
Essa palavra soa muito forte ao ouvido de todos nós, não costumamos dizer isso das pessoas, nem mesmo daquelas que se encontram em situações deploráveis por ter um teor tão negativo essa palavra. Se fôssemos pensar nos maiores personagens da Bíblia e nos mais importantes homens usados por Deus com toda certeza citaremos o nome de Paulo, por suas inúmeras experiências sobrenaturais, por sua conversão milagrosa e por uma Caminhada longa e árdua. Paulo era mesmo um santo homem de Deus, mas como qualquer outro homem era sujeito as mesmas paixões como ele próprio declarou na cidade de Listra, Paulo julgava questão difíceis nas igrejas, por exemplo a igreja de Corinto que levou Paulo a ter de ser duro e inflexível com relação aos pecados de alguns, Paulo era o líder, o pastor que havia fundado aquela igreja e estava com a responsabilidade de tomar decisões e verdadeiramente tomou. Paulo agora ao escrever à igreja dos romanos fala de pecado e de lei e descreve de forma muito pessoal sobre a realidade da vida de qualquer servo de Deus, pois exemplifica a guerra que todos enfrentam no seu dia a dia contra o pecado que milita contra uma mente transformada pelo conhecimento que agora temos da palavra de Deus e de sua vontade para as nossas vidas.
Paulo chega a dizer que é um miserável, e isso deveria nos fazer alertas quanto a nossa maneira de enxergar a vida das pessoas e principalmente a nossa própria vida, pois com o passar do tempo no caminho de Deus nos tornamos as vezes exigentes com relação ao modo dos outros de agir, somos extremamente exigentes e irredutíveis ao sabermos de alguém que errou e se sujou na lama do pecado. Paulo no capítulo 7 diz que aquilo que ele queria fazer ele não consegue pois tudo o que ele faz é o que não deve, pois o pecado se aproveita de seu corpo que diferente de seu entendimento que deseja servir fielmente a Deus anda na contra- mão da santidade nos imposta pela palavra de Deus.
Por que não lembrarmos dos relatos no capítulo 12 da segunda carta aos coríntios onde ele diz que após ser arrebatado e ver coisas inefáveis não pode se gloriar, pois ele tinha um espinho na carne que o fazia ser ESBOFETEADO de forma que três vezes orou pedindo ao Senhor para que tirasse esse espinho, é bom levarmos em conta que o espinho é na carne e não na alma, não se trata de uma fraqueza mental ou pensamentos negativos ou desânimos, o que fica claro é que um mensageiro de satanás o está acusando por um pecado na sua carne, esse texto é muito discutido por muitos sobre o que poderia ser isso, porém estava claro que Paulo falava ao Senhor de uma fraqueza que tinha e que não importa se ele estivesse ido até o terceiro céu e tido revelações tremendas se ao voltar e assumir sua vida física estaria sempre sujeito as fraquezas dessa carne corruptível.
Ficaria mais fácil entender o capítulo 7 aos romanos se olhássemos para 2 Co 12 ao ouvir Deus dizendo que a graça dele basta para Paulo e que o seu poder se aperfeiçoa na fraqueza de Paulo, ou seja, Deus conhece Paulo e usa das fraquezas de Paulo para primeiro colocá- lo no seu devido lugar e também para aperfeiçoar seu poder. Quando nos achamos superiores a alguém pelas obras que fazemos ou pela vida que geralmente chamamos de santa podemos estar cometendo um grande equívoco já que o próprio Paulo tem coragem de esclarecer de forma muito pessoal a realidade na vida de qualquer homem, seja ele o mais usado nas manifestações sobrenaturais de Deus.
Este texto não nos mostra uma abertura para vivermos no pecado, pois na própria carta aos romanos ele diz que não devemos continuar pecando para a graça ser mais abundante, mas mostra que é a graça de Deus que nos basta, graça é o favor de Deus que recebemos sem merecer. Que cheguemos cada dia ao entendimento de que por mais que façamos muito, que venhamos nos tornar grandes homens na obra, sempre estaremos neste estado miserável de pecadores dependentes da graça e do favor imerecido de Deus, que saibamos como tratar pessoas com seus espinhos se temos os nossos próprios, pois Jesus mesmo disse que com a medida que medimos seremos medidos e que quando somos misericordiosos alcançaremos misericórdia.
Também não posso com minha própria interpretação falar da suposta fraqueza que Paulo coloca diante de Deus é que traz aflição na sua alma, pois ele mesmo diz ser um espinho, pois como será que olhariamos para o grande apóstolo dos gentios se agora estivesse escrito sua fraqueza? É bem verdade que mudamos nossa maneira de olhar e até de tratar quando a vida de alguém é exposta, quando suas fraquezas e suas quedas são manifestas, talvez por isso mesmo Paulo chama de espinho. Que aprendamos a cada dia o que é graça salvadora de Cristo e que não temos mérito em nada que fazemos ou somos hoje. Que o Espírito Santo fale melhor em cada coração.
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