quarta-feira, 3 de abril de 2013

Jesus ou Barrabás?

Todos nós conhecemos a história da crucificação de Jesus e nos entristecemos ao ver no percurso de nosso Senhor desde o dia que entrou na cidade de Jerusalém onde reconhecia seu estado espiritual de opressão por tomar sobre si tamanho peso, que na verdade não era dele. Eu posso imaginar o Senhor entrando na cidade sobre um jumentinho e as pessoas em grande número lançando no chão suas vestes para que Ele passasse em sinal de reverência e também com ramos em suas mãos o ovacionando, penso que aos olhos de qualquer discípulo de Jesus aquela cena foi sem igual, pois apenas viram uma multidão que o aclamava em alta voz, porém imagino como o Senhor olhava para aquela multidão. Diferente de nosso olhar limitado o Senhor via além de uma multidão, Ele enxergava o coração de cada um pessoalmente e intimamente. Jesus sabia que independente daquele ato de adoração toda aquela multidão não o amava com sinceridade e isso com certeza é entristecedor, pois imagine o Senhor caminhando na direção de sua morte, morte esta que daria a cada uma daquelas pessoas a salvação e essas mesmas pessoas não estarem dando o valor merecido a tal ato de amor. Mesmo vendo tudo isso Jesus não hesitou de ir até o fim. Tenho certeza que ao perguntar você terá rapidamente uma resposta. Você gritaria: Solte Barrabás!!! Crucifica-o!!! no dia em que colocaram esta opção diante do povo? Acredito que não, eu também responderia não! Mas Com certeza nós o exaltaríamos no dia em que entrou na cidade né? Claro Ele é digno de toda honra e de toda glória! O que muitos não sabem é que aqueles que o honraram quando entrou na cidade foram os mesmos que em menos de uma semana gritaram para que o crucificassem. Não há palavra para descrevermos tamanha traição daquele povo, tamanha hipocrisia por parte daquele povo em ver na história um povo que manifestou um momento tão memorável de intensa adoração serem responsáveis pela decretação da morte do Senhor. O que muitos não sabem hoje é que aqueles que gritavam lá naquele dia estão vivendo hoje sobre a terra e enganados pensam que os olhos do Senhor são com os nossos que quando ao olhar vê apenas uma multidão. Talvez águem gritava pensando: Ele não está me vendo mesmo! Ele via a traição em seus corações muito antes de gritarem e naquele dia ele não se perdia em um mar de rostos, Ele conhecia cada um. E hoje não é diferente Hebreus 6.6 fala de pessoas que conheceram o Senhor e voltaram as suas práticas antigas crucificaram a Jesus novamente. Infelizmente quando nós o negamos é como se fizéssemos parte daquela multidão que gritava crucifica-o. Será que temos noção do que fazemos quando simplesmente desprezamos tudo o que Jesus fez por nós, apenas para saciarmos nossa sede pelo pecado ou para corrermos atrás de “nossa felicidade” ou aquilo que pensamos ser nossa felicidade. Ele antes de tomar qualquer açoite que o dilacerava já derramava gotas de sangue por nós ao orar para não renunciar tamanha responsabilidade e nós fazemos hoje como o filho pródigo que pediu sua herança curioso por um “mundo de emoções desconhecido”. Será que temos o profundo conhecimento do que aquele jovem pediu ao seu pai, a herança só era dada após a morte do pai e o jovem estava querendo naquele momento, não é surpresa para nós que vemos as vezes nos noticiários filhos matando os pais para receber a herança, mas aquele pai representa o Senhor e todas as vezes que o abandonamos estamos nos assemelhando aquele jovem que com tal gesto mostrava que a vida de seu pai não significava nada para ele. Hoje todos dizem amar ao Senhor Jesus e se perguntarmos a alguém que está afastado estes também dizem que o amam, mas Jesus conhece todos nós, ainda que estejamos em meio a uma multidão gritando em uma só voz que o amamos, Ele conhece aqueles que o amam além de palavras vazias. Barrabás foi descrito nos evangelhos como: Desordeiro, ladrão, homicida. Jesus foi descrito nos evangelhos como: Aquele que trazia aos homens uma paz celestial, que fazia homens que tinham roubado em toda sua vida se converterem e devolverem até cem vezes mais do que haviam roubado, aquele que restaurava famílias, saúde e por fim, até ressuscitava os mortos que encontrava no caminho. Barrabás simboliza a escolha errada, significa escolher o pecado, as obras do diabo. Jesus é a escolha certa, é escolher a vida e as bênçãos de Deus. Talvez fosse difícil não gritar com a multidão, e este pode ser um dos grandes problemas encontrados por nós. Precisamos entender que ainda que estejamos em meio a uma multidão que grita “Jesus eu te amo”, cada voz pra ele é ouvida de maneira única e Ele conhece o coração daquele que realmente o ama. O problema de nossos dias é que em vez de nos espelharmos nos poucos que permanecem fiéis atentamos para os maus exemplos e fazemos deles desculpas para nossos próprios erros, tomamos exemplo em pessoas frias que deixam de servir a Deus com toda a diligência e sem percebermos estamos mortos espiritualmente. E na hora da provação ou da tentação fica difícil escolhermos Jesus. Conhecemos Barrabás, sabemos que Ele não presta, conhecemos Jesus sabemos que Ele é o melhor de Deus dado ao homem, mas escolhemos Barrabás. Não é assim o caminho errado? No fundo sabemos que esta escolha nos fará negar ao Senhor e ainda assim mergulhamos de cabeça em nossa egoísta busca pelo prazer e satisfação carnal. Pilatos reconheceu ao dizer: “Nenhum mal vejo neste homem para condená-lo”. Ele dizia que tinha poder de dar ou tirar a vida de Jesus e em poucas vezes que Jesus pronunciou palavras disse: “Nenhum poder te foi dado senão do céu”. O plano da morte de Jesus estava muito além da suposta autoridade de Pilatos, mas vejo Jesus dizendo algo que tem com certeza um fundamento mais profundo, pois um pesadelo da mulher de Pilatos não era um fato isolado, primeiro por que não se dava tanta atenção assim para as mulheres naquele tempo e principalmente homens de grandes posições no império romano, e segundo por que um pesadelo era algo que tirava o sono de qualquer rei, que vemos nas histórias bíblicas que paravam todo o reino para entender o significado do pesadelo, e nesta feita era claro o que a mulher dizia: “Não entre na questão deste justo”. Estava certo diante de Pilatos que Jesus era justo e o único poder que ele tinha naquele momento era o de escolher Jesus ou Barrabás, ainda que se escolhesse Jesus não impediria sua morte, mas aquilo mudaria completamente sua vida e era isso que Jesus esperava dele. Jesus diversas vezes nos dá chances, oportunidades, fala conosco de maneira que nós não compreendemos e mesmo assim não conseguimos abaixar nossa cabeça e seguirmos a direção certa. Pilatos fez algo que pensaria estar se livrando de qualquer culpa, nem dizendo que sim ou dizendo que não, pena porque acabou sendo conivente com a decisão da maioria. Ainda que sejamos uma voz em meio à multidão, uma voz que não será ouvida em meio às muitas vozes contrárias existe alguém que deseja ouvir: Eu escolho Jesus! Não sei quantas pressões está sentindo ou se a renúncia parece ser seu maior prejuízo, gostaria de te lembrar que Jesus é a sua escolha mais certa para todas as áreas da sua vida. No amor Ele sempre será sua melhor companhia, nos negócios Ele sempre suprirá suas necessidades, nos momentos mais difíceis Ele será seu conselheiro e seu consolador, já Barrabás eu não sei o que ele pode fazer por você. Escolha Jesus!!!

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